06/09/2018
Em um cenário de ataques aos trabalhadores, CCT dos bancários assegurada por dois anos

(Arte: Contraf-CUT)
Mais uma vez, a categoria bancária mostrou sua força e sua capacidade de organização: diante de um cenário de retirada de direitos, com a reforma trabalhista do golpe, e diante de um dos setores mais influentes no país (é importante lembrar que a nova lei trabalhista teve o dedo dos bancos), os bancários conseguiram assegurar todas as conquistas de sua Convenção Coletiva de Trabalho.
E isso em um acordo de dois anos: ou seja, todas as cláusulas da CCT, que preveem conquistas de décadas de luta, estão garantidas para trabalhadores de bancos públicos e privados até 31 de agosto de 2020. Inclusive para os cerca de 90 mil bancários que poderiam ser considerados hipersuficientes (empregados com remuneração a partir de R$ 11.291,60) e não estariam resguardados pela convenção, outra ameaça da lei de Temer.
Após aprovado pelos bancários em assembleias por todo o país, o acordo com a Fenaban (federação dos bancos) foi assinado na última sexta-feira (31), assim como os acordos específicos do BB e da Caixa. Além da manutenção da CCT, prevê ainda reajuste de 5% para salários e demais verbas, que compreende a reposição da inflação (INPC) mais aumento real de 1,31%, acima da média dos aumentos conquistados por outras categorias de janeiro a julho deste ano.
> Bancários têm aumento real acima da média; maioria dos reajustes ficou abaixo da inflação
"Na Campanha Nacional deste ano, mais uma vez os bancários mostraram sua força na luta para que as justas reivindicações da categoria fossem atendidas. Os lucros dos bancos são exorbitantes e as empresas têm total condição de oferecer melhores condições de trabalho e saúde para os trabalhadores. Para barrar os retrocessos e garantir a manutenção de nossas conquistas, a participação da categoria foi fundamental! Unidos e mobilizados, funcionários de bancos públicos e privados conseguiram arrancar uma proposta que assegura por dois anos os direitos da categoria, que é uma das mais fortes e aguerridas deste país", destacou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim.
Exemplo de luta
A CCT da categoria bancária é um exemplo para toda a classe trabalhadora. Desde 1992, ela é válida em todo o país (a única nacional para trabalhadores de empresas diferentes). Ou seja, bancários de todo o território brasileiro, dos grandes centros urbanos aos menores municípios, têm os mesmos direitos e recebem os mesmos pisos, os mesmos valores de VA, VR, a mesma PLR. A categoria bancária, por sinal, foi a primeira a garantir Participação nos Lucros e Resultados das empresas, em 1995.
Em 2006 foi dado outro passo importante para aumentar a força dos trabalhadores do setor financeiro: foi instituída a mesa única de negociação com bancos privados e públicos, e pela primeira vez BB e Caixa assinaram a CCT. Os trabalhadores de bancos públicos ainda têm direitos específicos previstos em seus acordos (ACTs). E com a Campanha dos Bancários deste ano, BB e Caixa foram as únicas empresas públicas que tiveram aumento real.
> Empresas públicas sem aumento real em 2018
A CCT dos bancários também prevê direitos que vão além dos estabelecidos por lei. Entre eles abono assiduidade (um dia de folga); vale transporte com desconto menor do que determina a lei; gratificação de função maior (55% enquanto que a lei determina 30%); salário emergencial para afastados, licença-maternidade de 6 meses (a lei prevê 4 meses); entre muitos outros.
PLR vem até dia 20
O acordo dos bancários também garantiu o pagamento da primeira parcela da PLR até o dia 20 de setembro.
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram, em comunicado interno, que pagarão no dia 6.
BB - O acordo 2018/2020 garante o mesmo modelo de PLR sem redução de direitos para os funcionários do BB, uma vez que são aplicados os dispositivos do acordo de PLR da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Confira abaixo a tabela de pagamento dos salários paradigma (percentual sobre o Valor de Referência do Cargo).
E isso em um acordo de dois anos: ou seja, todas as cláusulas da CCT, que preveem conquistas de décadas de luta, estão garantidas para trabalhadores de bancos públicos e privados até 31 de agosto de 2020. Inclusive para os cerca de 90 mil bancários que poderiam ser considerados hipersuficientes (empregados com remuneração a partir de R$ 11.291,60) e não estariam resguardados pela convenção, outra ameaça da lei de Temer.
Após aprovado pelos bancários em assembleias por todo o país, o acordo com a Fenaban (federação dos bancos) foi assinado na última sexta-feira (31), assim como os acordos específicos do BB e da Caixa. Além da manutenção da CCT, prevê ainda reajuste de 5% para salários e demais verbas, que compreende a reposição da inflação (INPC) mais aumento real de 1,31%, acima da média dos aumentos conquistados por outras categorias de janeiro a julho deste ano.
> Bancários têm aumento real acima da média; maioria dos reajustes ficou abaixo da inflação
"Na Campanha Nacional deste ano, mais uma vez os bancários mostraram sua força na luta para que as justas reivindicações da categoria fossem atendidas. Os lucros dos bancos são exorbitantes e as empresas têm total condição de oferecer melhores condições de trabalho e saúde para os trabalhadores. Para barrar os retrocessos e garantir a manutenção de nossas conquistas, a participação da categoria foi fundamental! Unidos e mobilizados, funcionários de bancos públicos e privados conseguiram arrancar uma proposta que assegura por dois anos os direitos da categoria, que é uma das mais fortes e aguerridas deste país", destacou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim.
Exemplo de luta
A CCT da categoria bancária é um exemplo para toda a classe trabalhadora. Desde 1992, ela é válida em todo o país (a única nacional para trabalhadores de empresas diferentes). Ou seja, bancários de todo o território brasileiro, dos grandes centros urbanos aos menores municípios, têm os mesmos direitos e recebem os mesmos pisos, os mesmos valores de VA, VR, a mesma PLR. A categoria bancária, por sinal, foi a primeira a garantir Participação nos Lucros e Resultados das empresas, em 1995.
Em 2006 foi dado outro passo importante para aumentar a força dos trabalhadores do setor financeiro: foi instituída a mesa única de negociação com bancos privados e públicos, e pela primeira vez BB e Caixa assinaram a CCT. Os trabalhadores de bancos públicos ainda têm direitos específicos previstos em seus acordos (ACTs). E com a Campanha dos Bancários deste ano, BB e Caixa foram as únicas empresas públicas que tiveram aumento real.
> Empresas públicas sem aumento real em 2018
A CCT dos bancários também prevê direitos que vão além dos estabelecidos por lei. Entre eles abono assiduidade (um dia de folga); vale transporte com desconto menor do que determina a lei; gratificação de função maior (55% enquanto que a lei determina 30%); salário emergencial para afastados, licença-maternidade de 6 meses (a lei prevê 4 meses); entre muitos outros.
PLR vem até dia 20
O acordo dos bancários também garantiu o pagamento da primeira parcela da PLR até o dia 20 de setembro.
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram, em comunicado interno, que pagarão no dia 6.
BB - O acordo 2018/2020 garante o mesmo modelo de PLR sem redução de direitos para os funcionários do BB, uma vez que são aplicados os dispositivos do acordo de PLR da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Confira abaixo a tabela de pagamento dos salários paradigma (percentual sobre o Valor de Referência do Cargo).

Caixa - O valor desta primeira parcela é composto por 50% da regra básica Fenaban, prevista na CCT da categoria, correspondente a 90% do salário mais R$ 2.355,76; assim como da parcela adicional, que representa 2,2% do lucro líquido dividido pelo número total de empregados em partes iguais com teto de R$ 2.355,76. A PLR Social, paga aos trabalhadores da Caixa, equivale a 4% do lucro líquido distribuídos linearmente para todos os trabalhadores. Os valores do lucro da Caixa a serem distribuídos a título de PLR estão projetados em R$ 9 bilhões.

Até o fechamento desta edição, os demais bancos não haviam informado se manteriam o prazo ou antecipariam o crédito.
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