17/05/2021

Defesa dos bancos públicos se espalha pelo país



 
Sindicatos dos bancários de todo o país, assim como associações e federações de trabalhadores da categoria estão em campanha em defesa dos bancos públicos e contra os ataques promovidos pelo governo Bolsonaro, que prejudicam a atuação de fomento do desenvolvimento da economia e o atendimento à população.

“Pelo menos desde 2016, os ataques são incessantes. Fecham agências, reduzem o quadro de pessoal e exigem a devolução de recursos ao Tesouro Nacional, o que afeta a capacidade destes bancos concederem crédito ao setor produtivo, principalmente aos pequenos empresários e agricultores, mas também para a educação, moradia, esportes, cultura…”, disse a coordenadora do Grupo de Trabalho em Defesa dos Bancos Públicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes.

“Na medida em que o serviço é precarizado, se justifica para a população a privatização dessas instituições. Sabemos o quanto representam como fomentadoras do desenvolvimento ao país. Daí a importância de toda a população estar unida no combate ao desmonte dos bancos públicos. Defender a Caixa e o Banco do Brasil é defender o interesse de todos os brasileiros”, acrescentou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto (o Tony). 

Em Belo Horizonte e Contagem (MG), por exemplo, outdoors instalados em grandes vias públicas alertam a população sobre a importância da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. As peças destacam o papel fundamental destes bancos no desenvolvimento do país.

Em Pernambuco, o Sindicato dos Bancários espalhou outdoors destacando a importância do Banco do Brasil, da Caixa e do Banco do Nordeste tanto na Região Metropolitana do Recife (RMR) quanto no Interior do estado. Em Londrina (PR) e região, região onde o setor agropecuário tem grande força, o destaque é o Banco do Brasil.

“A mobilização em defesa da Caixa, do Banco do Brasil, do BNDES, do Banco do Nordeste, do Banco da Amazônia e dos demais bancos públicos estaduais e regionais é uma prioridade do movimento sindical bancário. Mas, a população sabe o quanto estes bancos são importantes para a geração de emprego, produção de alimentos, construção de moradias e para tantas outras políticas do governo. Por isso, todas as pesquisas mostram que os brasileiros são contra a privatização”, ressaltou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT.

Nas redes

“Mais do que mostrar a importância destes bancos, nossa ação visa convocar a população a se manifestar nas redes sociais contra a privatização e os ataques promovidos pelo governo. Quem é contra deve deixar isso bem claro para o governo, para os parlamentares, prefeitos e associações comerciais, industriais e agropecuárias”, disse Fabiana.

“São os bancos públicos que investem nas pequenas e microempresas, que são as maiores geradoras de emprego no país, na produção agropecuária, principalmente nos pequenos produtores, que levam os alimentos até nossas mesas, na construção de moradias para a população de baixa renda, que investem nas obras de infraestrutura, nos transportes, na rede de saneamento básico, na educação. Sem os bancos públicos, o país sairá perdendo. Por isso, temos que dizer não à privatização”, concluiu Fernanda.

A Contraf-CUT e os sindicatos da categoria iniciam, a partir desta semana, uma ação nas redes sociais para ressaltar a importância dos bancos públicos e convocar toda a população a mostrar sua contrariedade aos ataques contra os bancos e sua privatização.

“Diante do momento pelo qual o país está passando precisamos mobilizar não só a categoria bancária, mas também o conjunto da classe trabalhadora e a sociedade para impedir a entrega das nossas riquezas e da soberania do país ao capital especulativo internacional, como está fazendo o governo. A defesa dos bancos públicos tem de ser feita por toda a população, os principais prejudicados com este retrocesso. Vamos construir novos caminhos, mas é fundamental a unidade de todos os trabalhadores. Estamos sob ataque e precisamos resistir”, defendeu Tony.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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