06/04/2020

Entidades reforçam atuação em defesa dos trabalhadores durante a crise de coronavírus



 
A crise provocada pela pandemia do coronavírus tem levado as entidades de defesa dos trabalhadores a fortalecerem sua atuação, a fim de garantir os direitos adquiridos e o cumprimentos das medidas emergenciais de proteção. Com a mudança de rotina imposta pelo distanciamento social, o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, juntamente com a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), as Apcefs, demais sindicatos, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Comando Nacional dos Bancários, Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e todas as representações redobraram a atenção às reivindicações dos empregados. Os representantes dos trabalhadores lutam para construir protocolos e ações de prevenção à disseminação da doença (COVID-19) e proteger os empregados, os terceirizados e a população que acessa o banco público.

O Sindicato, que teve seu expediente alterado sob orientação do Ministério da Saúde e Vigilância Sanitária, continua à disposição dos bancários através do teleatendimento. A entidade permanece cobrando ativamente do governo, dos bancos públicos e privados e do Banco Central ações mais efetivas a fim de evitar a propagação do Coronavírus. Os dirigentes sindicais também estiveram reunidos, no último dia 20, com gestores das agências bancárias da base do Sindicato e representantes da Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária do município, a fim de debater um plano de contingenciamento e definir estratégias de atuação em virtude da pandemia.

“Estamos nos empenhando em buscar medidas que preservem, sobretudo, a saúde e segurança de todos. O período de isolamento social é necessário justamente para evitar o contato com as pessoas, e assim interromper a transmissão do Covid-19. Ir às agências físicas dos bancos acaba por colocar em risco a saúde do próprio cliente, de outros clientes e dos trabalhadores bancários. Utilizem os canais digitais dos bancos”, alerta Roberto Carlos Vicentim. “É de fundamental importância que todos colaborem na contenção desta pandemia. Aqueles que dispõem da possibilidade de fazer quarentena, ressaltamos que só circulem em ambientes públicos em casos de extrema necessidade, como compras essenciais, por motivos de saúde ou para cuidar de pessoas doentes. Quanto mais se atentarem ao protocolo de prevenção, mais evitamos que o coronavírus se alastre", reforça.

Júlio César Trigo, secretário geral da entidade, também orienta que os bancários que forem expostos à qualquer situação que configure prática de assédio moral, sobretudo nestes tempos de medidas profiláticas e de contenção, devem procurar o Sindicato, que tem um canal específico de denúncias. As queixas também podem ser feitas diretamente a um dos dirigentes através dos telefones Roberto Vicentim - (17) 99135-3215, Júlio Trigo - (17) 99191-6750, Antônio Júlio Gonçalves Neto (Tony) - (17) 99141-0844, Sérgio L. De Castro Ribeiro (Chimbica) - (17) 99707-1017, Luiz Eduardo Campolungo - (17) 99136-7822 e Luiz César de Freitas (Alemão) - (11) 99145-5186.

Na Fenae, um comitê foi criado para discutir a gestão, funcionamento e atuação da Fundação neste momento. Em reuniões diárias, o comitê, formado por diretores e gestores estratégicos, define as próximas etapas de ação junto às Apcefs, adequações nos programas já existentes e que serão lançados para os  associados,  além, claro,  da atuação  em defesa da Caixa. Segundo o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, todas as adequações estão sendo feitas para dar continuidade às atividades da Federação. Um exemplo é o relacionamento com o Congresso Nacional. “Estamos dando continuidade as nossas atuações políticas em defesa da Caixa junto ao Congresso e com as entidades. Isso tudo faz parte do nosso trabalho. Até porque as medidas provisórias e as votações continuam", destacou.

Para Ferreira, este é um momento que exige ainda mais atuação das entidades. “Percebe-se que as entidades têm uma importância ainda maior nesse momento. Muito embora você não possa fazer as visitas presenciais e as reuniões como de hábito,  conseguimos estabelecer os canais de comunicação e apresentar as reivindicações. Isso tem sido positivo no aspecto de cumprir o papel que as entidades têm e que foram eleitas para isso pelos associados”, defendeu o presidente.

A Contraf-CUT também tem se adaptado ao distanciamento social. Com reuniões periódicas toda terça-feira, a partir das 11h, por meio de videoconferência, a Confederação traça a estratégia de atuação para a defesa da categoria bancária. Vice-presidente da Fenae e secretário de Finanças da Contraf/CUT, Sérgio Takemoto, afirma que a atuação das entidades tem sido ágil e a resposta disso é a construção do protocolo da Caixa para proteger a vida e a saúde dos terceirizados, bancários e da população que precisa acessar os serviços essenciais da Caixa. "Mesmo em trabalho remoto estamos atentos ao que está ocorrendo e estamos muito preocupados com a situação das filas nas agências. Essa é uma das principais demandas que estamos discutindo agora com a Caixa", afirmou.

CEE/Caixa

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa)  estabeleceu um cronograma de reunião todas as terças e quintas ordinariamente para debater a situação dos empregados em todo pais. A Comissão tem feito reivindicações importantes, como o trabalho remoto dos empregados da Caixa e material de proteção aos que estão nas agências.

O Comando Nacional dos Bancários também criou um Comitê de Crise, formado pelo Comando e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que segue em constante comunicação. Além disso, a coordenação do Comando faz videoconferência com cada um dos bancos diariamente. Por fim, as reuniões por videoconferência centralizam os resultados dessas conversas para construir a Política Nacional dos Bancários e o enfrentamento do coronavírus. "É um enfrentamento nunca visto para uma pandemia. Estamos fazendo a ação sindical por telefone, trabalhando pelo WhatsApp, informando, discutindo com os empregados evitando o contato social. Estamos avançando muito e precisamos da conscientização dos empregados para a gente conseguir manter e fortalecer essa união", destacou Dionísio Reis, que faz parte do Comando, coordena a CEE/Caixa, é diretor da Fenae e atua no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

No Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, os e-mails têm sido o caminho para reunir as propostas de cada empresa. A rotina de reunião está sendo adaptada ao trabalho home office. No entanto, as ações estão presentes: “Estamos incentivando as entidades que participam do Comitê a discutirem propostas do seu setor para esse momento de crise. O objetivo é listar essas propostas e organizar em um documento, para entregar ao Congresso Nacional e às diversas autoridades como uma proposta nossa”, afirmou Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional das Empresas Públicas e conselheira representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.

O trabalho ativo das entidades representativas dos trabalhadores permitiu a construção do protocolo de atendimento para os empregados dos bancos, em especial para os trabalhadores da Caixa. Os apelos de forma sistemática a gestão da Caixa permitiu a limitação do atendimento das agências em 30% dos empregados. Os 70% restantes seguem trabalhando em casa, fazendo o revezamento. Também ficou acordado que o atendimento nas agências seria apenas para serviços essenciais, como cadastramento de senha numérica e pagamento de benefícios sem cartão, como abono, INSS, FGTS, seguro desemprego, Bolsa Família e Bolsa Pescador.

Quer saber mais da atuação do Sindicato e das outras entidades. Acompanhe as principais notícias sobre o coronavírus aqui no site: www.bancariosdecatanduva.com.br
Fonte: Fenae, com edição de Seeb Catanduva

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