16/01/2017
Sindicato cobra solução de problemas no Santander
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Em reunião com o Santander na quinta (12), dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo cobraram do banco posicionamento sobre diversos problemas – na maior parte decorrentes de decisões unilaterais da instituição - que impactam diretamente nas condições de trabalho e qualidade de vida dos bancários. O banco espanhol se comprometeu a responder cada um dos pontos levantados em até uma semana.
Comissão sobre seguros
Os representantes dos trabalhadores cobraram que o Santander volte a pagar a comissão sobre a venda de seguros. “A comissão sempre foi um estímulo positivo aos trabalhadores. A justificativa de que o bancário já recebe pelo Programa Mais Certo não procede. Na prática, o funcionário perdeu os 60% que recebia em cima da Remuneração Variável quando bate a meta”, explica a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e diretora executiva dos Sindicato, Maria Rosani.
Código de ética
Os dirigentes reivindicaram também que o banco não obrigue o funcionário a concordar com o código de ética da instituição, ou qualquer outro documento, para poder acessar o Portal RH, essencial para a rotina do trabalhador no Santander. “Existem outras formas para estimular o bancário a conhecer o código de ética e concordar com seus termos que não por este instrumento de força”, critica Rosani.
DUT
Outro problema abordado na reunião foi a nova redação do Documento do Último Dia Trabalhado (DUT). Necessário para o bancário que se afastou por doença do trabalho consiga dar andamento no pedido de benefício no INSS, o documento deveria limitar-se a informar o último dia trabalhado. Entretanto, o Santander incluiu no texto outras informações.
“São informações que visam apresentar o banco como um ambiente laboral saudável, que oferece as melhores condições de trabalho. Além de omitir os riscos inerentes a atividade bancária, esta postura pode induzir o perito do INSS a considerar um funcionário adoecido como apto para o trabalho”, relata Rosani, acrescentando que foi formalizada cobrança para que o Santander limite-se a incluir no DUT apenas informações que lhe são pertinentes.
Call Center
Outra queixa grave e recorrente dos bancários refere-se a aderência no call center, que subiu de 90% para 93% em 2017. Segundo denúncias, pausas que não estão dentro das regras de marcação de ponto estão impactando a meta.
“Bancários relataram que pausas para banheiro, feedback, problemas técnicos, ginastica laboral e até mesmo faltas justificadas por atestado estão impactando a aderência, o que é irregular e fere acordo com o Sindicato e a própria legislação trabalhista. O Santander se comprometeu a enviar comunicado aos trabalhadores explicitando as pausas que podem ou não entrar no cálculo da aderência. É importante que gestores sejam orientados para que não prejudiquem subordinados por desconhecimento das normas”, avalia o dirigente sindical e funcionário do Santander Anderson Pirota.
Também foi abordada na reunião a questão das advertências enviadas aos analistas do SAC 2º Nível em decorrência de reclamações de clientes ao Banco Central. “Muitas vezes o cliente está insatisfeito com o Santander, e não com o atendimento do analista. O bancário, mesmo sem ter acesso ao conteúdo da reclamação, é advertido por algo que não tem relação com a qualidade do seu trabalho”, explica Anderson.
O Sindicato cobrou o fim da prática e orienta que os bancários não assinem advertências nessas condições.
Ainda no âmbito do SAC, os representantes dos trabalhadores levaram ao conhecimento do Santander reclamações de treinamento insuficiente para os bancários que atendem conta corrente, para trabalharem com o segmento de cartões de crédito. “É importante fornecer treinamento adequado no caso do bancário assumir uma nova função. É fundamental para o trabalhador e também para o banco. Cobramos o Santander nesse sentido”, enfatiza o dirigente sindical.
Parcelamento de férias
Previsto no acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCY) dos funcionários do Santander, assinado no início de dezembro de 2016, o parcelamento do adiantamento de férias ainda não foi colocado em prática no banco, que alega necessitar de três meses para adequações no Portal RH.
“Não é possível que uma empresa como o Santander, que se orgulha de oferecer soluções tecnológicas aos seus clientes, precise de tanto tempo para uma simples adequação de sistema. Cobramos mais agilidade nesse processo”, destaca Rosani.
Licença-paternidade
Sobre a licença-paternidade de 20 dias, o banco esclareceu que aguarda regulamentação do incentivo fiscal pelo Ministério da Fazenda para fazer valer o direito aos seus funcionários.
Comissão sobre seguros
Os representantes dos trabalhadores cobraram que o Santander volte a pagar a comissão sobre a venda de seguros. “A comissão sempre foi um estímulo positivo aos trabalhadores. A justificativa de que o bancário já recebe pelo Programa Mais Certo não procede. Na prática, o funcionário perdeu os 60% que recebia em cima da Remuneração Variável quando bate a meta”, explica a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e diretora executiva dos Sindicato, Maria Rosani.
Código de ética
Os dirigentes reivindicaram também que o banco não obrigue o funcionário a concordar com o código de ética da instituição, ou qualquer outro documento, para poder acessar o Portal RH, essencial para a rotina do trabalhador no Santander. “Existem outras formas para estimular o bancário a conhecer o código de ética e concordar com seus termos que não por este instrumento de força”, critica Rosani.
DUT
Outro problema abordado na reunião foi a nova redação do Documento do Último Dia Trabalhado (DUT). Necessário para o bancário que se afastou por doença do trabalho consiga dar andamento no pedido de benefício no INSS, o documento deveria limitar-se a informar o último dia trabalhado. Entretanto, o Santander incluiu no texto outras informações.
“São informações que visam apresentar o banco como um ambiente laboral saudável, que oferece as melhores condições de trabalho. Além de omitir os riscos inerentes a atividade bancária, esta postura pode induzir o perito do INSS a considerar um funcionário adoecido como apto para o trabalho”, relata Rosani, acrescentando que foi formalizada cobrança para que o Santander limite-se a incluir no DUT apenas informações que lhe são pertinentes.
Call Center
Outra queixa grave e recorrente dos bancários refere-se a aderência no call center, que subiu de 90% para 93% em 2017. Segundo denúncias, pausas que não estão dentro das regras de marcação de ponto estão impactando a meta.
“Bancários relataram que pausas para banheiro, feedback, problemas técnicos, ginastica laboral e até mesmo faltas justificadas por atestado estão impactando a aderência, o que é irregular e fere acordo com o Sindicato e a própria legislação trabalhista. O Santander se comprometeu a enviar comunicado aos trabalhadores explicitando as pausas que podem ou não entrar no cálculo da aderência. É importante que gestores sejam orientados para que não prejudiquem subordinados por desconhecimento das normas”, avalia o dirigente sindical e funcionário do Santander Anderson Pirota.
Também foi abordada na reunião a questão das advertências enviadas aos analistas do SAC 2º Nível em decorrência de reclamações de clientes ao Banco Central. “Muitas vezes o cliente está insatisfeito com o Santander, e não com o atendimento do analista. O bancário, mesmo sem ter acesso ao conteúdo da reclamação, é advertido por algo que não tem relação com a qualidade do seu trabalho”, explica Anderson.
O Sindicato cobrou o fim da prática e orienta que os bancários não assinem advertências nessas condições.
Ainda no âmbito do SAC, os representantes dos trabalhadores levaram ao conhecimento do Santander reclamações de treinamento insuficiente para os bancários que atendem conta corrente, para trabalharem com o segmento de cartões de crédito. “É importante fornecer treinamento adequado no caso do bancário assumir uma nova função. É fundamental para o trabalhador e também para o banco. Cobramos o Santander nesse sentido”, enfatiza o dirigente sindical.
Parcelamento de férias
Previsto no acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCY) dos funcionários do Santander, assinado no início de dezembro de 2016, o parcelamento do adiantamento de férias ainda não foi colocado em prática no banco, que alega necessitar de três meses para adequações no Portal RH.
“Não é possível que uma empresa como o Santander, que se orgulha de oferecer soluções tecnológicas aos seus clientes, precise de tanto tempo para uma simples adequação de sistema. Cobramos mais agilidade nesse processo”, destaca Rosani.
Licença-paternidade
Sobre a licença-paternidade de 20 dias, o banco esclareceu que aguarda regulamentação do incentivo fiscal pelo Ministério da Fazenda para fazer valer o direito aos seus funcionários.
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