28/08/2021
Novo relacionamento com as funcionárias e funcionários para um Banco do Brasil melhor
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encerrou na quinta-feira (26) uma série de matérias para esmiuçar as resoluções aprovadas pelas delegadas e pelos delegados do 32º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado no dia 8 de agosto. O último tema não poderia ser mais importante: relacionamento com as funcionárias e funcionários.
De acordo com o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, para que o Banco do Brasil possa cumprir de fato o seu papel de banco público e exercer as atividades específicas e de interesse público apontadas na série de matérias publicadas pela Contraf-CUT, não se pode exigir dele a mesma produtividade e a mesma expectativa de retorno dos bancos privados. “Para sobreviver como instituição pública, o BB precisa reorientar suas atividades para atender à maioria da população com a prestação de serviços eficientes e de qualidade, e não pode continuar seguindo o mesmo modelo de atuação dos bancos privados, pois parte de suas atividades estará voltada para o exercício de sua função social.”
Para Fukunaga, é preciso envolver o acionista controlador, a direção da empresa e todo o seu corpo de funcionários na construção dos mecanismos de atendimento à maioria da população e aos segmentos prioritários da atividade econômica. “Colocar o debate sobre a qualidade dos serviços e a contribuição ao desenvolvimento lado a lado com a dimensão da sustentabilidade financeira. A direção do banco não pode atuar de maneira impositiva, mas envolver o conjunto das funcionárias e funcionários no planejamento, capacitação e execução dos mais variados programas de interesse público, adotando programa de treinamento e avaliação com estes objetivos.”
O coordenador da CEBB vai além. Para ele, “as atividades de cada dependência e do conjunto das funcionárias e funcionários deverão ser revistas de acordo com o novo plano de atuação estratégica, negociando com os funcionários nova forma de estabelecimento de metas e objetivos.”
Os delegados e delegadas do CNFBB acreditam que o Banco do Brasil não pode estar orientado exclusivamente para a venda de produtos e serviços que vem causando tanto assédio e adoecimento. “As questões relativas à saúde dos funcionários devem estar no centro da pauta, reabrindo concursos públicos para dotar as dependências do quadro de funcionários adequado, para evitar excesso de trabalho e adoecimento das trabalhadoras e trabalhadores”, explicou Fukunaga.
João Fukunaga ressalta que, para que o BB cumpra de fato seu papel social, é preciso reavaliar a rede de agências e levar crédito e serviços bancários a municípios e regiões sem atendimento, para dinamizar e fomentar a economia local. “Enfrentando essas questões, o BB deve encontrar caminhos para requalificar e valorizar seu pessoal, para rentabilizar a sua estrutura e capilaridade, reduzir custos e aumentar o valor agregado dos serviços prestados, utilizar a inovação digital a serviço das suas missões, potencializar a base de dados e conhecimento dos clientes, enfim, para fortalecer-se lado a lado com o fortalecimento do país e da população que atende.”
Fukunaga alerta também para o tipo de relação que o banco deve ter com o funcionário para que este objetivo seja cumprido. “Para engajar funcionárias e funcionários em um projeto de empresa que atenda aos interesses da população, é imprescindível estabelecer uma relação de respeito com o corpo funcional e suas entidades representativas, estabelecendo processos negociais transparentes para solucionar eventuais conflitos de natureza salarial, condições de trabalho, participação nos resultados, saúde e previdência.”
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- SuperCaixa, problemas no VPN e Saúde Caixa foram pauta em reunião com a Caixa
- Ataque cibernético sofisticado coloca em xeque a credibilidade do sistema financeiro
- Conferência nacional marca novo momento de escuta e valorização de aposentadas e aposentados do ramo financeiro
- Plebiscito Popular 2025: Sindicato incentiva a participação da categoria no levantamento
- Sindicato participa da 1ª Conferência Nacional de Aposentadas e Aposentados do Ramo Financeiro
- Abertas as inscrições para a Conferência Livre de Mulheres no Ramo Financeiro
- Funcef: você sabe o que acontece se a meta atuarial não for alcançada?
- TST reafirma direito à jornada reduzida para empregados públicos com filhos com TEA
- Movimento sindical cobra dos bancos compromisso com saúde mental dos trabalhadores
- Saúde Caixa: Comitês de credenciamento e descredenciamentos serão instalados a partir desta quarta-feira (2)
- FETEC-CUT/SP aprova propostas para a 1ª Conferência Nacional dos Bancários Aposentados
- Plebiscito Popular 2025 mobiliza o país pelo fim da escala 6x1
- Desemprego recua para 6,2%, CLT e rendimento batem novos recordes, diz IBGE
- STF amplia responsabilização das plataformas em conteúdos ilícitos na internet
- Assoicado, prepare-se para as certificações Anbima: confira o calendário do tira-dúvidas da Rede do Conhecimento para julho