Bancários fecham 4.191 agências em todo o país no primeiro dia da greve
Nesta terça-feira (27), primeiro dia da greve nacional, os bancários fecharam 4.191 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. O balanço foi feito pela Contraf-CUT a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h. Os bancários de Roraima estão realizando assembleia na noite desta terça e deverão se juntar ao movimento nesta quarta.
A greve começou mais forte que a do ano passado, uma das maiores nos últimos 20 anos, quando foram fechadas 3.864 unidades no primeiro dia de paralisação. Isso mostra a grande insatisfação dos funcionários com a postura dos bancos, que em cinco rodadas de negociação não apresentaram uma proposta decente que atenda as reivindicações da categoria.
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. A proposta também não contempla a valorização do piso, PLR maior, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento aos clientes e inclusão bancária sem precarização.
A proposta representa apenas 0,56% de aumento acima da inflação do período, o que está longe da reivindicação da categoria, de 12,8% (5% de aumento real). Enquanto isso, os seis maiores bancos que operam no Brasil lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre, segundo levantamento do Dieese e da Contraf-CUT. Isso quer dizer um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação ao lucro do mesmo período do ano passado, com um crescimento médio de 20,11%.
"A experiência de anos anteriores mostra que a tendência é o índice de paralisação aumentar nos próximos dias. Estamos abertos para a retomada das negociações, pois continuamos apostando no diálogo. Mas também estamos preparados para intensificar a mobilização e fazer a maior greve das últimas décadas para garantir avanços econômicos e sociais", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Em Catanduva, apenas duas das dezesseis agências bancárias, abriram suas portas para o atendimento ao público. O movimento ganha força também na Região, com várias cidades da base aderindo ao movimento grevista. Amarildo Davoli, Presidente do Sindicato de Catanduva e Região afirmou:- " Quanto maior a adesão à greve, quanto mais forte for o comprometimento dos bancários, que estão indignados com a proposta medíocre apresentada pelos banqueiros, mais rápido será o processo de negociação e o reconhecimento por parte dos patrões das reivindicações dos trabalhadores bancários".
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