01/10/2020

No Dia do Idoso, mais dignidade e respeito aos desafios de quem enfrenta o isolamento social



O ano está sendo um grande desafio para todos por conta da pandemia do novo coronavírus, por diversos motivos. Um deles é o isolamento social que todos fomos obrigados a conviver desde março, e atingiu e ainda atinge com maior peso a população de idosos enquanto a vacina não chega. Neste Dia do Idoso (1° de outubro), lembramos que há muitas outras barreiras a serem transpostas para que os idosos no país possam viver com mais dignidade. É preciso tomar conta da saúde do corpo e da mente, garantir que todos tenham acesso a atendimento de saúde e que, ao fim desta crise, sejam reintegrados à vida em sociedade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada idosa a pessoa que tiver 60 anos ou mais. No Brasil, a parcela da população nesta faixa etária chega a 13%, e o envelhecimento da população já é uma tendência. Ainda que haja a necessidade de abraçar os mais experientes, andamos a passos curtos.

Uma reportagem do Museu da Vida, da FioCruz, expõe como o preconceito pode excluir ainda mais os idosos em meio à pandemia. “Apesar de a Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhecer o direito à vida, à assistência médica e ao tratamento digno e igualitário ao longo da vida, durante o combate ao coronavírus o que observamos é uma discriminação cada vez maior às pessoas idosas, discriminadas pela idade e pela saúde, muitas inclusive se encontram desprotegidas em suas residências. A violência do olhar da sociedade para com os mais velhos se espalha nas redes sociais com vídeos mostrando idosos – muitos visivelmente em situação de grande fragilidade – como se fossem crianças, ou até em discursos de homens públicos e empresários anunciando a desvalorização da vida dos mais velhos.”

Muitos idosos passam sozinhos pela quarentena, e não podem conviver com pessoas queridas, como os netos e outros familiares, em razão do perigo do contágio. É necessário dar visibilidade a esta população, abordando soluções para os males advindos do isolamento e discutindo políticas de acessibilidade e inclusão dos idosos na vida em comunidade.

"Neste Dia do Idoso, o Sindicato, como entidade cidadã, reforça a luta por melhores condições de vida para toda a população idosa, que sofre com a deficiência de políticas públicas que a proteja e garantam o direito a uma velhice digna, com acesso à saúde, à alimentação, à cultura, ao lazer, à cidadania, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Estatísticas apontam que políticas públicas são fundamentais para atender uma população que, infelizmente, envelhece mal, num país em crise e com cortes nas despesas em saúde. Para que esse cenário se modifique, torna-se necessário que a situação dos mais velhos seja debatida e reivindicada em todos os espaços institucionais. Apenas a mobilização permanente da sociedade será capaz de configurar um novo olhar sobre essa população e garantir-lhe a dignidade merecida", ressalta o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim.
Fonte: Afubesp, com edição de Seeb Catanduva

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