30/11/2020
COE define estratégias de mobilizações e ações políticas contra demissões no Mercantil

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil se reuniu remotamente na sexta-feira (27), para traçar estratégias de mobilizações e ações políticas e urbanas contra as medidas desumanas do banco, que continua a demitir pais e mães de família em plena pandemia. O encontro contou com a participação de sindicatos de todo o país. Na segunda quinzena de novembro o banco demitiu mais de 30 funcionários.
“O Mercantil precisa rever essa política desumana de exploração de clientes e funcionários e reassumir o compromisso de não demissão firmado no início do ano. Enquanto não houver essa reversão, continuaremos com nossas ações, tanto nas redes sociais quanto nas imediações das agências e departamentos do banco”, afirmou Marco Aurélio Alves, coordenador da COE do Mercantil.
Desrespeito aos clientes
“Enquanto o banco demite trabalhadores, as agências continuam registrando longas filas e sofrimento de clientes por falta de atendimento bancário. Os funcionários ainda tem que lidar com o assédio moral e a cobrança exacerbada por metas cada vez mais absurdas”, disse o coordenador da COE do Mercantil.
"Além de sobrecarregar os bancários, os cortes prejudicam os aposentados e pensionistas do INSS, já que a instituição ganhou a licitação da Previdência Social para efetuar o pagamento dos benefícios ao longo de cinco anos. Todos os dias formam-se longas filas nos caixas eletrônicos, pois os aposentados e pensionistas precisam de ajuda para utilizar o autoatendimento. É um desrespeito com os trabalhadores e com a sociedade, que recebe um atendimento cada vez mais precarizado", acrescenta o secretario geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
O Mercantil também vem sendo alvo de reclamações de clientes contra a venda casada de produtos, o que infringe o Código de Defesa do Consumidor.
A COE já denunciou essa situação junto ao Recursos Humanos do banco, mas até o momento não houve uma resposta convincente.
Diante ao atual momento adverso enfrentado pelos funcionários do Mercantil, os sindicatos de todo o país vão realizar um Dia Nacional de Lutas em repúdio às demissões e em solidariedade às dezenas de pais e mães de famílias que perderam seus empregos em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19). A data, programada para ocorrer no início de dezembro, será marcada por intervenções urbanas, atos nas portas das agências, distribuição de cartas abertas à população, mensagens em carros de som e mobilizações virtuais.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Brasil bate novo recorde de carteira assinada, no rendimento real e na queda de desemprego
- Bradesco segue demitindo enquanto lucro cresce 28,2%
- Nota de Falecimento: Antônia Garcia de Freitas
- 30 de outubro de 1985: a greve das 6 horas que parou a Caixa completa 40 anos
- CUT repudia Operação Contenção que deixou dezenas de mortos no RJ
- Após cobrança do movimento sindical, BB retoma substituições temporárias
- Lucro do Santander cresce 15,1% em nove meses e chega a R$ 11,5 bilhões, enquanto banco segue fechando postos de trabalho
- PL 1739 é mais uma vez retirado da pauta de votação da CAS do Senado
- Servidores marcham em Brasília contra a reforma administrativa que ameaça o serviço público
- Sindicato reforça alerta do INSS para golpe da prova de vida
- Bancários dominam ranking de categorias com mais afastamentos por saúde mental
- Banco do Brasil convoca reunião com representantes dos funcionários
- Veja quanto você pode economizar com a isenção de IR se o Senado aprovar a nova Lei do IR
- Últimos dias para adesão ao acordo entre Cassi e Contraf-CUT
- ‘Bet da Caixa’ representa risco para a sociedade e causa preocupação