12/11/2015
Contraf-CUT pede providências contra o plano mundial de demissões do HSBC
A preocupação dos bancários brasileiros com o plano mundial do HSBC de efetuar 51 mil demissões foi um dos destaques da abertura da 18ª reunião do Comitê Executivo Mundial da UNI Global Union, que aconteceu nesta quarta-feira (11), em Nyon, na Suíça. O sindicato global reúne entidades de diversas categorias profissionais de 140 países. A reunião na Suíça faz uma avaliação da agenda política mundial de 2015 e define novas ações sindicais e calendários até o V Congresso da UNI, que será realizado em Liverpool, na Inglaterra, em 2018.
O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, sugeriu, durante o primeiro dia de debates, que a UNI interpele o governo britânico sobre o HSBC. “No Brasil, denunciamos que 21 mil famílias estão inseguras e que o HSBC recebeu um banco saneado, agiu e lucrou por 18 anos e, por decisão burocrática da sua estratégia global, resolveu abandonar o País”, lembrou.
Phillip Jennings, secretário-geral da Uni Global UNION, disse que a organização fez uma reunião de staff há duas semanas sobre o tema e que já está marcada, para janeiro de 2016, outra grande reunião, que contará com sindicatos e representantes dos funcionários do HSBC de todo o mundo. A Contraf-CUT participará da reunião e levará informações sobre as negociações com o banco no Brasil.
Além do presidente da Contraf-CUT, também participam do encontro na Suíça, o secretário de Relações Internacionais da Confederação, Mario Raia, a presidenta da UNI Finanças e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa e Neiva Ribeiro, também diretora do Sindicato e membro do Comitê Mundial de Mulheres.
Ações para o triênio 2015-2018
Depois da abertura oficial do evento, os presentes realizaram uma avaliação do IV Congresso Mundial, realizado em dezembro de 2014, na África do Sul e definiram e as perspectivas para o próximo Congresso Mundial da UNI, em 2018. O 4º Congresso Mundial da UNI adotou quinze resoluções que determinarão as ações da UNI até Liverpool.
As três principais áreas são:
A) Romper barreiras, plano estratégico aprovado no Congresso Mundial de 2010, em Nagasaki, que prevê a criação do Fundo de Organização da UNI. O objetivo é aumentar a quantidade de alianças e membros da entidade e criar negociações e acordos globais. Uma análise de progressos a nível mundial, nas regiões, setores e grupos internacionais.
B) Programa político mundial. O ano de 2015 é um ponto de mudança das prioridades das instituições globais por todo o planeta, pelo desenvolvimento do Milênio Sustentável, adotado em setembro, e pela Conferência sobre Alterações Climáticas, que será realizada em dezembro de 2015. Além disso, a ação política global vai se concentrar em desigualdade, corrente global de fornecimento, comércio, empresas e direitos humanos, novo pensamento econômico para enfrentar austeridade e paz.
C) O futuro do trabalho, a ênfase será sobre a resposta sindical à revolução digital tanto global como localmente.
Campanhas de sindicalização
A presidenta da UNI Finanças, Rita Berlofa, defendeu uma regulação mais eficiente do setor financeiro, que considere as diferenças regionais e promova a diversidade, com o fomento de mais cooperativas, bancos regionais e de crédito.
Rita destacou campanha de sindicalização dos bancários norte-americanos, resultado de uma aliança entre a Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a CWA dos Estados Unidos, que representa trabalhadores de vários segmentos de serviços dos EUA, Canadá e Porto Rico, além da La bancária, da Argentina.
Os bancários norte-americanos sofrem com a ausência de representação sindical, em função das práticas antissindicais adotas pelos bancos e pelo governo dos EUA. O país tem 1,7 milhão de bancários, representando 1/3 do total do planeta, mas 30% vivem abaixo da linha da pobreza e 70% destes 30% têm necessidade de receber ajuda do governo para se alimentar.
A presidenta da UNI Finanças também apresentou um balanço de outras ações e atividades a partir do 3º Congresso Mundial da UNI em Nagasaki, no Japão, ocorrido em 2010. “Nas Américas, principalmente em El Salvador, temos discutido a sindicalização com Bancolombia e Banco Agrícola. Também criamos um a nova federação no Peru. No norte da África e no Oriente Médio também estamos fazendo um trabalho de sindicalização, conseguimos criar uma aliança sindical. No Nepal os trabalhadores já conseguiram se organizar em 11 multinacionais e temos trabalhado junto aos bancários. Já são vários acordos assinados, com outros bancos, como BNP, Societe General, Crédite Agricole, Barclays, AmroBank, desde o Congresso de Nagasaki”, informou Rita.
Igualdade de oportunidades
Na terça-feira (10), foi realizada a reunião do Comitê Mundial de Mulheres da UNI, com representantes das Américas, Europa, África e Ásia. O encontro tratou do desenvolvimento de ações discutidas recentemente no congresso de Mulheres da UNI, na África do Sul em novembro passado.
A diretora do sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante do Comitê Mundial de Mulheres, Neiva Ribeiro, levou as experiências brasileiras no combate à violência de gênero e às desigualdades no trabalho, em especial no setor financeiro.
A sindicalista brasileira socializou as ações e experiências do Brasil com a implementação da Lei Maria da Penha, seus avanços e o desafio do movimento sindical no combate a essas agressões em todas as esferas.
O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, sugeriu, durante o primeiro dia de debates, que a UNI interpele o governo britânico sobre o HSBC. “No Brasil, denunciamos que 21 mil famílias estão inseguras e que o HSBC recebeu um banco saneado, agiu e lucrou por 18 anos e, por decisão burocrática da sua estratégia global, resolveu abandonar o País”, lembrou.
Phillip Jennings, secretário-geral da Uni Global UNION, disse que a organização fez uma reunião de staff há duas semanas sobre o tema e que já está marcada, para janeiro de 2016, outra grande reunião, que contará com sindicatos e representantes dos funcionários do HSBC de todo o mundo. A Contraf-CUT participará da reunião e levará informações sobre as negociações com o banco no Brasil.
Além do presidente da Contraf-CUT, também participam do encontro na Suíça, o secretário de Relações Internacionais da Confederação, Mario Raia, a presidenta da UNI Finanças e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa e Neiva Ribeiro, também diretora do Sindicato e membro do Comitê Mundial de Mulheres.
Ações para o triênio 2015-2018
Depois da abertura oficial do evento, os presentes realizaram uma avaliação do IV Congresso Mundial, realizado em dezembro de 2014, na África do Sul e definiram e as perspectivas para o próximo Congresso Mundial da UNI, em 2018. O 4º Congresso Mundial da UNI adotou quinze resoluções que determinarão as ações da UNI até Liverpool.
As três principais áreas são:
A) Romper barreiras, plano estratégico aprovado no Congresso Mundial de 2010, em Nagasaki, que prevê a criação do Fundo de Organização da UNI. O objetivo é aumentar a quantidade de alianças e membros da entidade e criar negociações e acordos globais. Uma análise de progressos a nível mundial, nas regiões, setores e grupos internacionais.
B) Programa político mundial. O ano de 2015 é um ponto de mudança das prioridades das instituições globais por todo o planeta, pelo desenvolvimento do Milênio Sustentável, adotado em setembro, e pela Conferência sobre Alterações Climáticas, que será realizada em dezembro de 2015. Além disso, a ação política global vai se concentrar em desigualdade, corrente global de fornecimento, comércio, empresas e direitos humanos, novo pensamento econômico para enfrentar austeridade e paz.
C) O futuro do trabalho, a ênfase será sobre a resposta sindical à revolução digital tanto global como localmente.
Campanhas de sindicalização
A presidenta da UNI Finanças, Rita Berlofa, defendeu uma regulação mais eficiente do setor financeiro, que considere as diferenças regionais e promova a diversidade, com o fomento de mais cooperativas, bancos regionais e de crédito.
Rita destacou campanha de sindicalização dos bancários norte-americanos, resultado de uma aliança entre a Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a CWA dos Estados Unidos, que representa trabalhadores de vários segmentos de serviços dos EUA, Canadá e Porto Rico, além da La bancária, da Argentina.
Os bancários norte-americanos sofrem com a ausência de representação sindical, em função das práticas antissindicais adotas pelos bancos e pelo governo dos EUA. O país tem 1,7 milhão de bancários, representando 1/3 do total do planeta, mas 30% vivem abaixo da linha da pobreza e 70% destes 30% têm necessidade de receber ajuda do governo para se alimentar.
A presidenta da UNI Finanças também apresentou um balanço de outras ações e atividades a partir do 3º Congresso Mundial da UNI em Nagasaki, no Japão, ocorrido em 2010. “Nas Américas, principalmente em El Salvador, temos discutido a sindicalização com Bancolombia e Banco Agrícola. Também criamos um a nova federação no Peru. No norte da África e no Oriente Médio também estamos fazendo um trabalho de sindicalização, conseguimos criar uma aliança sindical. No Nepal os trabalhadores já conseguiram se organizar em 11 multinacionais e temos trabalhado junto aos bancários. Já são vários acordos assinados, com outros bancos, como BNP, Societe General, Crédite Agricole, Barclays, AmroBank, desde o Congresso de Nagasaki”, informou Rita.
Igualdade de oportunidades
Na terça-feira (10), foi realizada a reunião do Comitê Mundial de Mulheres da UNI, com representantes das Américas, Europa, África e Ásia. O encontro tratou do desenvolvimento de ações discutidas recentemente no congresso de Mulheres da UNI, na África do Sul em novembro passado.
A diretora do sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante do Comitê Mundial de Mulheres, Neiva Ribeiro, levou as experiências brasileiras no combate à violência de gênero e às desigualdades no trabalho, em especial no setor financeiro.
A sindicalista brasileira socializou as ações e experiências do Brasil com a implementação da Lei Maria da Penha, seus avanços e o desafio do movimento sindical no combate a essas agressões em todas as esferas.
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