07/02/2019
60,1% das famílias brasileiras estão endividadas e 22,9% está inadimplente

Aumentou para 60,1% em janeiro deste ano o percentual de famílias brasileiras endividadas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada na terça-feira (5), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O total de inadimplentes, pessoas com o nome sujo que não podem comprar a prazo nem fazer empréstimos, também aumentou. Em janeiro de 2019, o percentual de inadimplentes foi de 22,9% contra 22,8% em dezembro.
Já o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes diminuiu, em ambas as bases de comparação, passando de 9,2% em dezembro para 9,1% do total em janeiro de 2019. O indicador havia alcançado 9,5% em janeiro de 2018.
“A queda na comparação anual indica que persistem o ritmo lento de recuperação do consumo e a cautela das famílias na contratação de novos empréstimos e financiamentos", avaliou a economista Marianne Hanson, da CNC, em nota oficial.
O cartão de crédito continua sendo a principal fonte de dívidas dos brasileiros (78,4%), tendo apresentado alta entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos (79,1%). Carnês (14,0%) e financiamento de carro (9,7%) vêm logo em seguida.
"Enquanto 60% das famílias brasileiras vivem o drama do endividamento e não têm condições de pagar suas contas, os bancos continuam obtendo lucros estratosféricos ano após ano. A especulação que se faz no mercado financeiro e as elevadas taxas de juros travam os três motores da economia: consumo das famílias, investimento das empresas e do governo", enfatiza o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região.
Dívidas por faixas de renda
O percentual de famílias com dívidas entre os que ganham até dez salário mínimos alcançou 60,9% em janeiro de 2019, superior aos 60,8% observados em dezembro de 2018, mas abaixo dos 62,9% de janeiro de 2018.
Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual de endividados caiu de 55,8% em dezembro para 57,1% em janeiro deste ano - em janeiro de 2018, o percentual deste grupo era de 53,6%
Quanto ao percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso, o indicador caiu na faixa de maior renda – de 3,8% em dezembro de 2018 para 3,4% em janeiro de 2019.
Já no grupo com renda até dez salários mínimos, o percentual de famílias sem condições de quitar seus débitos subiu de 10,4% em dezembro de 2018 para 10,6% em janeiro de 2019. Em relação a janeiro de 2018, houve queda de 0,4 ponto percentual.
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