30/01/2017

Movimentos sindicais vão à Justiça para cancelar reajustes no Saúde Caixa

A Contraf-CUT, a Fenae, a Apcef e sindicatos de bancários ingressaram, na sexta-feira (27), com uma ação judicial para cancelar os reajustes no Saúde Caixa, anunciados pela Caixa Econômica Federal. Em comunicado enviado aos trabalhadores no final da tarde desta quinta, o banco informou que, em 1º de fevereiro, o valor das mensalidades passará de 2% para 3,46% da remuneração base, que o percentual de coparticipação subirá de 20% para 30% e que o limite de coparticipação anual passará de R$ 2.400 para R$ 4.209,05.

Por orientação da Contraf, será realizado nos grandes centros, na próxima terça-feira (31), um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, com foco no modelo de gestão do plano. Indica-se aos sindicatos que façam atos em concentrações, preferencialmente ligada à gestão de pessoas. 

Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), condena o desrespeito ao ACT. “O acordo obriga o banco a negociar com os empregados mudanças no plano de saúde. Os empregados, que têm pago mais que os 30% do custeio, querem melhorias”, diz. Ele acrescenta: “Além de querer economizar com a redução do quadro de bancários, com descomissionamentos e fechamento de agências, a Caixa quer agora cortar do Saúde Caixa. Um absurdo que será respondido com o aumento das manifestações”.

Diferentemente do que a direção do banco afirma, as projeções atuariais indicam que pelo menos os exercícios de 2017 e 2018 do Saúde Caixa serão superavitários. Na reunião do Conselho de Usuários desta quinta-feira (26), o assunto reajuste sequer foi tratado. O relatório financeiro de 2016, apresentado neste mesmo encontro, apontam superávit da ordem de R$ 66 milhões. No acumulado dos exercícios anteriores, são quase R$ 700 milhões.

“Além de reduzir o número de empregados e fechar agências, a Caixa está manipulando números do Saúde Caixa para justificar esses reajustes absurdos. É um desrespeito com o trabalhador e ao próprio acordo coletivo e não vamos nos calar diante de tal arbietrariedade”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região Antonio Julio Gonçalves Neto, o Tony.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae, e edição Seeb Catanduva

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