Itaú promove festival de injustiças
Banco anuncia mudanças para gerentes Uniclass e em metas do Agir que prejudicarão funcionários
O Itaú anunciou algumas mudanças que mais uma vez prejudicarão os trabalhadores. Uma delas atinge diretamente as gerências Uniclass. Outra foi resultado de um erro de comunicação do banco, que acabou por aumentar algumas metas no meio do mês. Ambas atrapalharão os bancários no Agir, programa próprio de remuneração variável que leva em conta a avaliação de desempenho dos funcionários.
Uniclass – No início do ano, o banco informou que as agências com um gerente Uniclass, passariam a contar com dois. “Até aí nenhum problema, o prejudicial está na forma como vai se dar a divisão da carteira de clientes”, diz a diretora do Sindicato Márcia Basqueira.
Ela informa que segundo o comunicado interno do banco, o gerente novo passará a contar com metade da carteira do gerente que já estava na agência e as produções feitas, entre 2 e 10 de janeiro, para os clientes que serão migrados para o outro gerente, serão contabilizadas na carteira de destino.
“Ou seja, passando os 50% de clientes para outro funcionário, tudo que ele produziu entre os correntistas da sua carteira, naquele determinado período, será computado no Agir desse segundo gerente. Isso não é justo. É preciso que o trabalho que ele executou nesses nove dias seja reconhecido como mérito dele. O banco deve criar um processo transparente”, afirma Márcia.
O Sindicato enviou carta à diretoria do Itaú cobrando isso. “Eles nos responderam que estão reunindo todas as áreas responsáveis para discutir o caso. Estamos aguardando e vamos ficar atentos”, diz a dirigente.
Mais metas – O segundo problema atingiu os gerentes do segmento Emp, que atendem pessoas jurídicas. “As metas desses funcionários eram estabelecidas em valores. Por exemplo, tinham de vender R$ 8 mil em seguros por mês. Este ano, a regra mudou e o banco estipulou a meta em números de produtos vendidos. Assim, no início do mês informou que a meta era vender 10 seguros, mas no dia 14 comunicou que havia errado e que a meta de janeiro era na verdade 200 seguros. Como o bancário vai bater a meta quando já está na segunda metade do mês?”, questiona Márcia.
Segundo Márcia, ao procurarem seus superiores, os gerentes foram informados de que era isso mesmo e não havia o que contestar. “Mas nós não aceitamos que o banco erre e que quem pague por isso seja o trabalhador. Também questionamos a direção do Itaú e aguardamos resposta”, informa.
Andrea Ponte Souza
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