10/07/2019
Presidente da Caixa falta audiência e evita debater o futuro da Caixa e de empregados
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Apesar de ter muito o que explicar sobre sua gestão no maior banco público da América Latina, o atual presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, se negou a comparecer, na última terça-feira (9), à audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal. Ele iria debater com entidades, representantes da sociedade civil e empregados da Caixa algumas medidas da sua gestão que tendem ao enfraquecimento da instituição e do seu papel no desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Devido à ausência injustificada, a audiência pública foi cancelada pela deputada Érika Kokay (PT/DF), que propôs o debate. A deputada explicou que a participação do gestor havia sido confirmada com o acordo estabelecido entre a Câmara e a equipe econômica do governo.
Pedro Guimarães seria ouvido sobre assuntos como a privatização das áreas rentáveis e estratégicas, a exemplo das loterias; a retirada da instituição do Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); a redução do quadro de empregados da Caixa, por meio do Plano de Desligamento Voluntário (PDV) e a não convocação dos aprovados no concurso; a manobra contábil para cobrir perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário; a desvalorização de imóveis retomados em operações administrativas; a nomeação de personal trainer para o cargo de consultor; e a contratação para a vice-presidência de Recursos de Terceiros de uma profissional sem as certificações técnicas para atuar na Comissão de Valores Imobiliários (CVM), entre outras medidas polêmicas.
A deputada Érika Kokay foi incisiva na crítica à recusa do atual presidente da Caixa de participar do debate na Câmara. “Não dá para aceitar tamanho desrespeito ao Parlamento brasileiro pela forma como tudo aconteceu. Foi feito um acordo para o Pedro Guimarães vir aqui oferecer respostas aos questionamentos que seriam feitos em relação às políticas de enfraquecimento do banco”, declarou a parlamentar.
Inicialmente, segundo ela, a convocação mirava o ministro da Economia, Paulo Guedes. Por sugestão do próprio governo, a convocatória mudou para convite. No entanto, no lugar do principal ministro da equipe econômica do governo, o acordo previa a ida do presidente da Caixa, a quem coube sugerir a data de 9 de julho para a audiência pública. A parlamentar contestou ainda o fato de que, em nenhum momento, o atual gestor do banco apresentou qualquer proposta a respeito do horário da reunião, apesar de ter sido consultado reiteradas vezes acerca do assunto.
A situação foi considerada lamentável pelos parlamentares que integram a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. “Se não existe valorização do Poder Legislativo, que está sendo desrespeitado pelo presidente da Caixa, quem irá fazer isto? A Câmara tem representação política e isso precisa ser levado em conta”, questionou o deputado Bohn Gass (PT/RS), presente à audiência.
Protesto das entidades representativas
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira, protestou contra o fato de o atual gestor do banco ter perdido a oportunidade de esclarecer as muitas dúvidas da sociedade e dos empregados da Caixa sobre a reestruturação proposta por sua gestão. “É grave, para o desenvolvimento social e econômico do país, quando ocorre um processo de desmonte em um banco da importância da Caixa, a recusa do presidente da instituição em comparecer a um debate público com parlamentares”, questionou.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, acrescenta que a população brasileira e, sobretudo, os trabalhadores do banco público merecem respeito e explicações da atual gestão sobre quais os planos para a empresa pública e sobre o importante papel social que ela exerce para o país. "Esta era uma execelente oportunidade para que esses esclarecimentos ocorressem. Entretanto, com a negativa de Pedro Guimarães em comparecer, assistimos mais uma vez ao descompromisso da atual gestão da Caixa com a sociedade."
Na condição de autora do requerimento, Kokay explicou que irá remeter ao Ministério Público do Trabalho e ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma nova representação contra o processo de reestruturação na Caixa. O presidente do banco também será alvo de novo requerimento para comparecer a uma audiência na Câmara. Dessa vez, o objetivo será convocá-lo, o que o obrigará a participar da reunião.
Devido à ausência injustificada, a audiência pública foi cancelada pela deputada Érika Kokay (PT/DF), que propôs o debate. A deputada explicou que a participação do gestor havia sido confirmada com o acordo estabelecido entre a Câmara e a equipe econômica do governo.
Pedro Guimarães seria ouvido sobre assuntos como a privatização das áreas rentáveis e estratégicas, a exemplo das loterias; a retirada da instituição do Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); a redução do quadro de empregados da Caixa, por meio do Plano de Desligamento Voluntário (PDV) e a não convocação dos aprovados no concurso; a manobra contábil para cobrir perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário; a desvalorização de imóveis retomados em operações administrativas; a nomeação de personal trainer para o cargo de consultor; e a contratação para a vice-presidência de Recursos de Terceiros de uma profissional sem as certificações técnicas para atuar na Comissão de Valores Imobiliários (CVM), entre outras medidas polêmicas.
A deputada Érika Kokay foi incisiva na crítica à recusa do atual presidente da Caixa de participar do debate na Câmara. “Não dá para aceitar tamanho desrespeito ao Parlamento brasileiro pela forma como tudo aconteceu. Foi feito um acordo para o Pedro Guimarães vir aqui oferecer respostas aos questionamentos que seriam feitos em relação às políticas de enfraquecimento do banco”, declarou a parlamentar.
Inicialmente, segundo ela, a convocação mirava o ministro da Economia, Paulo Guedes. Por sugestão do próprio governo, a convocatória mudou para convite. No entanto, no lugar do principal ministro da equipe econômica do governo, o acordo previa a ida do presidente da Caixa, a quem coube sugerir a data de 9 de julho para a audiência pública. A parlamentar contestou ainda o fato de que, em nenhum momento, o atual gestor do banco apresentou qualquer proposta a respeito do horário da reunião, apesar de ter sido consultado reiteradas vezes acerca do assunto.
A situação foi considerada lamentável pelos parlamentares que integram a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. “Se não existe valorização do Poder Legislativo, que está sendo desrespeitado pelo presidente da Caixa, quem irá fazer isto? A Câmara tem representação política e isso precisa ser levado em conta”, questionou o deputado Bohn Gass (PT/RS), presente à audiência.
Protesto das entidades representativas
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira, protestou contra o fato de o atual gestor do banco ter perdido a oportunidade de esclarecer as muitas dúvidas da sociedade e dos empregados da Caixa sobre a reestruturação proposta por sua gestão. “É grave, para o desenvolvimento social e econômico do país, quando ocorre um processo de desmonte em um banco da importância da Caixa, a recusa do presidente da instituição em comparecer a um debate público com parlamentares”, questionou.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, acrescenta que a população brasileira e, sobretudo, os trabalhadores do banco público merecem respeito e explicações da atual gestão sobre quais os planos para a empresa pública e sobre o importante papel social que ela exerce para o país. "Esta era uma execelente oportunidade para que esses esclarecimentos ocorressem. Entretanto, com a negativa de Pedro Guimarães em comparecer, assistimos mais uma vez ao descompromisso da atual gestão da Caixa com a sociedade."
Na condição de autora do requerimento, Kokay explicou que irá remeter ao Ministério Público do Trabalho e ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma nova representação contra o processo de reestruturação na Caixa. O presidente do banco também será alvo de novo requerimento para comparecer a uma audiência na Câmara. Dessa vez, o objetivo será convocá-lo, o que o obrigará a participar da reunião.
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