25/06/2019
Caixa lucra R$ 3,920 bilhões no 1º trimestre de 2019

A Caixa lucrou R$ 3,920 bilhões no 1º trimestre de 2019, com um crescimento de 22,9% com relação ao mesmo período de 2018. Segundo o Banco, o aumento do lucro foi gerado, principalmente, pela estabilidade da margem financeira, pela redução de 24,4% nas despesas de PDD, e pelo aumento de 2,3% nas receitas de prestação de serviços. A rentabilidade permaneceu em 15,8%, percentual igual ao mesmo período do ano passado.
Apesar do resultado positivo – lucro líquido de R$ 3,9 bilhões – os números mostram que o banco continua encolhendo sua participação no mercado bancário nacional, ofertando menos crédito, reduzindo o número de empregados e de postos de atendimento.
A Caixa já é um dos bancos com menos empregados dentre os cinco maiores. Nos últimos 12 meses, foi o banco que apresentou maior queda percentual no número de trabalhadores. Se no final de 2014 o banco contava com 101.484 empregados, hoje está com 84.826 mil, o que implica em 16.558 trabalhadores a menos.
A situação tende a ser agravar: cerca de 3,5 mil trabalhadores aderiram ao atual Programa de Demissão Voluntária (PDV), elevando a redução do quadro de pessoal, em cinco anos, para cerca de 20 mil empregados.
Além de enxugar pessoal, a Caixa está reduzindo também o número de agências. Entre 2018 e 2019, 23 postos de atendimento foram fechados. No primeiro trimestre de 2018 ainda foram fechados 26 lotéricos e 971 Correspondentes Caixa Aqui. Em contrapartida, houve aumento de 9,6 milhões de novos clientes.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região e funcionário da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto, as contratações anunciadas nos últimos dias pela direção do banco serão insuficientes para resolver o problema de precarização das condições de trabalho e do atendimento à população.
"Está mais escancarado a cada dia que o projeto em curso do governo federal é desmontar a Caixa. Menos trabalhadores e redução do número de agências resulta em uma atuação menor da empresa e na precarização das condições de trabalho. Diante disso, temos de nos mobilizarmos e mostrarmos que não faz sentido privatizar ou fatiar a Caixa", defende o diretor.
"Além da precarização do atendimento e a consequente perda de mercado, a sanha por produtividade vem absorvendo cada vez mais a saúde dos trabalhadores. Na Caixa, nos últimos anos, um processo de desmonte acelerado das condições de trabalho vem deixando os ambientes mais adoecedores. Saúde do trabalhador e condições de trabalho vêm sendo discutidas à exaustão com o banco, uma vez que a redução de postos com os programas de desligamento de empregados e a guinada privatista acabam sobrecarregando e dando margem para a cobrança abusiva de metas", explica o diretor.
Para Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e representante da Confederação nas negociações com o banco, o resultado mostrado no destaque do Dieese é positivo e reforça a importância da Caixa se manter pública. Porém, a redução do quadro de funcionários mostra que o banco deixou de se preocupar com seu papel social. “A Caixa já é um dos bancos com menos empregados dentre os quatro maiores. Nos últimos 12 meses foi o com maior queda percentual no número de empregados; em dezembro de 2014 contava com 101 mil, pelos números do primeiro trimestre está com 84.826 mil.”
“Com o Brasil vivendo uma recessão, milhares de desempregados e empresas quebrando, o Itaú, Bradesco, BB, Caixa e Santander tiveram lucro de R$ 23,87 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Foi o melhor trimestre para esses bancos em quatro anos, desde o primeiro de 2015. Não é toa que o sistema financeiro privado é o maior interessado na reforma da Previdência, pois querem, a qualquer custo, ampliar mais ainda sua margem de lucro em detrimento das condições de vida dos brasileiros”, afirmou Maria Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.
Outros números
A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 685,8 bilhões, com queda de 2% em doze meses, e de 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2018. A Carteira Comercial Pessoa Física (PF) teve queda de 10,7% em doze meses, atingindo, aproximadamente, R$ 81,1 bilhões. A Carteira Comercial Pessoa Jurídica (PJ), apresentou queda maior (-28,2%), somando R$ 47,0 bilhões, principalmente para a queda de 40% da carteira para grandes empresas.
O crédito imobiliário cresceu 3,3%, num total de R$ 447,4 bilhões, e a carteira de infraestrutura cresceu 1,3%, totalizando R$ 83,7 bilhões. As variações estão de acordo à estratégia de reforçar a atuação em crédito imobiliário, infraestrutura, microcrédito, consignado e cartão consignado, segundo o banco. A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,47%, com redução de 0,44 pontos percentuais.
A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 685,8 bilhões, com queda de 2% em doze meses, e de 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2018. A Carteira Comercial Pessoa Física (PF) teve queda de 10,7% em doze meses, atingindo, aproximadamente, R$ 81,1 bilhões. A Carteira Comercial Pessoa Jurídica (PJ), apresentou queda maior (-28,2%), somando R$ 47,0 bilhões, principalmente para a queda de 40% da carteira para grandes empresas.
O crédito imobiliário cresceu 3,3%, num total de R$ 447,4 bilhões, e a carteira de infraestrutura cresceu 1,3%, totalizando R$ 83,7 bilhões. As variações estão de acordo à estratégia de reforçar a atuação em crédito imobiliário, infraestrutura, microcrédito, consignado e cartão consignado, segundo o banco. A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,47%, com redução de 0,44 pontos percentuais.

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