29/11/2019
Negociação permanente: bancárias cobram canal de atendimento às vítimas de violência

O Comando Nacional dos Bancários cobrou, na última reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na terça-feira (26), o canal de atendimento às bancárias vítimas de violência. O debate sobre a proposta já havia sido iniciado em abril deste ano, na mesa de Igualdade de Oportunidades, mas até hoje o canal não foi criado.
“A nossa reivindicação tem o objetivo de atender as mulheres que sofrem com a violência, seja doméstica ou em outro ambiente social, inclusive no trabalho, dando suporte psicológico, jurídico e até mesmo transferir as vítimas para outro local, caso seja necessário”, explicou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará mostrou que a violência doméstica gera uma perda de R$ 1 bilhão por ano ao mercado de trabalho. O estudo diz que, em média, as vítimas precisam se ausentar 18 dias do trabalho após sofrer a violência. “Não podemos permitir que o discurso com viés conservador torne natural a violência contra a mulher. Precisamos agir com rapidez para contribuir com a solução e o canal de atendimento nos ajudará nisso”, disse.
Em resposta a solicitação da categoria, os bancos informaram que vão analisar a possibilidade da criação do canal e trazer mais informações sobre o assunto.
Números de violência contra a mulher
Em 2019, 92.663 denúncias foram registradas, de acordo com a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, também conhecido como Disque 180.
Devido aos altos números de violência, a secretária da Mulher da Contraf-CUT, reafirmou a importância do canal de atendimento à mulher. “A esperança é que possamos avançar nesse importante instrumento para poder denunciar os agressores”, finalizou.
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