Lucro do Itaú no primeiro trimestre cai 9,9% após banco demitir 2.902 empregados
O Banco Itaú lucrou R$ 5,2 bilhões no primeiro trimestre de 2016, queda de 9,9% em relação a março de 2015. A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias apresentou crescimento de 4,1% no período, totalizando R$ 7,7 bilhões. As despesas de pessoal subiram 5,9%, atingindo R$ 4,7 bilhões, tendo como principal destaque o aumento de despesas com processos trabalhistas e desligamento de funcionários que variou 72,9% em relação a março de 2015, perfazendo um montante de R$ 646,3 milhões. Em 2015, a cobertura da despesa de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 164,5%.
A holding encerrou março de 2016 com 82.871 empregados no país, com redução de 2.902 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015. Foram abertas 74 agências digitais e fechadas 154 agências físicas no país entre março de 2015 e março de 2016, totalizando, ao final do período, 3750 agências físicas e 108 digitais.
O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 19,9%, uma queda de 4,6 pontos percentuais relação em 12 meses. O banco justifica essa queda nos lucros, como decorrentes do crescimento das despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa e a redução de nas receitas com recuperação de créditos baixados como prejuízo. Itens esses que superaram os ganhos na sua margem financeira com o mercado.
O total da Carteira de Crédito do banco caiu 4,2% em relação ao mesmo período de 2015 e atingiu R$ 54,3 bilhões (no trimestre houve queda de 5,3%). Excluindo o efeito da variação cambial do período, a carteira de crédito teria uma variação negativa em 12 meses de -5,5%. As operações com pessoas físicas caíram 1,6% em doze meses, chegando a R$ 184,2 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 264,9 bilhões e tiveram queda de 9,9% no período.
O destaque se deu na carteira de América Latina, que cresceu 9,8%, em doze meses, chegando a R$ 68,4 bilhões, porém, também com queda no trimestre de 5,2%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou alta de 0,9 p.p. no período, atingindo 3,9%. O resultado com as provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) subiu 44,0%, totalizando R$ 6,4 bilhões.
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