01/08/2018
Começou: Hoje é dia de proposta com aumento real, PLR maior, mais empregos e manutenção de direitos
Na rodada de negociação de 12 de julho, os bancos recusaram assinar o pré-acordo de ultratividade, que garantiria a validade dos direitos dos bancários até o final das negociações da Campanha Nacional 2018. A justificativa dos negociadores da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi de que, no dia 1º de agosto, um mês antes da data base da categoria (1º de setembro), apresentariam uma proposta final para ser apreciada pelos trabalhadores.
Por isso, na quinta rodada de negociação, desta quarta-feira (01), os representantes de bancários de todo o Brasil, que compõem o Comando Nacional da categoria, cobram essa proposta final. “Queremos respostas para todas as reivindicações já debatidas de saúde e condições de trabalho, emprego, igualdade de oportunidades, além das cláusulas econômicas que serão tratadas nesta quarta”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando.
Não são poucos os números e indicadores que comprovam a plena capacidade dos bancos de atender às reivindicações da categoria. Em 2017, as cinco maiores instituições financeiras que compõem a mesa de negociação pela Fenaban, lucraram juntas R$ 77,4 bilhões. Um valor astronômico que impressiona ainda mais quando revelado que o montante foi 33,5% maior que no ano anterior.
“Que setor cresceu dessa maneira numa crise da proporção que estamos vivendo no Brasil?”, questionou a dirigente. “Isso é resultado do trabalho dos bancários, muitas vezes além do limite para alcançar os resultados perseguidos pelos bancos”, criticou Juvandia.
Os mais de 40 mil postos de trabalho extintos pelo setor desde 2016 devem ser lembrados para que se tenha a dimensão do quanto os bancos devem ao Brasil: “eles são responsáveis por apenas 1% dos empregos criados no Brasil entre 2012 e 2017, mas por 5% dos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho”, de acordo com levantamento realizado pela Fecomércio.
Outro dado surreal: as famílias brasileiras comprometem a maior parte dos seus gastos com o pagamento de juros aos bancos. Foram R$ 354,8 bilhões transferidos da renda dos trabalhadores para as instituições financeiras em 2017, o que representa 17,9% de aumento real, ou seja, já descontada a inflação. De acordo com a pesquisa, o montante superou os R$ 291,3 bilhões gastos com alimentação fora de casa, os R$ 154,3 bilhões dos gastos com transporte urbano e os R$ 129,9 bilhões pagos em aluguel.
“Os bancos têm uma dívida imensa com a sociedade brasileira e com seus empregados”, destaca a presidenta da Contraf-CUT. “Os bancários querem aumento real, PLR maior, garantia para seus empregos e direitos e cobram isso com a certeza de que trabalham para um setor que está em totais condições de atender todas essas reivindicações e, mais que isso, contratar mais bancários para prestar um atendimento cada vez melhor para toda a sociedade.”
Mobilização é fundamental
Para garantir direitos tão importantes a mobilização da categoria é fundamental, sobretudo, após a implantação da Reforma Trabalhista, ressalta o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim.
"Não vamos recuar com as conquistas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho, com validade nacional. Os bancos continuam lucrando como sempre, numa das piores crises já vividas pelo Brasil. Um setor que ganha tanto não pode colaborar com o empobrecimento da população brasileira, desempregando tantos trabalhadores, cobrando juros tão altos que inviabilizam o investimento no desenvolvimento nacional."
O Sindicato tem realizado uma série de atividades que vão se estender por todas as regiões da sua base de representação. Em visitas às agências, os dirigentes buscam informar sobre as rodadas de negociações já ocorridas e mobilizar os trabalhadores para o engajamento na campanha que está em curso.
"Diante do risco de redução de direitos através da Reforma Trabalhista e a intenção dos banqueiros de impor perdas aos bancários, só nos resta a luta para que tenhamos nossas reivindicações atendidas. Buscamos orientar os trabalhadores de que a resistência tem de ser fortalecida. A categoria está consciente do momento difícil que vive, mas é preciso estar consciente também de que apenas unidos e mobilizados conseguiremos vencer. Nossas conquistas sempre foram obtidas com muita luta," explicou Vicentim.
> #QueroAumentoReal: bancários fazem novo tuitaço. Participe da mobilização!
Veja como foram as negociações anteriores com a Fenaban
> 1ª rodada: Bancos frustram na primeira rodada de negociação
> 2ª rodada: Calendário de negociações foi definido
> 3ª rodada: Categoria adoece, mas Fenaban não apresenta proposta
> 4 rodada: Em mesa de emprego, bancos não se comprometem contra contratações precárias
Veja como foram as negociações com a Caixa
Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa faz balanço das negociações
Veja como foram as negociações do BB
João Fukunaga, da COE do Banco do Brasil faz balanço da negociações
Por isso, na quinta rodada de negociação, desta quarta-feira (01), os representantes de bancários de todo o Brasil, que compõem o Comando Nacional da categoria, cobram essa proposta final. “Queremos respostas para todas as reivindicações já debatidas de saúde e condições de trabalho, emprego, igualdade de oportunidades, além das cláusulas econômicas que serão tratadas nesta quarta”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando.
Não são poucos os números e indicadores que comprovam a plena capacidade dos bancos de atender às reivindicações da categoria. Em 2017, as cinco maiores instituições financeiras que compõem a mesa de negociação pela Fenaban, lucraram juntas R$ 77,4 bilhões. Um valor astronômico que impressiona ainda mais quando revelado que o montante foi 33,5% maior que no ano anterior.
“Que setor cresceu dessa maneira numa crise da proporção que estamos vivendo no Brasil?”, questionou a dirigente. “Isso é resultado do trabalho dos bancários, muitas vezes além do limite para alcançar os resultados perseguidos pelos bancos”, criticou Juvandia.
Os mais de 40 mil postos de trabalho extintos pelo setor desde 2016 devem ser lembrados para que se tenha a dimensão do quanto os bancos devem ao Brasil: “eles são responsáveis por apenas 1% dos empregos criados no Brasil entre 2012 e 2017, mas por 5% dos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho”, de acordo com levantamento realizado pela Fecomércio.
Outro dado surreal: as famílias brasileiras comprometem a maior parte dos seus gastos com o pagamento de juros aos bancos. Foram R$ 354,8 bilhões transferidos da renda dos trabalhadores para as instituições financeiras em 2017, o que representa 17,9% de aumento real, ou seja, já descontada a inflação. De acordo com a pesquisa, o montante superou os R$ 291,3 bilhões gastos com alimentação fora de casa, os R$ 154,3 bilhões dos gastos com transporte urbano e os R$ 129,9 bilhões pagos em aluguel.
“Os bancos têm uma dívida imensa com a sociedade brasileira e com seus empregados”, destaca a presidenta da Contraf-CUT. “Os bancários querem aumento real, PLR maior, garantia para seus empregos e direitos e cobram isso com a certeza de que trabalham para um setor que está em totais condições de atender todas essas reivindicações e, mais que isso, contratar mais bancários para prestar um atendimento cada vez melhor para toda a sociedade.”
Mobilização é fundamental
Para garantir direitos tão importantes a mobilização da categoria é fundamental, sobretudo, após a implantação da Reforma Trabalhista, ressalta o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim.
"Não vamos recuar com as conquistas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho, com validade nacional. Os bancos continuam lucrando como sempre, numa das piores crises já vividas pelo Brasil. Um setor que ganha tanto não pode colaborar com o empobrecimento da população brasileira, desempregando tantos trabalhadores, cobrando juros tão altos que inviabilizam o investimento no desenvolvimento nacional."
O Sindicato tem realizado uma série de atividades que vão se estender por todas as regiões da sua base de representação. Em visitas às agências, os dirigentes buscam informar sobre as rodadas de negociações já ocorridas e mobilizar os trabalhadores para o engajamento na campanha que está em curso.
"Diante do risco de redução de direitos através da Reforma Trabalhista e a intenção dos banqueiros de impor perdas aos bancários, só nos resta a luta para que tenhamos nossas reivindicações atendidas. Buscamos orientar os trabalhadores de que a resistência tem de ser fortalecida. A categoria está consciente do momento difícil que vive, mas é preciso estar consciente também de que apenas unidos e mobilizados conseguiremos vencer. Nossas conquistas sempre foram obtidas com muita luta," explicou Vicentim.
> #QueroAumentoReal: bancários fazem novo tuitaço. Participe da mobilização!
Veja como foram as negociações anteriores com a Fenaban
> 1ª rodada: Bancos frustram na primeira rodada de negociação
> 2ª rodada: Calendário de negociações foi definido
> 3ª rodada: Categoria adoece, mas Fenaban não apresenta proposta
> 4 rodada: Em mesa de emprego, bancos não se comprometem contra contratações precárias
Veja como foram as negociações com a Caixa
Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa faz balanço das negociações
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