07/05/2019
Sindicato e Crivelli debatem conjuntura sociopolítica e desafios da atuação sindical

A diretoria do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região recebeu, na noite de segunda-feira (06), o advogado Ericson Crivelli, sócio da Crivelli Advogados – escritório responsável pela assessoria jurídica da entidade - para uma análise da conjuntura sociopolítica nacional e debate dos principais desafios da atuação sindical frente às mudanças nas relações de trabalho.
“Atravessamos um cenário político e econômico complexo. É fundamental que estejamos orientados, de maneira a garantir a manutenção de nossos direitos e atualizar nossas formas de resistência e luta”, salientou o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim.

Crivelli iniciou o debate explicando aos dirigentes presentes que novos tempos virão acompanhados de novos desafios e um deles é composto pelas profundas alterações no próprio funcionamento das organizações, fator determinante para modificar o padrão de inserção dos indivíduos no mercado de trabalho.
O advogado destacou que é fundamental que as organizações sindicais se atentem a essas mudanças, sobretudo em um cenário mundial de desgaste do regime democrático, por meio da eleição de programas políticos autoritários, que se opõem à própria existência dos sindicatos ou não reconhecem a legitimidade do conflito social.
“O movimento sindical tem atravessado desafios enormes. Além das entidades sindicais precisarem sobreviver enquanto organizações coletivas, conseguir continuar espelhando os interesses de um grupo social definido - uma vez que a definição desse grupo social está se dissolvendo -, elas precisam, ainda, ser reconhecidas pelo Estado como o legítimo representante para mediar os interesses dos trabalhadores com o setor patronal.”
Para Crivelli, é fundamental que na conjuntura atual, os dirigentes também assumam um novo papel, e para isso, destaca a importância de o movimento sindical romper o “gap geracional” com as novas tecnologias, sobretudo as redes sociais.
“É preciso aprender a lidar com as novas ferramentas tecnológicas e a construir uma nova linguagem que consiga transmitir, de fato e de maneira sucinta, nossas bandeiras defendidas, como uma sociedade mais justa e inclusiva. Trata-se de uma revolução neurolinguística de toda uma geração que não está adaptada para isso. E o primeiro exercício para responder as questões “o que é ser dirigente sindical e o que será fazer sindicato no futuro” é nos adaptar a essas alterações.”
Em relação às perspectivas da organização sindical neste cenário de retiradas de direitos, o advogado explica que as incertezas ainda são muitas, pois não há ainda uma configuração exata do que serão as condições de trabalho, sobretudo no sistema financeiro. Mas é preciso se atentar a destruição dos postos de trabalho e a substituição das profissões.
“Temos assistido ao fenômeno de deslocalização desses trabalhadores do ambiente físico para o meio digital. Se faz necessário, portanto, para permanecer dialogando e representando um grupo social, trabalhar uma nova linguagem e adentrar esse meio. Esse é apenas um dos muitos desafios que virão pela frente”, concluiu Crivelli.
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