18/10/2021
Bancários do Santander sofrem pressão para doarem ao Amigo de Valor

O movimento sindical tem recebido denúncias de que bancários do Santander estão sendo pressionados para realizarem doações ao projeto Amigo de Valor. De acordo com os relatos, gestores estão cobrando doações dos trabalhadores como se fosse uma meta, citando inclusive o número de bancários que ainda não fizeram uma doação. Até mesmo o valor da doação está sendo alvo de questionamentos por parte de alguns gestores.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região é a favor de doações, ainda mais no atual momento, em meio a uma crise sanitária, econômica e política, mas sempre de forma voluntária, sem coação ou pressão.
"Estimular ações de voluntariado é louvável e somos completamente favoráveis a isso. Entretanto, a iniciativa seria mais coerente se a contribuição fosse feita de maneira voluntária pelos bancários, jamais uma obrigação. A postura da direção do banco, que de forma recorrente transforma campanhas positivas em assédio, já é conhecida como “jeitão Santander”. O desrespeito para com seus trabalhadores é tamanho que transforma até boas iniciativas em assédio. Reivindicamos ao banco que os gestores sejam reorientados para que não haja nenhum tipo de pressão coagindo à adesão do trabalhador, sobretudo com ameaças de consequências mais graves e até punições", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo Campolungo.
O bancário que se sentir pressionado ou constrangido a fazer uma doação deve denunciar ao Sindicato, por meio do canal de denúncias de assédio moral (CLIQUE AQUI). O sigilo é garantido.
Doação ou coação?
Esta não é a primeira vez que o conceito de doação é desvirtuado no Santander. No início de 2020, o bancário que não manifestasse posição contrária até determinada data, por meio de um site, teria 1% de sua remuneração variável descontada automaticamente da sua conta corrente como forma de doação ao projeto Sonhos que Transformam.
> Doação ou coação?! Santander faz “caridade” com o seu chapéu!
Desta forma, ao invés de proporcionar que o bancário interessado em fazer a doação manifestasse tal interesse, obrigava quem não se interessava a manifestar posição contrária, invertendo completamente o caráter voluntário da doação.
A prática só não foi para frente graças a atuação sindical e jurídica do Sindicato.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Banco Central eleva Selic para 14,75% e reforça aperto econômico à população
- Estudo da Unicamp mostra que quase 21 milhões de trabalhadores estão em sobrejornada
- Prejuízo ao país: Copom deve elevar Selic em 0,5 ponto na reunião desta quarta-feira (7)
- “Campos Neto na gestão do Nubank é conflito de interesses”, alerta movimento sindical bancário
- 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é aberta em Brasília
- COE Bradesco critica fechamento de unidades em reunião com o banco
- Novo Estatuto mantém teto de 6,5% e escancara descuido da Caixa com a saúde dos empregados
- “Banco Central precisa rever regulação se quiser evitar risco para o sistema”, alertam trabalhadores
- Plano Juventude Negra Viva avança em reunião no Palácio do Planalto, com apoio do movimento sindical bancário
- 62 anos de luta, conquistas e resistência: a história viva do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região
- Itaú muda regras e aumenta a taxa do crédito imobiliário para funcionários
- 5ª CNMA começa hoje (6) com base em caderno de propostas construído pela sociedade civil
- Executiva do Goldman Sachs denuncia assédio moral após ser mãe. Saiba como denunciar ao Sindicato!
- Lucro do Santander cresce 27,8% no 1º trimestre de 2025
- Nova NR-1 passa a valer em maio de 2025 com foco em saúde mental e riscos psicossociais