22/08/2018
Diap alerta: Congresso Nacional pode ter baixa 'renovação' e ser ainda mais conservador

Perfil do Congresso Nacional pode ser mais conservador se a Classe Trabalhadora
não votar em candidatos afinados com as causas sociais
"Além de uma renovação menor e de má qualidade, ainda há o risco de que a próxima composição da Câmara dos Deputados seja mais fisiológica e conservadora do que a atual", diz o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), em levantamento sobre a eleição de outubro.
De acordo com o Diap, 407 dos 513 deputados federais (79,3%, ante 80,2% em 2014) tentarão a reeleição. No Senado, 32 dos atuais parlamentares tentarão permanecer – estarão em disputa dois terços (54) de um total de 81 cadeiras.
Segundo o levantamento, na Câmara o número de deputados que disputarão a reeleição ficou pouco abaixo da média das sete últimas eleições (407, ante 408). Mas cresceu em relação a 2014 (307).
Agora, 106 deputados "fizeram outras opções político-eleitorais": 31 desistiram da vida pública e 75 disputarão outros cargos, sendo 40 para o Senado. O Diap cita vários motivos para a possível menor renovação, como mudanças na legislação, menor tempo de campanha e fim das doações empresariais.
"São poucos os nomes competitivos – com vida profissional organizada – que se dispõem a concorrer a mandato eletivo, particularmente para a Câmara. Os custos de campanha e, principalmente, de imagem são enormes", diz o instituto, chamando ainda a atenção para um aspecto desta eleição que considera preocupante: a "qualidade" da renovação.
"As vagas que serão preenchidas por 'novos', ou serão ocupados por ex-ocupantes de cargos públicos – eleitos ou nomeados – numa espécie de circulação no poder, ou pertencerão às futuras bancadas evangélica, da segurança ou bala e parentes, segmentos que irão crescer na Câmara", aponta.
Já no Senado, 27 parlamentares tentarão a reeleição, número que está acima da média dos três últimos pleitos. Foram 20 em 1994, 33 em 2002 e 29 em 2010. Dos 22 que decidiram não concorrer, 11 desistiram da vida pública e 11 disputarão outros cargos, sendo cinco para deputado federal.
Mas há também candidatos entre o um terço que tem mandato até 2023, fazendo com que a renovação na Câmara possivelmente seja maior. Treze tentarão vaga para governo estadual e dois para Presidência ou vice da República. Se forem eleitos, terão de renunciar ao mandato – com isso, assumiriam o suplente (primeiro ou segundo) eleito em 2014.
Entre os partidos, na maior bancada da Câmara, a do PT, 52 dos 61 deputados (85,25%) querem permanecer na Casa em 2019. Na segunda maior, a do MDB, são 42 de 50 (84%). Dos 49 do PSDB, tentarão voltar (79,6%). O PP tem números exatamente iguais. No DEM, serão 31 de 43 (72,1%). A maior taxa é a do SD: 90,9%, ou 10 de 11 deputados disputando a reeleição, e a menor, de PHS e PV: 40% (dois de cinco).
Reverter a política de retrocesso
Para Júlio César Trigo, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, a categoria bancária, bem como trabalhadores dos demais segmentos da sociedade, precisa estar consciente de que as eleições serão fundamentais para definir os rumos do país e, portanto, escolher muito bem em quem votar no próximo dia 7 de outubro para reverter a onda conservadora que tomou conta do Congresso Nacional.
“Nas últimas eleições, o Congresso Nacional foi composto majoritariamente por representantes do setor empresarial, latifundiários, bancos e de outros segmentos que seguem na contramão da democracia, sendo os responsáveis pela aprovação de reformas propostas por Temer. Não podemos reeleger candidatos que apoiam o retrocesso e que pretendem extinguir todos os nossos direitos. É preciso votar consciente e eleger candidatos comprometidos com as causas da classe trabalhadora e com interesses da população”, orienta Trigo.
De acordo com o Diap, 407 dos 513 deputados federais (79,3%, ante 80,2% em 2014) tentarão a reeleição. No Senado, 32 dos atuais parlamentares tentarão permanecer – estarão em disputa dois terços (54) de um total de 81 cadeiras.
Segundo o levantamento, na Câmara o número de deputados que disputarão a reeleição ficou pouco abaixo da média das sete últimas eleições (407, ante 408). Mas cresceu em relação a 2014 (307).
Agora, 106 deputados "fizeram outras opções político-eleitorais": 31 desistiram da vida pública e 75 disputarão outros cargos, sendo 40 para o Senado. O Diap cita vários motivos para a possível menor renovação, como mudanças na legislação, menor tempo de campanha e fim das doações empresariais.
"São poucos os nomes competitivos – com vida profissional organizada – que se dispõem a concorrer a mandato eletivo, particularmente para a Câmara. Os custos de campanha e, principalmente, de imagem são enormes", diz o instituto, chamando ainda a atenção para um aspecto desta eleição que considera preocupante: a "qualidade" da renovação.
"As vagas que serão preenchidas por 'novos', ou serão ocupados por ex-ocupantes de cargos públicos – eleitos ou nomeados – numa espécie de circulação no poder, ou pertencerão às futuras bancadas evangélica, da segurança ou bala e parentes, segmentos que irão crescer na Câmara", aponta.
Já no Senado, 27 parlamentares tentarão a reeleição, número que está acima da média dos três últimos pleitos. Foram 20 em 1994, 33 em 2002 e 29 em 2010. Dos 22 que decidiram não concorrer, 11 desistiram da vida pública e 11 disputarão outros cargos, sendo cinco para deputado federal.
Mas há também candidatos entre o um terço que tem mandato até 2023, fazendo com que a renovação na Câmara possivelmente seja maior. Treze tentarão vaga para governo estadual e dois para Presidência ou vice da República. Se forem eleitos, terão de renunciar ao mandato – com isso, assumiriam o suplente (primeiro ou segundo) eleito em 2014.
Entre os partidos, na maior bancada da Câmara, a do PT, 52 dos 61 deputados (85,25%) querem permanecer na Casa em 2019. Na segunda maior, a do MDB, são 42 de 50 (84%). Dos 49 do PSDB, tentarão voltar (79,6%). O PP tem números exatamente iguais. No DEM, serão 31 de 43 (72,1%). A maior taxa é a do SD: 90,9%, ou 10 de 11 deputados disputando a reeleição, e a menor, de PHS e PV: 40% (dois de cinco).
Reverter a política de retrocesso
Para Júlio César Trigo, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, a categoria bancária, bem como trabalhadores dos demais segmentos da sociedade, precisa estar consciente de que as eleições serão fundamentais para definir os rumos do país e, portanto, escolher muito bem em quem votar no próximo dia 7 de outubro para reverter a onda conservadora que tomou conta do Congresso Nacional.
“Nas últimas eleições, o Congresso Nacional foi composto majoritariamente por representantes do setor empresarial, latifundiários, bancos e de outros segmentos que seguem na contramão da democracia, sendo os responsáveis pela aprovação de reformas propostas por Temer. Não podemos reeleger candidatos que apoiam o retrocesso e que pretendem extinguir todos os nossos direitos. É preciso votar consciente e eleger candidatos comprometidos com as causas da classe trabalhadora e com interesses da população”, orienta Trigo.
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