17/02/2017

Itaú Unibanco ultrapassa o Banco do Brasil em ativos totais e se torna o maior banco do país

O Itaú Unibanco passou a ser o maior banco brasileiro por ativos no fim de 2016, superando o Banco do Brasil, segundo dados dos balanços publicados pelas instituições financeiras. 

Na quinta-feira (16), o BB anunciou ter fechado o ano passado com R$ 1,401 trilhão em ativos, queda ante os R$ 1,448 trilhão do fim de setembro. Já os ativos do Itaú Unibanco subiram de R$ 1,399 trilhão para R$ 1,426 trilhão no período.

O Banco do Brasil anunciou ter registrado lucro líquido de R$ 8,034 bilhões em 2016, 44,2% abaixo dos R$ 14,4 bilhões obtidos no ano anterior. Já o Itaú informou na semana passada que o lucro do banco em 2016 somou R$ 21,6 bilhões, 7% abaixo dos R$ 23,3 bilhões registrados em 2015.

Segundo dados da Economatica, o Itaú também é o banco com o maior patrimônio líquido, que em dezembro alcançou R$ 115,59 bilhões, seguido por Bradesco (R$ 100,4 bilhões) e BB (R$ 87,2 bilhões).

Em termos de valor de mercado na Bovespa, o Itaú também lidera, avaliado em R$ 252 bilhões, seguido pelo Bradesco (R$ 179,7 bilhões), Santander (R$ 132,3 bilhões) e BB (R$ 88,7 bilhões).

BB mantém ativos, mas extingue postos de trabalho e reduz papel público

Embora a o lucro líquido do Banco do Brasil tenha tido queda de 44,2%, como foi alardeado pela grande imprensa, o fato é o que o BB enfrentou bem a fortíssima recessão de 2016, não havendo justificativas para ajustes como os anunciados no final do ano passado, com fechamento de agências e extinção drástica de postos de trabalho.

Segundo análise feita pelo Dieese, o expressivo fechamento de postos de trabalho no BB em 2016 se deve à adesão de mais de 9,4 mil trabalhadores ao Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), anunciado em novembro. Foram extintos 8.569 postos de trabalho em doze meses e, com isso, o banco registrou um total de 100.622 trabalhadores em dezembro de 2016.O plano de reorganização institucional está sendo implementado e prevê o fechamento de 402 agências, com outras 379 passando a ser postos de atendimento.

“Os números do balanço do BB não justificam a reestruturação que vem sendo imposta pelo governo. O banco reagiu bastante dentro da média dos outros bancos frente ao duro ano de 2016. Mas aponta, sem sombra de dúvidas  que há um projeto em curso para reduzir o tamanho da instituição. O que está em pauta com medidas como a reestruturação brutal, que reduziu agências, cargos e salários não é melhorar o atendimento, melhorar o papel público do banco ou melhorar resultados.Busca diminuir o espaço do BB no mercado, enfraquecê-lo, para que bancos privados ocupem este espaço e haja argumentos para reduzir sua importância e privatizá-lo” afirma Roberto von der Osten presidente da Contraf- CUT 

O Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Wagner Nascimento, salienta que é preocupante o tamanho das provisões para créditos de liquidação duvidosa do BB - PCLD num cenário de inadimplência menor que a concorrência: "Para nós é preocupante uma reversão desses créditos gerando lucros futuros apenas pela reversão e aqueles que querem reduzir o tamanho do BB vierem falando que foi pela reestruturação." destaca.

Tarifas X Despesas de pessoal

As receitas com serviços e tarifas totalizaram R$ 24,0 bilhões com alta de 7,3%, enquanto as despesas com pessoal somaram R$ 22,9 bilhões, o que representou alta de 10,2%. Com isso, o índice de cobertura de 104,9% em dezembro de 2016.

Veja a análise do balanço do BB feita pelo Dieese:
 


 

Fonte: Fetec-CUT/SP, com informações do Valor Econômico

SINDICALIZE-SE

MAIS NOTÍCIAS