26/09/2013
Banco do Brasil tenta burlar greve e se dá mal
Parte dos R$ 2 milhões que o Banco do Brasil destinou ao contingenciamento de funcionários para tentar ludibriar a greve foi jogada no lixo. Um prédio que a instituição pública alugou na zona norte para transferir bancários do setor de crédito imobiliário ficou fechado nesta quarta-feira 25, e os trabalhadores que foram deslocados para lá cruzaram os braços.
“A greve é legítima e justa, e por isso tem que ser respeitada”, afirmou o bancário João (nome fictício), para quem o reajuste de 6,1% oferecido pelos bancos é “estapafúrdio, não tem nem o que comentar”.
Para ele, a diretoria precisa voltar a tratar o BB como uma instituição que priorize a responsabilidade social. “Eles têm de parar de olhar o funcionário como uma máquina”.
Desvalorização – Opinião semelhante tem Roberta (nome fictício), funcionária do BB há 13 anos. “O meu sentimento é de desvalorização. Antes o bancário era importante, hoje não é nada mais do que uma peça”, critica.
Ela aponta o comando do banco como responsável pela precarização das condições de trabalho. “A diretoria atual subiu muito rápido, não tem uma história com o banco. Só quer saber de número, não tem uma visão mais ampla”, diz.
Roberta também se revoltou com a proposta de reajuste. “Achei ridícula. Esse aumento é uma estratégia de empresa de terceiro mundo. O banco lucrou R$ 12 bilhões no ano passado. Todos os funcionários trabalharam muito para isso. Vamos fazer uma proposta justa!”, cobra a trabalhadora.
Pensamento pequeno – A terceirização foi outro tema citado pelos bancários como um dos maiores problemas atuais no BB. “Essa prática de pagar cada vez menos e não valorizar os trabalhadores é mais um pensamento pequeno da diretoria”, considera a bancária Silvia, que se diz desestimulada e descontente. “Estou pensando em sair do banco e prestar outro concurso”, desabafa.
Tão recorrente como a indignação com a proposta de reajuste oferecida pelos bancos e a ameaça da terceirização são as reclamações com o assédio moral. “As pessoas estão adoecendo cada vez mais por causa das cobranças por metas abusivas em troca dos lucros. Mas será que vale isso?”, questiona o bancário João.
“A cobrança por resultados é constante, e se tem cobrança, tem que haver recompensa à altura”, diz o bancário Felipe (nome fictício), que considera a greve o único meio de atingir as reivindicações. “Enquanto formos cordeiros e balançarmos a cabeça para o banco, estará tudo bem para eles”, conclui.
Rodolfo Wrolli – 25/9/2013
“A greve é legítima e justa, e por isso tem que ser respeitada”, afirmou o bancário João (nome fictício), para quem o reajuste de 6,1% oferecido pelos bancos é “estapafúrdio, não tem nem o que comentar”.
Para ele, a diretoria precisa voltar a tratar o BB como uma instituição que priorize a responsabilidade social. “Eles têm de parar de olhar o funcionário como uma máquina”.
Desvalorização – Opinião semelhante tem Roberta (nome fictício), funcionária do BB há 13 anos. “O meu sentimento é de desvalorização. Antes o bancário era importante, hoje não é nada mais do que uma peça”, critica.
Ela aponta o comando do banco como responsável pela precarização das condições de trabalho. “A diretoria atual subiu muito rápido, não tem uma história com o banco. Só quer saber de número, não tem uma visão mais ampla”, diz.
Roberta também se revoltou com a proposta de reajuste. “Achei ridícula. Esse aumento é uma estratégia de empresa de terceiro mundo. O banco lucrou R$ 12 bilhões no ano passado. Todos os funcionários trabalharam muito para isso. Vamos fazer uma proposta justa!”, cobra a trabalhadora.
Pensamento pequeno – A terceirização foi outro tema citado pelos bancários como um dos maiores problemas atuais no BB. “Essa prática de pagar cada vez menos e não valorizar os trabalhadores é mais um pensamento pequeno da diretoria”, considera a bancária Silvia, que se diz desestimulada e descontente. “Estou pensando em sair do banco e prestar outro concurso”, desabafa.
Tão recorrente como a indignação com a proposta de reajuste oferecida pelos bancos e a ameaça da terceirização são as reclamações com o assédio moral. “As pessoas estão adoecendo cada vez mais por causa das cobranças por metas abusivas em troca dos lucros. Mas será que vale isso?”, questiona o bancário João.
“A cobrança por resultados é constante, e se tem cobrança, tem que haver recompensa à altura”, diz o bancário Felipe (nome fictício), que considera a greve o único meio de atingir as reivindicações. “Enquanto formos cordeiros e balançarmos a cabeça para o banco, estará tudo bem para eles”, conclui.
Rodolfo Wrolli – 25/9/2013
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Sindicatos aprovam acordo nacional para instalação da CCV no Bradesco
- Fintechs não cumpriram a promessa de trazer maior competitividade e juros menores
- Santander confirma data do crédito da PLR
- Greve de 1985: em sessão solene, Sindicato celebra 40 anos de resistência e presta homenagem ao diretor Chico Bello
- Vitória na Justiça: Sindicato garante pagamento dos 15 minutos de intervalo para bancárias do Itaú
- STF envia pedido de investigação à PGR contra parlamentares por declarações falsas sobre o Banco do Brasil
- Copom mantém Selic em 15% e penaliza trabalhadores e população
- Caixa lucrou R$ 9,784 bilhões no primeiro semestre
- Sindicato mobiliza nas redes sociais em defesa do Saúde Caixa
- Sindicato participa de oficina nacional sobre organização do ramo financeiro
- Demissões no Itaú: Intransigente, banco não voltará atrás
- Bancários do Mercantil deliberam em assembleia no dia 19 sobre ACTs de PLR e auxílio educacional
- Bancários do Bradesco realizam assembleia dia 18 para deliberar sobre Acordo de CCV
- Contraf-CUT e Bradesco assinam acordo nacional para implementação de CCV
- Movimento sindical e Bradesco assinam acordo de PPR Supera e PRB