09/03/2020
                
        Desrespeito: Itaú obriga funcionários a fazer hora extra e cumprir metas abusivas

Matéria divulgada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região denuncia que a vida dos funcionários do Prédio do Aço, concentração do Itaú na Zona Sul de São Paulo, segue um inferno. Isso porque eles têm sido obrigados a fazer horas extras, cumprindo metas abusivas e trabalhando como atendentes de call-center, ainda que não tenham sido contratados para isso. Resultado: diversos afastamentos por doenças mentais todos os dias.
Revoltados com a situação, funcionários que trabalham na concentração procuram a entidade sindical para denunciar os abusos.
Segundo eles, o banco anunciou no início de fevereiro que os bancários seriam obrigados a realizar horas extras e, desde então, passaram a receber e-mails com planilhas que deveriam ser cumpridos pelos analistas, informando horários de atendimentos híbridos, suporte ao receptivo, intervalos e o tempo de hora extra.
“Como se isso não fosse o bastante, ainda disseram para os trabalhadores que quem não estivesse satisfeito deveria pedir para sair”, contou a dirigente e funcionária do Itaú, Elaine Machado.
Ela explica que a pressão por resultados e por pontuação faz com que a demanda individual para cada um dos bancários aumente e, ao invés e contratar novos funcionários, o Itaú obriga os que já estão no local a realizar as horas extras.
“Por medo de serem demitidos, os trabalhadores acabam não denunciando a situação e se submetem a esta situação degradante, trabalhando em um call-center disfarçado e com pressões absurdas”, contou a dirigente.
Adoecimento
Por conta da pressão por resultados, os trabalhadores têm adoecido cada vez mais. O índice de afastamentos por problemas psicológicos ou doenças mentais decorrentes do assédio moral e das cobranças desproporcionais tem aumentado de forma assustadora, com mais de um caso por dia.
“Os casos são tantos que o tema foi colocado em discussão na reunião da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) do Prédio do Aço, sendo registrado em ata. Ao procurar o banco para resolver o problema, o que tivemos como retorno foi o descaso, já que, mesmo sem apurar, a direção alega que denuncias são improcedentes”, disse Elaine.
A dirigente disse que os representantes dos trabalhadores vão procurar os gestores do banco na próxima semana, exigindo o fim das horas extras obrigatórias e novas contratações para a área, garantindo condições de trabalho e de saúde mental para os trabalhadores.
Denuncie
O Sindicato dos Bancários de Catanduva orienta aos funcionários do Itaú denunciar imediatamente à entidade situação semelhante ou qualquer outra prática de assédio moral.
"O Sindicato possui um canal de denúncia contra o assédio moral, que prevê apuração pelo banco, e prazo para que a instituição financeira dê uma resposta para a denúncia. É muito importante que os trabalhadores mantenham um canal de diálogo com o Sindicato para informar suas demandas e problemas enfrentados em seus locais de trabalho. A identidade do denunciante é mantida em sigilo", explica o diretor Sérgio Luís de Castro Ribeiro, o Chimbica.
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