12/05/2020
Governos estaduais e municipais podem ajudar nas filas nas agências da Caixa

Os governos municipais e estaduais também podem ajudar com as filas nas portas das agências da Caixa por todo o Brasil. As filas são fruto da falta de planejamento do governo federal, que centralizou o cadastro e o pagamento do auxílio emergencial somente no banco público. “Para piorar, isso acontece ao mesmo tempo em que, tanto a Caixa quanto a Dataprev, estavam sendo sucateadas para posterior privatização”, lembrou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco.
Na segunda-feira (11), novas cidades começaram a atender as orientações da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e deu resultado. Um exemplo é que algumas prefeituras do país começaram a instalar toldos e cadeiras em frente às agências, além de funcionários da prefeitura, Guardas Civis Municipais (GCM), Bombeiros ou Policiais Militares (PMs) para ajudarem na orientação e organização das filas.
“Os empregados da Caixa prestam um atendimento essencial à sociedade. O movimento sindical já cobrou dos bancos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), protetores acrílicos nas agências para diminuir os índices de contaminação, entre outras coisas. Porém, da porta para fora, os problemas causados pela concentração do pagamento do auxílio são intensificados pela falta de informações e falhas no sistema para o recebimento do auxílio. E, neste momento, todos devem ajudar, inclusive para dar um bom suporte para a população”, afirmou Fabiana.
Na avaliação do diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região e empregado da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto, a situação poderia estar muito melhor, não fosse a falta de planejamento e o improviso da gestão de Pedro Guimarães e do governo Bolsoanro nas ações para o pagamento do Auxílio Emergencial.
“O governo tem deixado claro que a saúde da população, sobretudo dos empregados da Caixa, não é sua prioridade. Aglomerações como têm ocorrido nas agências bancárias representam um considerável aumento no risco de contágio da Covid-19. A Caixa precisa é investir em tecnologia, sanar falhas do aplicativo e informar adequadamente a população, além de planejar com mais cuidado as ações que envolvem pagamentos de benefícios. E o governo federal, com mais coordenação, poderia melhoriar o desempenho dessas ações e ajudar em muito não só a população, mas todos os empregados que estão na linha de frente do atendimento", reforça Tony.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- SuperCaixa, superdifícil: resultados consolidados até outubro projetam apenas 40% das agências e PAs habilitados
- Entenda tudo sobre o ACT do Saúde Caixa: participe da plenária virtual do Sindicato!
- VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra aprova agenda de ações concretas de enfrentando ao racismo estrutural no sistema financeiro
- Fenae reforça diálogo com o governo sobre incorporação do reb ao novo plano
- Concentração de inovações tecnológicas nas “big techs” é ameaça à democracia
- Saúde Caixa: Proposta com reajuste zero será deliberada em assembleia nos dias 11 e 12
- VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro destaca combate ao racismo e defesa da igualdade de oportunidades
- EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA ESPECÍFICA - ACT Saúde Caixa
- Lula cobra e Caixa suspende lançamento de bet
- Aprovada na Câmara, licença-paternidade de 20 dias é conquista histórica dos bancários
- Senado propõe regras para impedir fechamento indiscriminado de agências bancárias
- Lucro do Itaú chega a R$ 34 bilhões enquanto milhares são demitidos
- Banco Central mantém a economia estrangulada com a Selic em 15%
- Abertas as inscrições para as eleições do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
- Senado aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil