26/08/2022
Inadimplência bate novo recorde e atinge 67,6 milhões de brasileiros

Em julho, o Brasil registrou um total de 67,6 milhões de inadimplentes, o maior número de pessoas com contas atrasadas desde 2016, quando o levantamento começou a ser feito pela Serasa Experian, que há oito meses registra altas consecutivas.
Cerca de 41,8% da população adulta está inadimplente, e a maior parte das pessoas com nomes negativados tem entre 26 e 40 anos, de acordo com o levantamento. Veja abaixo como saber se seu nome está negativado ou sujo, como também é chamado quem está inadimplente.
Entre as razões apontadas pelos especialistas para este recorde de inadimplência está a inflação ainda elevada, especialmente a dos alimentos que continua subindo e afeta principalmente os mais pobres.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, confirma que a principal razão do recorde foi a inflação. “Desde agosto do ano passado, ela está em dois dígitos, considerando o dado anualizado. E isso tem um efeito brutal na capacidade de pagamento das pessoas”.
“O custo de vida, de alimentação fica mais alto, e sobra menos dinheiro para pagar compromissos previamente assumidos e as contas do dia a dia, principalmente com essas tarifas também aumentado", explica o economista.
Outra é a queda dos salários apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - rendimento médio caiu 5,1% em 12 meses; e a alta da taxa básica de juros (Selic). E, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho, em 47,3% das negociações, o reajuste do salário ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A alta da taxa básica de juros (Selic) também é citada por economistas como um dos itens que contribui para sufocar a renda dos brasileiros. Em agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou pela 12ª seguida a Selic, para 13,75% ao ano, nível mais alto desde outubro de 2016.
Os vilões do calote
Os bancos e os cartões lideram a lista dos principais responsáveis pela maioria das dívidas, com 28,6% do total.
"Cartões e o cheque especial são muito usados pelo brasileiro para esticar seu salário e é muito fácil ficar inadimplente assim, pois os juros são largos", explica Rabi.
As contas básicas como água, luz e gás, com 22,2%, estão em segundo lugar.
Em terceiro está o setor de Financeiras (13,7%); e. em quarto o varejo, com 12,4%.
"Apesar de estar na terceira posição, o setor de Financeiras é o que mais tem crescido a participação na negativação. Isso porque, de forma geral, as financeiras atendem pessoas que não conseguem crédito em banco mais: pessoas vulneráveis em renda e emprego. Então tem um perfil mais arriscado, cobrando taxas de juros mais altas do que as do banco. E muitos que contraem essas dívidas perdem a capacidade de pagamento de uma hora pra outra", pontua Rabi.
Na sequência, estão Serviços (10,1%); Telefonia (6,8%); e Securitizadoras (2,1%).
Na divisão por região, São Paulo liderou o número de inadimplentes, com 16.016.549. Na outra ponta, Roraima foi o estado com menos negativados, 214.162.
Como saber se o nome está sujo?
O primeiro passo é fazer uma consulta pela internet nos principais canais de informações de crédito: Serasa, o SPC Brasil e Boa Vista SCPC. Para os três canais também estão disponíveis aplicativos que permitem a consulta.
Como excluir o nome desses cadastros?
Para ter seu nome excluído dos cadastros, obviamente, é necessário quitar ou renegociar as dívidas, o que pode ser feito diretamente com os estabelecimentos.
Geralmente os juros em renegociações são menores e há um parcelamento da dívida. Mas, a Serasa também faz feirões de negociação de dívidas, com desconto nas multas e juros e parcelamento em até 24 meses.
Fechado o acordo de negociação, a instituição pede a exclusão do nome nos cadastros de proteção ao crédito. No caso da dos feirões da Serasa, após o acordo a empresa retira o nome do devedor do cadastro.
É importante saber que, após o vencimento de qualquer dívida, o credor pode incluir o nome do consumidor nos cadastros, mas isso geralmente é feito somente após 30 dias de atraso e após tentativas de negociação.
Cerca de 41,8% da população adulta está inadimplente, e a maior parte das pessoas com nomes negativados tem entre 26 e 40 anos, de acordo com o levantamento. Veja abaixo como saber se seu nome está negativado ou sujo, como também é chamado quem está inadimplente.
Entre as razões apontadas pelos especialistas para este recorde de inadimplência está a inflação ainda elevada, especialmente a dos alimentos que continua subindo e afeta principalmente os mais pobres.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, confirma que a principal razão do recorde foi a inflação. “Desde agosto do ano passado, ela está em dois dígitos, considerando o dado anualizado. E isso tem um efeito brutal na capacidade de pagamento das pessoas”.
“O custo de vida, de alimentação fica mais alto, e sobra menos dinheiro para pagar compromissos previamente assumidos e as contas do dia a dia, principalmente com essas tarifas também aumentado", explica o economista.
Outra é a queda dos salários apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - rendimento médio caiu 5,1% em 12 meses; e a alta da taxa básica de juros (Selic). E, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho, em 47,3% das negociações, o reajuste do salário ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A alta da taxa básica de juros (Selic) também é citada por economistas como um dos itens que contribui para sufocar a renda dos brasileiros. Em agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou pela 12ª seguida a Selic, para 13,75% ao ano, nível mais alto desde outubro de 2016.
Os vilões do calote
Os bancos e os cartões lideram a lista dos principais responsáveis pela maioria das dívidas, com 28,6% do total.
"Cartões e o cheque especial são muito usados pelo brasileiro para esticar seu salário e é muito fácil ficar inadimplente assim, pois os juros são largos", explica Rabi.
As contas básicas como água, luz e gás, com 22,2%, estão em segundo lugar.
Em terceiro está o setor de Financeiras (13,7%); e. em quarto o varejo, com 12,4%.
"Apesar de estar na terceira posição, o setor de Financeiras é o que mais tem crescido a participação na negativação. Isso porque, de forma geral, as financeiras atendem pessoas que não conseguem crédito em banco mais: pessoas vulneráveis em renda e emprego. Então tem um perfil mais arriscado, cobrando taxas de juros mais altas do que as do banco. E muitos que contraem essas dívidas perdem a capacidade de pagamento de uma hora pra outra", pontua Rabi.
Na sequência, estão Serviços (10,1%); Telefonia (6,8%); e Securitizadoras (2,1%).
Na divisão por região, São Paulo liderou o número de inadimplentes, com 16.016.549. Na outra ponta, Roraima foi o estado com menos negativados, 214.162.
Como saber se o nome está sujo?
O primeiro passo é fazer uma consulta pela internet nos principais canais de informações de crédito: Serasa, o SPC Brasil e Boa Vista SCPC. Para os três canais também estão disponíveis aplicativos que permitem a consulta.
Como excluir o nome desses cadastros?
Para ter seu nome excluído dos cadastros, obviamente, é necessário quitar ou renegociar as dívidas, o que pode ser feito diretamente com os estabelecimentos.
Geralmente os juros em renegociações são menores e há um parcelamento da dívida. Mas, a Serasa também faz feirões de negociação de dívidas, com desconto nas multas e juros e parcelamento em até 24 meses.
Fechado o acordo de negociação, a instituição pede a exclusão do nome nos cadastros de proteção ao crédito. No caso da dos feirões da Serasa, após o acordo a empresa retira o nome do devedor do cadastro.
É importante saber que, após o vencimento de qualquer dívida, o credor pode incluir o nome do consumidor nos cadastros, mas isso geralmente é feito somente após 30 dias de atraso e após tentativas de negociação.
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