10/06/2019
Transferência forçada: Caixa Econômica Federal adia para 21/06 prazo para adesão

A Caixa anunciou que prorrogará para o dia 21 de junho o prazo para que os empregados possam se manifestar sobre a escolha do local de interesse de alocação no processo de transferência forçada dos bancários lotados na Matriz do banco e filiais para as agências espalhadas pelo país. Na decisão em caráter liminar, a juíza reconheceu que o prazo dado de quatro dias era muito curto para que o empregado reorganize sua vida laboral.
“Além de ser uma medida tomada sem negociação com entidades e funcionários envolvidos, foi extremamente curto o prazo concedido para a escolha do novo local de trabalho, diante de uma mudança que afeta profundamente a sua vida laboral e pessoal”, afirmou Fabiana Uehara, da CEE/Caixa (Comissão Executiva dos Empregados) e diretora da Contraf/CUT.
Ainda para lutar contra esse processo açodado de reestruturação, a Contraf/CUT e a Fenae ingressaram com solicitação de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT), pedindo a interrupção do processo de realocação enquanto não houver negociação dos seus termos com as entidades que representam os trabalhadores.
Para Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE), está claro para todos os trabalhadores do banco que este governo entreguista colocou banqueiros e vendedores do patrimônio público para fazer a gestão da Caixa, que é fundamental para o desenvolvimento do país.
“Dentro da estratégia de fatiamento e venda da Caixa, o passo desta semana foi a tentativa de dividir os empregados. Dividir os antigos, dos mais novos. Dividir os trabalhadores que trabalham nas áreas meio, dos trabalhadores que trabalham nas agências. Dividir os empregados que têm função, dos que não têm função. E neste momento a defesa que a gente faz, além da defesa dos nossos direitos corporativos, é a defesa de uma empresa fundamental para o povo brasileiro. Os empregados permanecem unidos e a solidariedade deles é que vai manter a defesa da Caixa.”
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região e funcionário da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto, acrescenta que a liminar é uma resposta à decisão unilateral da direção do banco e possibilita aos trabalhadores um tempo maior para encontrar soluções para barrar, de forma definitiva, essa medida.
"O que está em jogo é muito mais que esta reestruturação, é o futuro da Caixa, o banco dos brasileiros, do FGTS, da casa própria, da agricultura, do saneamento básico, etc. Vimos como a organização dos empregados junto às entidades representativas é forte e capaz de barrar retrocessos. Ela já nos fez vitoriosos muitas vezes. Por isso, neste momento, precisamos reforçar ainda mais nossas mobilizações. Participe dessa luta que é de todos nós", conclamou o diretor.
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