Em reunião, banco Itaú frustra negociação sobre o Programa de Retorno ao Trabalho
O GT de Saúde e Condições de Trabalho se reuniu na sexta-feira (9) com o Banco Itaú Unibanco CEIC para mais uma negociação sobre o Programa de Retorno ao Trabalho, porém, mesmo com a entrega das reivindicações pelo movimento sindical na última reunião, o banco não apresentou nenhuma contraproposta.
O tema tem sido discutido desde o início do GT devido ao alto número de trabalhadores e trabalhadoras adoecidas na instituição. “Infelizmente essa postura do banco demonstra a falta de interesse da instituição na Saúde dos seus funcionários”, afirmou Adma Gomes, representante do GT de Saúde.
“O banco já tem um programa que, segundo eles, tem como seu principal intuito acolher os trabalhadores que retornam de afastamentos pelo INSS ou que estão entrando num quadro de adoecimento intitulado: Programa de Readaptação. Porém o programa tem se mostrado, da forma que está, insuficiente e inadequado para resolver os problemas que os trabalhadores têm ao retornar para o banco, ou mesmo para amenizar os que já estão com sua saúde abalada. O número de denúncias sobre discriminação, Assédio Moral e demissões de funcionários, que participam desse programa, tem aumentado no país, e nesse programa, com capacidade reduzida por performance”, explicou Adma. Com as regras do banco, “Isso é no mínimo contraditório e antiético, pois o funcionário com suas capacidades reduzidas, fora das metas, está muitas vezes a base de medicação e não poderá em nenhuma hipótese performar", segundo as regras do banco.
Na última reunião, o GT entregou um documento no qual além de colocar 12 propostas para melhorar o programa, justifica a necessidade urgente dessas mudanças.
Um dos itens consta, inclusive, na convenção ratificada da OIT, na qual menciona o direito a participação dos representantes dos trabalhadores na construção do programa.
Outros itens de suma importância dizem respeito a uma ampla campanha de conscientização dentro do banco como a campanha contra a discriminação e Assédio Moral em cima dos funcionários adoecidos e ou com capacidades reduzidas, para que os mesmos não sejam submetidos a nenhum tipo de avaliação ou meta, isso inclui o Programa "Trilhas" e que seja respeitado a recomendação do médico assistente, e o direito dos trabalhadores e trabalhadoras a se afastarem pela Previdência Social , e somente no retorno, se necessário serem enquadrados no Programa de Readaptação.
O Banco ficou de avaliar o documento e responder o mais breve possível aos itens mencionados.
MAIS NOTÍCIAS
- Trabalhadores denunciam: BC atua como inimigo do país com a prática de juros altos
- Participação dos trabalhadores na gestão das empresas é de interesse público
- Sindicato denuncia abusos do Santander no Dia Nacional de Luta e reafirma defesa dos bancários
- Novas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor
- Trabalhadores vão às ruas, nesta terça-feira (4), para exigir queda na Selic
- Enquete da Câmara confirma rejeição da população à Reforma Administrativa
- Centrais Sindicais se reúnem com ministro Boulos para debater pautas da Classe Trabalhadora
- Nota de Falecimento: Antônia Garcia de Freitas
- Brasil bate novo recorde de carteira assinada, no rendimento real e na queda de desemprego
- Bradesco segue demitindo enquanto lucro cresce 28,2%
- 30 de outubro de 1985: a greve das 6 horas que parou a Caixa completa 40 anos
- CUT repudia Operação Contenção que deixou dezenas de mortos no RJ
- Após cobrança do movimento sindical, BB retoma substituições temporárias
- Lucro do Santander cresce 15,1% em nove meses e chega a R$ 11,5 bilhões, enquanto banco segue fechando postos de trabalho
- PL 1739 é mais uma vez retirado da pauta de votação da CAS do Senado