19/01/2021
Plenária virtual debate reestruturação e organiza resistência contra desmonte do BB
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O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região realizou na noite de segunda-feira (18) uma plenária virtual para debater o processo de reestruturação anunciado pelo Banco do Brasil, esclarecer as dúvidas dos funcionários e funcionárias e definir estratégias de atuação para o combate ao desmonte do BB e ao desrespeito aos trabalhadores.
As medidas anunciadas pela direção do banco no dia 11 de janeiro, sem negociação prévia com os funcionários e entidades representativas, vão desde o fechamento de agências, à exclusão da função de caixas e demissão de 5 mil trabalhadores por meio de PDV.
“Além do ataque aos direitos dos trabalhadores que estão sendo removidos dos seus pontos, com comissões reduzidas, esse desmonte também deve afetar o atendimento à população, uma vez que diversos municípios deixarão de contar com a presença de um banco público, instituição fundamental para o desenvolvimento econômico do país, sobretudo neste momento de pandemia”, ressaltou no início do debate o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim, ao denunciar a falta de transparência da direção do banco, que vem sonegando informações sobre o plano de reestruturação, em um claro pacto com o projeto de destruição do patrimônio nacional promovido pelo governo Bolsonaro.
A reunião contou, ainda, com a participação de José Ricardo Sasseron, ex-diretor de Seguridade PREVI, que destacou a importância de levar o debate à sociedade, buscando apoio de prefeitos, governadores e demais parlamentares.
“Apesar dos inúmeros ataques do governo, o Banco do Brasil resiste bravamente no cumprimento de seu papel social como fomentador do desenvolvimento regional. Ele está presente na maioria dos municípios brasileiros, possibilitando crédito à agricultura familiar e à infraestrutura de estradas e rodovias, no financiamento de habitação popular ou na vida dos aposentados, seja através de agência, posto de atendimento ou correspondente exclusivo. Diferentemente dos bancos privados, que concentram a renda de maneira elitista e não têm compromisso nenhum com a retomada do crescimento do país, sobretudo neste momento tão crítico que o país atravessa”, exemplificou Sasseron. “É muito importante que os trabalhadores mantenham o diálogo com seus colegas de trabalho e com o Sindicato, tanto para a obtenção de informações que estão sendo sonegadas pelo BB como para fortalecer a pressão contra a direção do banco, denunciando esse pacote de maldades à sociedade e ao Congresso Nacional através de atos públicos ou participando de maneira massiva dos protestos virtuais”, reforçou.
O Sindicato está na luta contra a destruição do Banco do Brasil como instituição pública e em defesa dos funcionários. Diretores da entidade têm percorrido as agências para realizar um levantamento de dados e informações sobre o impacto dessa reestruturação em termos de fechamento de unidades, rebaixamento de postos, descomissionamentos, descenso e outros aspectos, e para auxiliar nos encaminhamentos visando à proteção e garantia dos direitos dos trabalhadores.
“Nós, do Sindicato juntamente com os bancários do BB, não vamos aceitar essas medidas e iremos resistir bravamente em defesa dos trabalhadores e para que o banco continue cumprindo o seu papel de banco público, fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Estamos elaborando estratégias de organização e luta e, para isso, é muito importante que os funcionários estejam em contato permanente conosco”, frisou o presidente da entidade, Roberto Carlos Vicentim.
O Sindicato possui um departamento jurídico especializado em direito trabalhista e previdenciário à disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre o plano de reestruturação, questões referentes aos contratos de trabalho e analisar quais as medidas mais eficientes para cada caso apresentado.
“Temos, ainda, um canal no WhatsApp que possibilita a comunicação de maneira ágil e fácil com a entidade, e estamos em todas as redes sociais para levar informação de qualidade à categoria. Façam uso destas ferramentas! Conversem com seus amigos e seus familiares e os convidem a somar na luta também. Todos perdem com o desmonte do BB. Contamos com o apoio, organização e mobilização de todos. Nossa força é nossa arma e juntos resistiremos!”, finalizou o presidente.
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