28/07/2023
Três de cada quatro acordos salariais superaram a inflação no primeiro semestre

O resultado das campanhas salariais segue sendo positivo, como mostra o acompanhamento feito pelo Dieese. Segundo o instituto, no primeiro semestre 75,1% dos acordos salariais foram fechados com ganho real (acima da inflação, medida pelo INPC-IBGE). Outros 18,9% tiveram reajuste equivalente à inflação acumulada, e 5,9% ficaram abaixo.
Além disso, a variação real média dos salários fica 1,07% acima do índice. “Um fato a ser destacado é que 21% das negociações de 2023 obtiveram ganhos reais superiores a 2% sobre o INPC”, lembra o Dieese.
Setores e pisos
Entre os setores, na indústria 80,9% das negociações foram fechadas com aumento real, ante 78,2% no serviços e 53,2% no comércio. Esse segmento foi o de maior percentual de reajustes equivalentes ao INPC (41,7%).
Nos seis primeiros meses do ano, o valor médio dos pisos salariais – em um universo de 7.374 acordos – foi de R$ 1.586,88. Varia de R$ 1.537,10 (setor rural) a R$ 1.606,35 (serviços).
Salário mínimo
Apenas entre as categorias com data-base em junho, 85,9% conquistaram ganho real. Outras 12,3% tiveram reajuste equivalente à variação do INPC e 1,8% ficaram aquém da inflação do período, acumulada em 3,74%. Em junho do ano passado, o reajuste necessário era de 11,9%.
“É possível que o novo reajuste do salário mínimo, concedido em maio, tenha influenciado positivamente o resultado das negociações nas últimas duas datas-bases, acentuando tendência positiva que vem desde o final do ano passado”, afirma o Dieese. A variação média dos reajustes em junho ficou em 1,43% sobre o INPC. São 42% de acordos entre 1% e 2% acima da inflação acumulada, e quase 25% acima de 2%.
Resultados poderiam ser ainda maiores, caso taxa de juros fosse menor
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, ponta a importância da mobilização dos sindicatos para avançar nos salários, mas ressalta que a situação poderia ser ainda melhor se o Brasil convivesse com juros menores.
"Se taxa de juros não estivesse nesse patamar, teríamos ambiente ainda mais favorável para fazer as negociações coletivas, afetadas diretamente pela falta de capacidade de investimentos. As empresas evitam tomar dinheiro emprestado, diante das incertezas de poderem honrar seus compromissos. Portanto, os juros acabam por imobilizar a capacidade produtiva, porque, nesse cenário, elas não ampliam a produção, não contratam mão-de-obra e isso tem sido a grande dificuldade de avançarmos ainda mais", explica.
Além disso, a variação real média dos salários fica 1,07% acima do índice. “Um fato a ser destacado é que 21% das negociações de 2023 obtiveram ganhos reais superiores a 2% sobre o INPC”, lembra o Dieese.
Setores e pisos
Entre os setores, na indústria 80,9% das negociações foram fechadas com aumento real, ante 78,2% no serviços e 53,2% no comércio. Esse segmento foi o de maior percentual de reajustes equivalentes ao INPC (41,7%).
Nos seis primeiros meses do ano, o valor médio dos pisos salariais – em um universo de 7.374 acordos – foi de R$ 1.586,88. Varia de R$ 1.537,10 (setor rural) a R$ 1.606,35 (serviços).
Salário mínimo
Apenas entre as categorias com data-base em junho, 85,9% conquistaram ganho real. Outras 12,3% tiveram reajuste equivalente à variação do INPC e 1,8% ficaram aquém da inflação do período, acumulada em 3,74%. Em junho do ano passado, o reajuste necessário era de 11,9%.
“É possível que o novo reajuste do salário mínimo, concedido em maio, tenha influenciado positivamente o resultado das negociações nas últimas duas datas-bases, acentuando tendência positiva que vem desde o final do ano passado”, afirma o Dieese. A variação média dos reajustes em junho ficou em 1,43% sobre o INPC. São 42% de acordos entre 1% e 2% acima da inflação acumulada, e quase 25% acima de 2%.
Resultados poderiam ser ainda maiores, caso taxa de juros fosse menor
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, ponta a importância da mobilização dos sindicatos para avançar nos salários, mas ressalta que a situação poderia ser ainda melhor se o Brasil convivesse com juros menores.
"Se taxa de juros não estivesse nesse patamar, teríamos ambiente ainda mais favorável para fazer as negociações coletivas, afetadas diretamente pela falta de capacidade de investimentos. As empresas evitam tomar dinheiro emprestado, diante das incertezas de poderem honrar seus compromissos. Portanto, os juros acabam por imobilizar a capacidade produtiva, porque, nesse cenário, elas não ampliam a produção, não contratam mão-de-obra e isso tem sido a grande dificuldade de avançarmos ainda mais", explica.
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