Roberto Vicentim, presidente do Sindicato, fala sobre a proposta apresentada pela Fenaban
Na negociação realizada ontem entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (federação dos bancos), os bancos ofereceram reajuste que cobre apenas a inflação medida pelo INPC para salários, pisos e demais verbas, como PLR, VA, VR e auxílio-creche/babá.
Fora isso, a Fenaban não trouxe respostas a outras reivindicações importantes da categoria, como manutenção dos empregos e a não adoção das novas formas de contratação previstas na reforma trabalhista.
Pela proposta dos bancos, o acordo seria de quatro anos, com reposição da inflação a cada data base da categoria (1º de setembro). Para este ano, o reajuste seria de 3,90% (projeção do INPC entre 1º de setembro de 2017 e 31 de agosto de 2018).
O Comando Nacional dos Bancários adiantou que acordo de quatro anos só com garantia de empregos.
Os bancos ainda querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, a proposta apresentada pela Fenaban é insuficiente, não contempla reivindicações importantes, como o fim das novas formas de contratação, criadas a partir da reforma Trabalhista (autônomo, terceirizado e intermitente e contrato parcial), garantia de emprego e melhoria das condições de trabalho.
"O lucro líquido dos cinco maiores bancos no Brasil nos três primeiros meses do ano atingiu a marca de mais de R$ 20 bilhões, o que demonstra que essas instituições possuem condições de oferecer a categoria aumento real e se comprometer com o fim das demissões. Os bancários são os que mais contribuíram com seu esforço para a obtenção desses resultados, e ainda precisam lidar diariamente com assédio moral por meio de cobranças e ameaças. Sem falar nas taxas de juros absurdas cobradas dos clientes, que sofrem cada vez mais em filas de espera e com um atendimento precarizado em decorrência do fechamento de postos de trabalho", destaca Vicentim.
> Em entrevista concedida ao Jornal do Trabalhador, de São José do Rio Preto, o presidente do Sindicato fala sobre a proposta apresentada pela Fenaban
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