08/01/2020

Estado de São Paulo registra primeiros casos de feminicídios com mulheres como suspeitas


(Divulgação)

 
O estado de São Paulo registrou, no último mês de 2019, os primeiros casos de feminicídio executado por mulheres. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o primeiro caso a ser registrado ocorreu em Votuporanga, no interior de São Paulo, no dia 17 de dezembro. 

A suspeita do crime é a companheira da vítima, que foi presa em flagrante por feminicídio e violência doméstica e assumiu a autoria. A legislação prevê penalidades mais graves para homicídios que se encaixem na definição de feminicídios, que envolvam violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Para Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os casos mais comuns de violência contra a mulher acontecem dentro de casa. “Precisamos alertar as mulheres sobre a importância da denúncia de casos de violência. Não podemos nos calar diante de tantos crimes. É de extrema importância que o governo também invista em políticas públicas para dar suporte à essas vítimas e combata, de fato, os feminicídios”, afirmou.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, reforça a importância e a urgência de políticas públicas de combate à violência contra a mulher, e de investimento em uma educação que priorize o respeito. 

"Com os números de feminicídio crescendo a cada dia, é fundamental que as mulheres se conscientizem e tenham suporte do Estado para denunciar os agressores. É válido lembrar que esse papel também está na mão da sociedade. É muito importante que elas saibam identificar quando estão vivendo uma situação de risco e que todos tenham consciência de que denunciar um agressor ou apoiar uma vítima pode evitar um desfecho trágico. Esse é um tema complexo, que envolve afetividades, vida familiar e os limites individuais de cada um. Precisamos conversar sobre isso para entender como tornar o Brasil um país mais seguro e acolhedor para mulheres”, defende Vicentim.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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