29/12/2022
                
        Denúncias de assédio marcam fim de ano no Banco do Brasil
            Funcionários que atuam como gerentes gerais (GG) no Banco do Brasil denunciam forte assédio e pressão para atingir metas como nunca enfrentados anteriormente. Os relatos dão conta de cobranças desmedidas com vários áudios ao longo do dia e entrega de planilhas do que foi produzido. A pressão se acentua quando o expediente está próximo de acabar.
Os bancários pontuam que o banco possui tecnologia para acompanhar todo o processo online. Assim, a exigência de produzir uma planilha, além do sistema usual, é avaliada por muitos funcionários como “um instrumento de tortura” e para produzir provas contra o gestor a respeito de sua capacidade. Alguns gerentes não repassam as exigências para os subordinados, mas muitos acabam repassando a cobrança, que se estende para escriturários.
Após o fechamento de muitas agências, a realidade de bancários e bancárias se apresenta com sobrecarga de trabalho, pressão para fechar negócios durante o atendimento e oferta por telefone além do presencial. Há relatos de que funcionários mal têm tempo de ir ao banheiro.
A cobrança abusiva também foi identificada nos Escritórios Digitais. Gera indignação nos trabalhadores com as cobranças que chegam várias vezes ao dia por meio de mensagens via WhatsApp e pelo aplicativo Teams, além de reuniões. Há a exigência de contatos mínimos por carteira para a oferta de produtos seguindo planilhas desatualizadas e que não geram negócios, além de pronta resposta aos atendimentos demandados pelos clientes. O clima é de incerteza quanto ao futuro e de mal estar generalizado no final de ano e para a entrega do semestre.
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alertou que “a gestão pelo assédio”, com base em metas cada vez mais abusivas e inatingíveis, impacta diretamente a saúde de todos os bancários, não só dos gerentes gerais. “Todos acabam sendo submetidos às mesmas pressões”, explicou. “A direção do BB precisa esclarecer a razão de estar acontecendo esse tipo de cobrança, várias vezes ao dia, e por que essa obrigação de uma planilha, além dos mecanismos de acompanhamento de funções que já existem na empresa”, completou.
Mesmo gerentes que vinham respondendo às exigências cada vez maiores das lideranças estão agora se manifestando contra o novo e surpreendente modelo de cobrança. O sofrimento psíquico tem afetado muitos funcionários que não conseguem entregar a planilha em virtude do constrangimento.
Temor sobre PLR e PDG
Outro tema que tem gerado preocupação é o recebimento integral da PLR e do PDG. A parcela variável da PLR está vinculada ao cumprimento do ATB. Para receber o valor integral da PLR, a dependência do funcionário deve alcançar 100% do esperado, e com a sobrecarga de trabalho e cobrança torna-se quase uma “missão impossível”.
Com relação ao PDG, várias mudanças nas regras foram observadas nos últimos tempos que implicam a não contemplação de diversos trabalhadores.
“Nos últimos quatro anos, temos sofrido com o encolhimento do banco. No período, foram fechadas mais de 1.500 agências e reduzido em mais de 10.500 o número de funcionários. As metas, por outro lado, continuam subindo. Por isso nós defendemos a volta do fortalecimento do BB como um banco público, alinhado com o desenvolvimento do país e presente nas regiões onde os bancos privados não querem atuar, que são as pequenas cidades e periferias”, acrescenta Fukunaga.
            Os bancários pontuam que o banco possui tecnologia para acompanhar todo o processo online. Assim, a exigência de produzir uma planilha, além do sistema usual, é avaliada por muitos funcionários como “um instrumento de tortura” e para produzir provas contra o gestor a respeito de sua capacidade. Alguns gerentes não repassam as exigências para os subordinados, mas muitos acabam repassando a cobrança, que se estende para escriturários.
Após o fechamento de muitas agências, a realidade de bancários e bancárias se apresenta com sobrecarga de trabalho, pressão para fechar negócios durante o atendimento e oferta por telefone além do presencial. Há relatos de que funcionários mal têm tempo de ir ao banheiro.
A cobrança abusiva também foi identificada nos Escritórios Digitais. Gera indignação nos trabalhadores com as cobranças que chegam várias vezes ao dia por meio de mensagens via WhatsApp e pelo aplicativo Teams, além de reuniões. Há a exigência de contatos mínimos por carteira para a oferta de produtos seguindo planilhas desatualizadas e que não geram negócios, além de pronta resposta aos atendimentos demandados pelos clientes. O clima é de incerteza quanto ao futuro e de mal estar generalizado no final de ano e para a entrega do semestre.
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alertou que “a gestão pelo assédio”, com base em metas cada vez mais abusivas e inatingíveis, impacta diretamente a saúde de todos os bancários, não só dos gerentes gerais. “Todos acabam sendo submetidos às mesmas pressões”, explicou. “A direção do BB precisa esclarecer a razão de estar acontecendo esse tipo de cobrança, várias vezes ao dia, e por que essa obrigação de uma planilha, além dos mecanismos de acompanhamento de funções que já existem na empresa”, completou.
Mesmo gerentes que vinham respondendo às exigências cada vez maiores das lideranças estão agora se manifestando contra o novo e surpreendente modelo de cobrança. O sofrimento psíquico tem afetado muitos funcionários que não conseguem entregar a planilha em virtude do constrangimento.
Temor sobre PLR e PDG
Outro tema que tem gerado preocupação é o recebimento integral da PLR e do PDG. A parcela variável da PLR está vinculada ao cumprimento do ATB. Para receber o valor integral da PLR, a dependência do funcionário deve alcançar 100% do esperado, e com a sobrecarga de trabalho e cobrança torna-se quase uma “missão impossível”.
Com relação ao PDG, várias mudanças nas regras foram observadas nos últimos tempos que implicam a não contemplação de diversos trabalhadores.
“Nos últimos quatro anos, temos sofrido com o encolhimento do banco. No período, foram fechadas mais de 1.500 agências e reduzido em mais de 10.500 o número de funcionários. As metas, por outro lado, continuam subindo. Por isso nós defendemos a volta do fortalecimento do BB como um banco público, alinhado com o desenvolvimento do país e presente nas regiões onde os bancos privados não querem atuar, que são as pequenas cidades e periferias”, acrescenta Fukunaga.
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