Capital estrangeiro pode ter até 30% das ações ordinárias do Itaú
Um decreto presidencial autorizou na sexta-feira (15) o aumento da participação estrangeira no capital ordinário do Itaú Unibanco, chegando a até 30%, ante os atuais 7,18%. "É do interesse do governo brasileiro a participação estrangeira de até 30% no capital ordinário do Itaú", diz o texto.
Em comunicado, o Itaú afirmou que a autorização "não afetará sua estrutura societária ou de controle". E aproveita para "reafirmar seu compromisso com o mercado brasileiro e com a criação de valor a longo prazo para seus acionistas."
A mudança tem como objetivo, segundo o Valor apurou, criar maior flexibilidade para o capital do banco, mas não está ligada a um projeto imediato. Abre, por exemplo, a possibilidade de o Itaú usar suas ações como moeda para a compra de ativo controlado por estrangeiro. Outro caminho poderia ser uma oferta secundária de papéis do Itaú que hoje estão na Itaúsa. A holding abriga cerca de 38% das ações ordinárias.
No ano passado, o Bradesco recebeu autorização semelhante, de aumentar a fatia de estrangeiros de 14% para 45% de seu capital ordinário. O objetivo era lançar nos Estados Unidos um programa de American Depositary Receipts lastreado em ações ordinárias.
Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff publicou outros seis decretos semelhantes, acatando indicações do Conselho Monetário Nacional. Esse passo é necessário para que o governo federal reconheça a presença de capital externo em instituições financeiras.
Entre os decretos, o Banco Confidence e sua corretora poderão ter até 100% de capital estrangeiro. A instituição alemã CHG-Meridian Deutsche Computer Leasing teve autorização para criar um braço de arrendamento mercantil. Dilma também aprovou a participação estrangeira de até 49% no capital social votante e de até 100% no capital social não votante da corretora XP. O Daycoval poderá ter até 45% de investidor externo.
Fonte: Valor Econômico
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