10/07/2018
Pré-candidato do MDB, Meirelles quer se eleger para dar continuidade ao golpe
Para o economista José Márcio Camargo, coordenador do programa econômico de Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB à Presidência da República, o país precisa privatizar suas mais importantes estatais, como a Petrobras, a Caixa e o Banco do Brasil. A informação foi divulgada no dia 4, em reportagem da agência de notícias Reuters. O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles foi presidente do BankBoston e do Banco Central.
Para Camargo, não existem motivos para deixar de privatizar as empresas e se desfazer do patrimônio público do país. “Nossa discussão tem caminhado no sentido de como, e não se, deve-se privatizar Petrobras, BB e Caixa”, afirmou. “Na hora em que privatiza os bancos públicos, simplesmente muda a forma de funcionamento do mercado de crédito", defendeu o economista.
Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, defender que o sistema financeiro promoverá mudanças no mercado de crédito caso os bancos públicos sejam privatizados é ingenuidade, ou maldade. “Não é possível acreditar que um economista, coordenador do programa econômico de um candidato à Presidência da República, pense realmente que os bancos privados vão reduzir taxas de juros e conceder crédito barato para a infraestrutura, para a habitação, enfim, para o desenvolvimento do país pelo simples fato de não existirem bancos públicos”, afirma. “Hoje eles já podem fazer isso, mas não fazem. Eles não têm interesse em oferecer crédito barato e para pagamento em longo prazo, como fazem a Caixa, o Banco do Brasil, o BNDES e os demais bancos públicos regionais e estaduais. Querem ganhar muito e no menor prazo possível.”
O economista reconheceu, na reportagem da Reuters, que cerca de 60% do crédito no Brasil está nas mãos de BB, Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que para ele precisa ter seu “tamanho” reduzido e focar sua atuação apenas na “correção de falhas do mercado”.
Juvandia discorda. “Para corrigir falhas, o BNDES precisa cumprir sua função e fazer justamente o que vinha fazendo durante os governos Lula e Dilma, mas foi forçado a deixar de fazer com Temer: fomentar o desenvolvimento econômico e social do país oferecendo crédito para que as empresas invistam no setor produtivo e em projetos de infraestrutura”, explica a presidenta da Contraf-CUT. “É esse tipo de investimento que cria empregos e melhorias nas condições de vida da população.”
Para Juvandia, o que disse o coordenador do programa do MDB já era de se esperar. “O Meirelles é oriundo do sistema financeiro privado e serve aos seus interesses. Além disso, fez parte desse governo golpista que não tem nenhum compromisso com os interesses da classe trabalhadora, nem com o desenvolvimento do Brasil. Estão se desfazendo de todo o patrimônio público para pagar o golpe financiado por parte da iniciativa privada e grupos estrangeiros que querem explorar cada vez mais os brasileiros.”
Desmonte geral
Camargo disse ainda à reportagem que, além de privatizar todas as empresas públicas, a intenção de Meirelles é “eliminar todas as vinculações orçamentárias e tornar o orçamento impositivo” para permitir a eliminação de subsídios e desonerações setoriais.
“Eles querem acabar com a obrigatoriedade de o governo aplicar recursos em saúde, educação e previdência social, por exemplo. Querem que o governo tenha liberdade para formular o orçamento como bem entender, ou como os donos do capital financeiro mandarem, como já vem acontecendo e somente será possível barrar se em outubro elegermos candidatos comprometidos com a classe trabalhadora, com o povo brasileiro”, reforça a presidenta da Contraf-CUT.
Dia de Luta
Trabalhadores de todas as categorias realizaram no dia 5, em todo o país, protestos pelo Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas e da Soberania Nacional com o objetivo de lutar contra a privatização do patrimônio público.
Diretores do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região distribuíram aos bancários e à população material informativo sobre os riscos que o desmonte das estatais como Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Correios, entre outras, oferece para o país, comprometendo importantes políticas sociais nas áreas de habitação, agricultura familiar e educacional, que serão deixadas de lado se o governo Temer (MDB) levar em frente os projetos de privatização.
O desmonte das empresas públicas e das leis que protegem a classe trabalhadora fazem parte da agenda do governo, que visa beneficiar grandes empresários e os bancos privados, justamente os principais financiadores do golpe.
O diretor do Sindicato e bancário da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto, alertou para a precarização dos serviços ofertados pelos bancos federais por meio de reestruturações, fechamento de agências e demissões com o intuito de privatizá-los.
“Na medida em que o serviço é precarizado, se justifica para a população a privatização dessas instituições. Sabemos o quanto representam como fomentadoras do desenvolvimento ao país. Por isso é fundamental mobilizar não só a categoria bancária, mas também o conjunto da classe trabalhadora e a sociedade para impedir a entrega das nossas riquezas e da soberania do país ao capital especulativo internacional, como está fazendo o governo Temer e como pretende também Meirelles.”
“A liminar obtida pela Contraf-CUT e Fenae no STF, impedindo privatizações sem a autorização do Legislativo, a suspensão do leilão da Lotex e das distribuidoras da Petrobras mostram que é preciso lutar e que é possível vencer neste momento de desmonte do patrimônio público” afirmou Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.
Para Camargo, não existem motivos para deixar de privatizar as empresas e se desfazer do patrimônio público do país. “Nossa discussão tem caminhado no sentido de como, e não se, deve-se privatizar Petrobras, BB e Caixa”, afirmou. “Na hora em que privatiza os bancos públicos, simplesmente muda a forma de funcionamento do mercado de crédito", defendeu o economista.
Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, defender que o sistema financeiro promoverá mudanças no mercado de crédito caso os bancos públicos sejam privatizados é ingenuidade, ou maldade. “Não é possível acreditar que um economista, coordenador do programa econômico de um candidato à Presidência da República, pense realmente que os bancos privados vão reduzir taxas de juros e conceder crédito barato para a infraestrutura, para a habitação, enfim, para o desenvolvimento do país pelo simples fato de não existirem bancos públicos”, afirma. “Hoje eles já podem fazer isso, mas não fazem. Eles não têm interesse em oferecer crédito barato e para pagamento em longo prazo, como fazem a Caixa, o Banco do Brasil, o BNDES e os demais bancos públicos regionais e estaduais. Querem ganhar muito e no menor prazo possível.”
O economista reconheceu, na reportagem da Reuters, que cerca de 60% do crédito no Brasil está nas mãos de BB, Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que para ele precisa ter seu “tamanho” reduzido e focar sua atuação apenas na “correção de falhas do mercado”.
Juvandia discorda. “Para corrigir falhas, o BNDES precisa cumprir sua função e fazer justamente o que vinha fazendo durante os governos Lula e Dilma, mas foi forçado a deixar de fazer com Temer: fomentar o desenvolvimento econômico e social do país oferecendo crédito para que as empresas invistam no setor produtivo e em projetos de infraestrutura”, explica a presidenta da Contraf-CUT. “É esse tipo de investimento que cria empregos e melhorias nas condições de vida da população.”
Para Juvandia, o que disse o coordenador do programa do MDB já era de se esperar. “O Meirelles é oriundo do sistema financeiro privado e serve aos seus interesses. Além disso, fez parte desse governo golpista que não tem nenhum compromisso com os interesses da classe trabalhadora, nem com o desenvolvimento do Brasil. Estão se desfazendo de todo o patrimônio público para pagar o golpe financiado por parte da iniciativa privada e grupos estrangeiros que querem explorar cada vez mais os brasileiros.”
Desmonte geral
Camargo disse ainda à reportagem que, além de privatizar todas as empresas públicas, a intenção de Meirelles é “eliminar todas as vinculações orçamentárias e tornar o orçamento impositivo” para permitir a eliminação de subsídios e desonerações setoriais.
“Eles querem acabar com a obrigatoriedade de o governo aplicar recursos em saúde, educação e previdência social, por exemplo. Querem que o governo tenha liberdade para formular o orçamento como bem entender, ou como os donos do capital financeiro mandarem, como já vem acontecendo e somente será possível barrar se em outubro elegermos candidatos comprometidos com a classe trabalhadora, com o povo brasileiro”, reforça a presidenta da Contraf-CUT.
Dia de Luta
Trabalhadores de todas as categorias realizaram no dia 5, em todo o país, protestos pelo Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas e da Soberania Nacional com o objetivo de lutar contra a privatização do patrimônio público.
Diretores do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região distribuíram aos bancários e à população material informativo sobre os riscos que o desmonte das estatais como Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Correios, entre outras, oferece para o país, comprometendo importantes políticas sociais nas áreas de habitação, agricultura familiar e educacional, que serão deixadas de lado se o governo Temer (MDB) levar em frente os projetos de privatização.
O desmonte das empresas públicas e das leis que protegem a classe trabalhadora fazem parte da agenda do governo, que visa beneficiar grandes empresários e os bancos privados, justamente os principais financiadores do golpe.
O diretor do Sindicato e bancário da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto, alertou para a precarização dos serviços ofertados pelos bancos federais por meio de reestruturações, fechamento de agências e demissões com o intuito de privatizá-los.
“Na medida em que o serviço é precarizado, se justifica para a população a privatização dessas instituições. Sabemos o quanto representam como fomentadoras do desenvolvimento ao país. Por isso é fundamental mobilizar não só a categoria bancária, mas também o conjunto da classe trabalhadora e a sociedade para impedir a entrega das nossas riquezas e da soberania do país ao capital especulativo internacional, como está fazendo o governo Temer e como pretende também Meirelles.”
“A liminar obtida pela Contraf-CUT e Fenae no STF, impedindo privatizações sem a autorização do Legislativo, a suspensão do leilão da Lotex e das distribuidoras da Petrobras mostram que é preciso lutar e que é possível vencer neste momento de desmonte do patrimônio público” afirmou Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.
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