12/08/2025

Bradesco: lucro bilionário às custas do desemprego e abandono da população

Nesta terça-feira (12), o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região esteve nas ruas para dizer em alto e bom som: basta de demissões, basta de fechamento de agências, basta de precarização do atendimento! A manifestação, realizada em frente à agência central do Bradesco, fez parte do Dia Nacional de Luta dos Funcionários do Bradesco, convocado pela CONTRAF-CUT, federações e sindicatos de todo o país.

Com faixas, panfletos e palavras de ordem, a diretoria dialogou com trabalhadores e população, denunciando a política cruel do banco, que coloca o lucro acima das pessoas e deixa um rastro de desemprego e desbancarização — especialmente no interior dos estados, onde comunidades inteiras estão ficando sem acesso ao atendimento presencial.


O contraste é revoltante: só no primeiro semestre de 2025, o Bradesco obteve lucro líquido recorrente de R$ 11,931 bilhões, alta de 33,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram eliminados 2.564 postos de trabalho em doze meses — 1.218 deles apenas no último trimestre e quase 1.400 pontos de atendimento desapareceram do mapa, incluindo agências, PAs e unidades de negócios. O número de clientes, porém, continua crescendo, e a sobrecarga dos trabalhadores atinge níveis insuportáveis — adoecimento, filas quilométricas e queda drástica na qualidade do serviço.

O resultado dessa política? Trabalhadores sobrecarregados, adoecendo; aposentados que se deslocam quilômetros para receber seus benefícios; filas intermináveis; cidades inteiras abandonadas pelo banco; e uma população cada vez mais excluída do sistema financeiro. Tudo isso para inflar ainda mais um balanço já bilionário.

"É de extrema importância que o Bradesco entenda que os bancários são seu maior patrimônio. A categoria bancária, população e Sindicato precisam estar unidos para inverter essa lógica perversa que coloca o lucro acima de tudo. Nossa mobilização é fundamental para manter empregos, garantir atendimento de qualidade e assegurar respeito aos clientes", afirma o secretário-geral do Sindicato, Júlio César Trigo.


"Não aceitaremos esse descaso e essa falta de responsabilidade social. Exigimos garantia de emprego, saúde e bem-estar dos trabalhadores, condições dignas de trabalho e uma remuneração que valorize quem sustenta o banco no dia a dia", destaca o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.


Vicentim reforça que não há justificativa econômica para essa política de destruição de empregos e de abandono da população. “O que existe é a escolha consciente de priorizar acionistas e ignorar o papel social que um banco deve cumprir. E contra isso, seguiremos mobilizados e prontos para lutar — nas agências, nas ruas e em todo o país”.
Fonte: Seeb Catanduva

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