01/12/2022
Devolução de R$ 21,1 bilhões de IHCD: Governo Bolsonaro não abandona ideia de enfraquecer a Caixa
A Caixa irá devolver R$ 21,1 bilhões ao Tesouro Nacional até 2026. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, o calendário de pagamentos foi fechado com o Ministério da Economia e enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU) para aprovação.
A reportagem mostra que, nos termos do acordo, R$ 3 bilhões serão quitados ainda neste ano. O restante seria dividido em R$ 5 bilhões, R$ 6,3 bilhões e R$ 6,8 bilhões em 2023, 2025 e 2026, respectivamente.
Esses valores são referentes aos contratos de Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs), firmados com vantagens para ambos os lados entre 2007 e 2013, para atender à necessidade de um acréscimo de crédito para suprir função social do banco junto à população brasileira. Os recursos foram utilizados, principalmente, para investimentos em saneamento básico, habitação popular, financiamento de material de construção e financiamento de bens de consumo para beneficiados do Minha Casa Minha Vida.
A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, explica que a devolução desses recursos, aliada a queda nos indicadores de liquidez, trará limitações para a política de crédito no próximo governo.
“É muito melhor para o controlador que o banco rentabilize seu capital e pague dividendos que podem ser utilizados para investimentos do que diminuir o capital com a devolução desses instrumentos”, afirmou Serrano ao Valor.
A reportagem mostra que, nos termos do acordo, R$ 3 bilhões serão quitados ainda neste ano. O restante seria dividido em R$ 5 bilhões, R$ 6,3 bilhões e R$ 6,8 bilhões em 2023, 2025 e 2026, respectivamente.
Esses valores são referentes aos contratos de Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs), firmados com vantagens para ambos os lados entre 2007 e 2013, para atender à necessidade de um acréscimo de crédito para suprir função social do banco junto à população brasileira. Os recursos foram utilizados, principalmente, para investimentos em saneamento básico, habitação popular, financiamento de material de construção e financiamento de bens de consumo para beneficiados do Minha Casa Minha Vida.
A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, explica que a devolução desses recursos, aliada a queda nos indicadores de liquidez, trará limitações para a política de crédito no próximo governo.
“É muito melhor para o controlador que o banco rentabilize seu capital e pague dividendos que podem ser utilizados para investimentos do que diminuir o capital com a devolução desses instrumentos”, afirmou Serrano ao Valor.
Em artigo recente, publicado no Reconta Aí, o presidente da Federação Nacional da Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, ressaltou que, além da Caixa, o Banco do Brasil e o BNDES também terão devolução de IHCD. "Declaradamente, o governo retira recursos que seriam investidos em políticas públicas e os transfere para os bancos privados, que são os principais detentores da própria dívida pública", alertou Takemoto em seu artigo.
Para o economista e diretor do Reconta Aí, Sérgio Mendonça, essa é uma forma de amarrar a atuação dos Bancos Públicos no próximo governo. "Dificultará a atuação dos novos gestores. O mesmo, e com mais intensidade, está sendo feito no BNDES", diz o economista.
A primeira mulher a presidir a Caixa, de 2006 a 2011, Maria Fernanda Coelho, já explicou ao Reconta Aí os reais motivos que levam o Governo Bolsonaro a "cobrar uma dívida que não existe". Assista:
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Trabalhadores denunciam: BC atua como inimigo do país com a prática de juros altos
- Participação dos trabalhadores na gestão das empresas é de interesse público
- Sindicato denuncia abusos do Santander no Dia Nacional de Luta e reafirma defesa dos bancários
- Novas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor
- Trabalhadores vão às ruas, nesta terça-feira (4), para exigir queda na Selic
- Enquete da Câmara confirma rejeição da população à Reforma Administrativa
- Centrais Sindicais se reúnem com ministro Boulos para debater pautas da Classe Trabalhadora
- Nota de Falecimento: Antônia Garcia de Freitas
- Brasil bate novo recorde de carteira assinada, no rendimento real e na queda de desemprego
- Bradesco segue demitindo enquanto lucro cresce 28,2%
- 30 de outubro de 1985: a greve das 6 horas que parou a Caixa completa 40 anos
- CUT repudia Operação Contenção que deixou dezenas de mortos no RJ
- Após cobrança do movimento sindical, BB retoma substituições temporárias
- Lucro do Santander cresce 15,1% em nove meses e chega a R$ 11,5 bilhões, enquanto banco segue fechando postos de trabalho
- PL 1739 é mais uma vez retirado da pauta de votação da CAS do Senado