FETEC-CUT/SP e sindicatos negociam reversão de desrespeitos do Banco do Brasil
Descomissionamentos irregulares, constantes ameaças de transferências, falta de segurança e implementação de pacotes de tarifas sem anuência dos clientes são alguns dos desrespeitos do Banco do Brasil, para os quais a FETEC-CUT/SP e os sindicatos filiados de Araraquara, Barretos, Catanduva e Limeira tentaram reverter durante reunião, na última quarta-feira 14, com a Gepes de Ribeirão Preto.
Os representantes do banco, o gerente da Gepes de Ribeirão Preto, Antônio Artequilino da Silva Neto e demais funcionários da área, além do Gerente da Gepes de Bauru, Armando Pimentel, receberam cordialmente a representação sindical, se prontificando a dar encaminhamento a algumas das demandas, dentre as quais as de segurança e estrutura de agências. Artequilino, inclusive, se comprometeu em acompanhar a questão.
Com relação à orientação de alguns gestores para que os funcionários implementem ou alterem pacote de tarifas sem a anuência dos clientes, a informação do banco foi de que uma auditoria já teria sido acionada para averiguar e solucionar a denúncia.
Os representantes sindicais aguardarão o resultado da averiguação, no entanto, alertam, desde já, para que os funcionários não acatem tal orientação. “Fazer qualquer mudança nos pacotes dos clientes fere a ética e as normas do banco, expondo exclusivamente o bancário que executa a ação, já que é a sua matricula que fica registrada na operação. Por isso, o funcionário deve reagir, se negar e denunciar ao sindicato se houver pressões neste sentido”, avisa Adriana Pizarro, diretora da FETEC-CUT-SP, que esteve presente na reunião.
O ponto polêmico da reunião foi com relação aos rebaixamentos de comissões, às ameaças de transferências e descomissionamentos por parte de alguns gestores. Enquanto a pendência de caso específico de Araraquara recebeu o compromisso de equacionamento pela Gepes com acompanhamento do sindicato, os nove casos de trabalhadores de bancos incorporados, ocorridos na base sindical de Catanduva, trouxeram à tona a ocorrência de práticas de assédio moral, para as quais o banco não se sente motivado a solucionar, haja vista as negociações específicas desta Campanha Nacional.
Conforme levantamentos realizados nas agências de Catanduva, alguns funcionários foram descomissionados sem que houvesse qualquer justificativa. O expediente teria sido utilizado pelo Superintendente Regional de São Jose do Rio Preto, Sérgio Fossalussa, responsável pela região de Catanduva, para causar prejuízo na carreira dos envolvidos.
Segundo informações, alguns desses bancários, que estavam dentro da trava de dois anos – mecanismo para evitar descomissionamentos indevidos -, foram “orientados” pelo superintendente a requererem a dispensa da trava, uma vez que teriam interesse pelas transferências. “Somente alguém que estivesse em alguma situação de insanidade poderia solicitar destravamento para possibilitar transferência para outra cidade, o que o obrigaria a viajar diariamente e ainda com salário rebaixado”, afirma Adriana Pizarro.
Para os representantes sindicais, esse tipo de prática é orquestrada pelo próprio BB, haja vista que os fatos são de conhecimento e nenhuma penalidade é aplicada. Por outro lado, o banco sinalizou na mesa específica de negociações com a intenção de retirar do acordo coletivo a cláusula de obrigatoriedade de três avaliações consecutivas negativas como pressuposto para viabilizar descomissionamentos. A prática demonstra a nítida intenção de deixar os superintendentes e gestores completamente livres para tratar da carreira dos seus subordinados sem qualquer comprometimento com a justiça ou merecimento.
Nessas rodadas iniciais, quanto o assunto foi combate ao assédio moral, o banco se limitou a dizer que não adotará práticas adicionais, dizendo que o assunto seria de gestão.
“O trabalhador precisa atentar para as consequências desse tipo de prática do banco. Se hoje é o colega que está sendo prejudicado, amanhã poder ser qualquer outro funcionário. Infelizmente, o conformismo e o individualismo tão presentes nos dias de hoje diante do imenso acúmulo de trabalho poderá nos levar ao adoecimento e à derrota. Precisamos ter em mente de que a luta é coletiva, pois só com a união entre os funcionários do BB e o conjunto dos bancários é o que confere força à categoria na luta por melhores condições de salário e de trabalho”, avisa a diretora da FETEC-CUT-SP.
Lucimar Cruz Beraldo
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