07/10/2011

Aumento real é valorizar o bancário

Não é segredo que o setor bancário é um dos mais lucrativos e que mesmo em períodos de crise, os bancos não deixam de faturar. Somente nos primeiros seis meses deste ano o setor teve crescimento de 26,6%, o que contabiliza um lucro líquido de R$ 31,8 bi, sendo R$ 26,5 bi o lucro dos sete maiores bancos do país.

Entre as principais reivindicações dos bancários da Campanha Nacional 2011 está o reajuste de 12,8%, sendo a inflação do período mais 5% de aumento real. Mesmo com lucros crescentes a última proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de apenas 8%, o que significa apenas 0,56% de aumento real. “Ao oferecer este índice rebaixado, a Fenaban mostra total desrespeito aos trabalhadores. Um banqueiro ganha até 400 vezes mais que um bancário, isso é absurdo”, afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP.

Segundo pesquisa da Subseção do Dieese da Contraf-CUT, o piso do bancário brasileiro é mais baixo do que o dos bancos da Argentina e Uruguai. Um ingresso no Brasil recebe o equivalente a US$ 735, um uruguaio US$ 1.039 e um argentino US$ 1.432. “Um ingresso argentino recebe o dobro de um brasileiro. Queremos respeito por parte dos bancos, que só têm lucro devido ao trabalho dos bancários”, reforça Alemão.


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