13/11/2020
Após denúncia do movimento sindical, banco “insiste” que não existe assédio moral

Com quase dois meses de atraso, o Mercantil do Brasil respondeu o ofício enviado pelo movimento sindical denunciando assédio moral praticado pela área comercial contra os funcionários e cobrando apuração e resolução dessa prática. Segundo as denúncias dos trabalhadores, os superintendentes da área comercial telefonam, insistentemente, para os funcionários, cobrando metas absurdas e ameaçando aplicar advertências e demitir.
O banco, no entanto, afirma que é contra “toda e qualquer forma de assédio no ambiente de trabalho”. E vai além ao garantir que em pesquisas realizadas entre os empregados “o banco se configura entre as melhores empresas para se trabalhar no Brasil”.
“Infelizmente isso não é verdade. Os funcionários sofrem com as pesadas cobranças de metas cada vez mais absurdas, agências lotadas, ameaças de demissão, fiscalização constante pelas câmeras de vídeo e adoecimento por conta do assédio moral”, denuncia Marco Aurélio Alves, Coordenador Nacional da Comissão de Organização dos Empregados do Banco.
Para Ramon Peres, presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e região, a resposta enviada tardiamente pelo banco mostra que o Mercantil vive em um mundo fora da realidade, mostrado por pesquisas em que as perguntas são respondidas pelos funcionários coagidos pelo medo. “Denúncias neste sentido não param de chegar ao Sindicato. Essa é a triste realidade que o Mercantil insiste em não ver”, destaca.
É essencial que os trabalhadores do Mercantil vençam o medo e respondam com transparência as pesquisas de clima realizadas pelo banco e que entreguem aos sindicatos provas que atestem as práticas nocivas de assédio moral praticada pela área comercial do banco. O medo é o instrumento que os gestores do Mercantil utilizam para assediar moralmente o trabalhador e tirar dele toda sua energia de trabalho, obrigando a deixar a empresa.
O secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo, reforça a cobrança ao banco para que os trabalhadores sejam tratados com a dignidade e o respeito que merecem. "O assédio moral adoece os bancários e destrói vidas. Transforma o ambiente de trabalho em um inferno e isso reflete na qualidade do atendimento à população. Por isso, estamos exigindo solução do banco", ressalta.
O movimento sindical não aceita essa prática e vai adotar as medidas necessárias para que a direção do banco tome uma atitude e os gestores da área comercial parem de assediar os bancários e as bancárias.
"A categoria bancária é uma das que mais sofre com a prática. Com a pandemia e as alterações nas condições de trabalho que ela promoveu, os casos têm aumentado consideravelmente nas agências bancárias de todo o país. Reforçamos aos bancários a importância de levar os problemas ao sindicato, que tem atuado efetivamente na defesa dos trabalhadores", acrescenta Trigo.
Denuncie
O Sindicato possui um instrumento de combate ao assédio moral, uma conquista da Campanha de 2010. Através desse canal, os bancários podem denunciar com a certeza de que sua identidade será mantida em absoluto sigilo. Para acessar, CLIQUE AQUI.
É importante também destacar que alguns bancos têm seus próprios canais de denúncia, mas que o canal do Sindicato é a opção mais segura e mais eficiente para o bancário.
O Sindicato possui um instrumento de combate ao assédio moral, uma conquista da Campanha de 2010. Através desse canal, os bancários podem denunciar com a certeza de que sua identidade será mantida em absoluto sigilo. Para acessar, CLIQUE AQUI.
É importante também destacar que alguns bancos têm seus próprios canais de denúncia, mas que o canal do Sindicato é a opção mais segura e mais eficiente para o bancário.
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