10/08/2022
Bancos tiveram lucro de R$ 132 bi em 2021, recorde histórico. Podem e devem valorizar bancários!

De acordo com relatório divulgado na terça-feira (9) pelo Banco Central, o lucro dos bancos em 2021 no Brasil atingiu recorde de R$ 132 bilhões, nível mais alto da série histórica iniciada em 1994. O valor é 49% maior do que em 2020.
De acordo com o Banco Central, o crescimento da taxa de juros e a redução das despesas com provisões (recursos que ficam apartados para fazer frente a eventuais perdas), além de ganhos de eficiência, explicam essa alta dos resultados.
“A rentabilidade do sistema deve se manter resiliente, mas os lucros tendem a crescer em ritmo mais lento. O cenário para 2022 é de atividade econômica mais fraca, menor crescimento do crédito, normalização da inadimplência de custo de captação e operacional mais altos”, avaliou o BC no documento chamado Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre desta ano.
A rentabilidade das instituições financeiras se recuperou no ano passado, após redução de lucros registrada em 2020 com a pandemia da Covid-19, e o saldo positivo dos bancos bateu recorde em 2021.
Segundo o BC, o chamado retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário nacional alcançou 15,1% em dezembro do ano passado, contra 11,5% no fechamento de 2020 (quando caiu por conta dos efeitos da pandemia).
Em meados do ano passado, a rentabilidade dos bancos já havia retornado ao patamar pré-pandemia.
O aumento da rentabilidade dos bancos foi registrado em um ano de crescimento dos empréstimos bancários e de alta na taxa básica de juros pelo Banco Central, na tentativa de conter as pressões inflacionárias. A taxa Selic avançou de 2% ao ano, em janeiro de 2021, para 9,25% ao ano no fechamento do ano passado.
O juro bancário médio de pessoas física e empresas, por sua vez, registrou em 2021 a maior alta em 6 anos, ao atingir 33,9% ao ano. Essa taxa não considera os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Bancos podem atender as reivindicações dos trabalhadores
Em mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última segunda-feira (8), trabalhadores bancários reivindicaram aumento dos valores da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), além da reposição da inflação mais aumento real de 5% e aumento maior para os vales refeição e alimentação. Mas, a resposta das instituições financeiras foi de que bancários já têm renda suficiente.
Desde 1997, o movimento sindical conquistou 126% de aumento real para a PLR do cargo de caixa. No mesmo período, o crescimento real do lucro dos bancos foi de 359%, 2,85 vezes mais do que a percentagem de aumento da PLR. Além disso, em 1995, os grandes bancos distribuíam cerca de 14% dos lucros a título de PLR. Esse percentual caiu ao longo dos anos para 6,6%.
Já o lucro líquido dos maiores bancos do país cresceu 190% acima da inflação entre 2003 e 2021. Na contramão, a remuneração média da categoria caiu 2% em termos reais desde 2014 o que, somada à redução do emprego, levou a uma redução na massa salarial do setor de 20% desde 2014.
"Os dados seguem comprovando que não tem crise para os bancos e eles continuam sendo o setor que mais lucra no país. Por isso, queremos proposta decente da parte deles, que inclua aumento real, maior participação na PLR, fim do assédio moral e das metas abusivas, condições dignas de trabalho para evitar o adoecimento da categoria, além da valorização do VA e VR, também fundamental para manter o poder aquisitivo da categoria bancária e a comida na mesa do trabalhador. Nós do movimento sindical valorizamos a via negocial, e esperamos que os bancos façam o mesmo e com celeridade. Os bancários estão ansiosos para saber quando serão valorizados por toda a dedicação e trabalho dispendidos na construção desses lucros bilionários", ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.
De acordo com o Banco Central, o crescimento da taxa de juros e a redução das despesas com provisões (recursos que ficam apartados para fazer frente a eventuais perdas), além de ganhos de eficiência, explicam essa alta dos resultados.
“A rentabilidade do sistema deve se manter resiliente, mas os lucros tendem a crescer em ritmo mais lento. O cenário para 2022 é de atividade econômica mais fraca, menor crescimento do crédito, normalização da inadimplência de custo de captação e operacional mais altos”, avaliou o BC no documento chamado Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre desta ano.
A rentabilidade das instituições financeiras se recuperou no ano passado, após redução de lucros registrada em 2020 com a pandemia da Covid-19, e o saldo positivo dos bancos bateu recorde em 2021.
Segundo o BC, o chamado retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário nacional alcançou 15,1% em dezembro do ano passado, contra 11,5% no fechamento de 2020 (quando caiu por conta dos efeitos da pandemia).
Em meados do ano passado, a rentabilidade dos bancos já havia retornado ao patamar pré-pandemia.
O aumento da rentabilidade dos bancos foi registrado em um ano de crescimento dos empréstimos bancários e de alta na taxa básica de juros pelo Banco Central, na tentativa de conter as pressões inflacionárias. A taxa Selic avançou de 2% ao ano, em janeiro de 2021, para 9,25% ao ano no fechamento do ano passado.
O juro bancário médio de pessoas física e empresas, por sua vez, registrou em 2021 a maior alta em 6 anos, ao atingir 33,9% ao ano. Essa taxa não considera os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Bancos podem atender as reivindicações dos trabalhadores
Em mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última segunda-feira (8), trabalhadores bancários reivindicaram aumento dos valores da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), além da reposição da inflação mais aumento real de 5% e aumento maior para os vales refeição e alimentação. Mas, a resposta das instituições financeiras foi de que bancários já têm renda suficiente.
Desde 1997, o movimento sindical conquistou 126% de aumento real para a PLR do cargo de caixa. No mesmo período, o crescimento real do lucro dos bancos foi de 359%, 2,85 vezes mais do que a percentagem de aumento da PLR. Além disso, em 1995, os grandes bancos distribuíam cerca de 14% dos lucros a título de PLR. Esse percentual caiu ao longo dos anos para 6,6%.
Já o lucro líquido dos maiores bancos do país cresceu 190% acima da inflação entre 2003 e 2021. Na contramão, a remuneração média da categoria caiu 2% em termos reais desde 2014 o que, somada à redução do emprego, levou a uma redução na massa salarial do setor de 20% desde 2014.
"Os dados seguem comprovando que não tem crise para os bancos e eles continuam sendo o setor que mais lucra no país. Por isso, queremos proposta decente da parte deles, que inclua aumento real, maior participação na PLR, fim do assédio moral e das metas abusivas, condições dignas de trabalho para evitar o adoecimento da categoria, além da valorização do VA e VR, também fundamental para manter o poder aquisitivo da categoria bancária e a comida na mesa do trabalhador. Nós do movimento sindical valorizamos a via negocial, e esperamos que os bancos façam o mesmo e com celeridade. Os bancários estão ansiosos para saber quando serão valorizados por toda a dedicação e trabalho dispendidos na construção desses lucros bilionários", ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.
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