08/04/2020

Violência doméstica cresce; bancárias poderão contar com central de atendimento


 

Em breve, as bancárias vítimas de violência poderão contar com um canal de atendimento oferecido pelos bancos. A medida é fruto de um acordo dos bancários firmado em 11 de março com a Fenaban com prazo de implementação até esta quarta-feira, 8 de abril. Em tempos de quarentena para a contenção da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em que parte das funcionárias estão em casa, se faz mais que essencial um apoio como este. O sigilo é garantido.

Exemplo disso é que, de acordo com o Plantão Judiciário da Justiça do Rio de Janeiro, houve um aumento expressivo de 50% no movimento e nos números dos últimos dias de março. Na maioria dos casos, o agressor era o parceiro da vítima. O confinamento acirra emoções e transtornos como depressão, agressividade e ansiedade.

Desde março do ano passado em pauta, a reivindicação pelo canal de apoio a bancárias vítimas de violência nos bancos surgiu a partir dos relatos de bancárias da base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que eram vítimas de violência doméstica. Isso sensibilizou a dirigente sindical, conselheira fiscal da Afubesp e bancária do Santander, Silmara da Silva, que resolveu pesquisar a questão mais a fundo.

“Depois que tive contato com essas bancárias, quis muito achar uma maneira de ajudá-las. Então, como eu teria que fazer meu trabalho de conclusão de curso na faculdade, resolvi pesquisar o tema para construir um mecanismo de proteção e auxiliar no tratamento do problema de conscientização coletiva”, conta.

Segundo ela, a princípio, pensou em questionar o RH dos bancos para saber como lidavam com a questão, mas não obteve resposta. “Resolvi mudar a estratégia e entrevistar os gestores e as bancárias vítimas. Foi chocante”, relata Silmara. “O relato das bancárias sobre o tratamento recebido nos bancos mostrou a falta de formação e conhecimento por parte dos gestores.”

Com o comprometimento dos bancos com a implementação do projeto, os gestores serão treinados para o acolhimento das bancárias. Algumas das sugestões do Comando Nacional dos Bancários aos bancos foram a sensibilização de gestores para o problema, com a realização de um curso específico sobre violência doméstica para ajudar a reconhecer os primeiros sinais nas vítimas,; e ainda que os bancos providenciem assistência jurídica, horários flexíveis às vítimas, sigilo das denunciantes, entre outros.

A criação deste canal se faz mais que necessário em razão da pandemia. “O isolamento social, infelizmente, acaba ampliando o controle psicológico dos agressores sobre as mulheres, podendo aumentar o risco no número de feminicídios”, completa Silmara.

Boletim de ocorrência eletrônico

A Polícia Civil do Estado de São Paulo disponibilizou site para que as mulheres vítimas de violência doméstica façam o boletim de ocorrência online por conta das medidas de isolamento. Clique aqui para acessar.

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Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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