Campanha 2018: Hoje tem assembleia! Compareça!

(Arte: Thiago Akioka)
Reposição da inflação, medida pelo INPC, para salários, pisos e demais verbas, como PLR, VA, VR e auxílio-creche/babá. Esta foi a proposta apresentada por um dos setores mais lucrativos do país aos trabalhadores, na mesa de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2018. Além disso, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não trouxe respostas a outras reivindicaçoes importantes da categoria, como manutenção dos empregos e a não adoção das novas formas de contratação previstas na reforma trabalhista.
Pela proposta da Fenaban, o acordo seria de quatro anos, com reposição da inflação a cada data base da categoria (1º de setembro). Para este ano, o reajuste seria de 3,90% (projeção do INPC entre 1º de setembro de 2017 e 31 de agosto de 2018).
O Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria na mesa de negociação com a Fenaban, adiantou que acordo de quatro anos só com garantia de empregos.
Os bancos ainda querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações.
Banco do Brasil e Caixa
Na terça-feira (7), os representantes dos bancos públicos também apresentaram propostas incompletas e insuficientes.
O Banco do Brasil propõe a manutenção da maioria dos itens do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e pela vigência que for firmada na mesa única de negociação. O BB acompanhou a proposta de reajuste oferecida pela Fenaban que representa apenas o reajuste da inflação no período (1º de setembro de 2017 a 31 de agosto de 2018), ou seja, sem aumento real.
Já a Caixa apresentou uma proposta de renovação do ACT que ignora dezenas de direitos atualmente garantidos pelo acordo, além de não garantir o pagamento da PLR social e mudar radicalmente o modelo de custeio e cobertura do Saúde Caixa, o que praticamente decretará o fim do convênio dos empregados.
A próxima rodada de negociação com a Fenaban e os bancos públicos ficou marcada para o dia 17 de agosto. A data é determinada pela Fenaban.
Assembleia
A data, antes agendada para o dia 8 (quarta-feira), seguinte à apresentação da proposta da Fenaban, foi alterada em decorrência do feriado municipal, em Catanduva (SP).
“Apenas com a união e a mobilização maciça da categoria bancária conseguiremos nos sobrepor a resistência dos banqueiros e às direções dos bancos públicos para garantir a manutenção de nossos direitos conquistados. Por isso, é fundamental que todos participem da Assembleia Deliberativa, afirmou o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim.
Dia do Basta
A assembleia também deve deliberar sobre a participação da categoria bancária nos atos e paralisações da sexta-feira 10 de agosto, o Dia do Basta, chamado pela CUT, CTB, Intersndical e demais centrais sindicais e pelos movimentos sociais, em protesto contra os retrocessos do governo golpista de Temer, como a reforma trabalhista, o aumento dos combustíveis, a entrega do patrimônio nacional e o desmonte das empresas públicas, entre elas a Caixa e o BB, o aumento do desemprego e o empobrecimento da população, com crescimento da miséria e cortes nas verbas da saúde e educação.
Confira abaixo o edital:

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