19/10/2018
Crime: Empresários bancam campanha de Bolsonaro pelo WhatsApp, denuncia jornal

Empresas estão comprando pacotes de serviços milionários de milhares de disparos de mensagens via WhatsApp contra o PT e planejam uma grande operação para a semana que antecede o segundo turno da disputa entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). É o que revela a manchete desta quinta-feira 18 do jornal Folha de S.Paulo (veja foto). A prática fere a lei eleitoral, pois se trata de doação de campanha feita por empresas, o que é proibido, e não declarada (caixa dois).
Segundo a reportagem, alguns contratos chegam a custar R$ 12 milhões. Entre as empresas compradoras está a Havan, cujo dono, Luciano Hang, coagia funcionários a votarem em Bolsonaro. A prática criminosa de Hang foi proibida pela Justiça de Santa Catarina, sob pena de multa. Em vídeo, gravado em uma de suas lojas, o empresário ameaça deixar o país e demitir 15 mil trabalhadores caso o candidato do PSL não vença a eleição presidencial.
De acordo com a Folha de S.Paulo, a Havan e outras empresas compram um serviço chamado “disparo em massa”, que utiliza uma base de usuários eleitora do próprio candidato e também listas de terceiros, vendidas por agências de estratégia digital. A utilização de listas fornecidas por agências digitais também é ilegal, pois a lei eleitoral proíbe esse tipo de compra, sendo permitida somente a da lista de apoiadores da candidatura.
O jornal acrescenta que entre as agências que prestam esse tipo de serviço estão a Quickmobile, a Yacows, a Croc Services e a SMS Market. “Os preços variam de R$ 0,08 a R$ 0,12 por disparo de mensagem para a base própria do candidato e de R$ 0,30 a R$ 0,40 quando a base é fornecida pela agência”, diz um trecho da reportagem.
Candidato dos empresários
Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato, ressalta a importância do voto como instrumento fundamental para reverter os retrocessos instituídos no país.
"As eleições 2018 ganharam um papel decisivo para o futuro do Brasil. Seus resultados definirão, por exemplo, se queremos um país nos trilhos do desenvolvimento, com a revogação das medidas adotadas pelo atual governo que retiraram direitos fundamentais da classe trabalhadora e restringiram os investimentos públicos, ou se permitiremos a ofensiva do grande capital, principalmente do mercado financeiro, para aumentar os seus ganhos e privilégios em detrimento da maioria da população que vive do trabalho".
Por que os empresários estão tão militantes em eleger um candidato que diz abertamente que o trabalhador precisa escolher entre emprego e direitos? Que diz que o 13º e as férias aumentam o custo Brasil? Que tem um aspirante a ministro que diz que vai privatizar todas as empresas públicas, incluindo o Banco do Brasil e a Caixa?
As eleições são um momento supremo da cidadania e de um Estado democrático. Não abra mão de ir às urnas fazer sua escolha, defender seus direitos e o futuro do nosso país. Não permita que definam, por você, como serão os próximos quatro anos. Exerça seu direito ao voto com amor e sabedoria!
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