Assédio Moral: Relatos de bancários são exemplos do abuso
Participe da campanha contra o abuso moral e denuncie aqui: http://www.spbancarios.com.br/fale.asp?s=188
Testemunhos a seguir foram colhidos pelo telefone e pelo site do Sindicato.
Cartão amarelo
Entrei no Itaú, mas depois na aquisição do Unibanco, notamos que pra nós funcionários, as coisas só pioraram.... As agências do BB, comandada pela regional Barueri, estão sofrendo assédio moral por minuto, colocando os trabalhadores contra a parede para vender, vender e vender. Se não baterem a meta, é descomissionamento. Nunca vi algo assim. Recebemos cartão amarelo e se não chegarmos onde querem é rua. Estamos ficando doentes com tantas ameaças. Espero que isso acabe logo.
Sem saída
Estamos vivendo pesadelos, pois todos os dias temos de parar às 17h30 para ficar ouvindo o Regional perguntando o que cada um fez no seu dia, sendo que a todo momento enviam e-mails para cobranças de produtos. Não temos paz para trabalhar e seguir o nosso planejamento mensal. O que sentimos é que todos querem provar alguma coisa, ou porque é do Real e o chefe é do Santander ou vice-versa, e quem sofre com isso somos nós gerentes de relacionamento, pois não sabemos para onde correr.
Persona Non Grata
Aqui na Empresarial Sul quem é “persona non grata” sofre as consequências: são humilhados, ignorados, ameaçados com inquéritos administrativos e descomissionamento. Isso ocorre por parte do Gerente Geral, Geneg, Gerad e Gerente Módulo (suporte). Além de implantar um clima desagradável entre as equipes, eles ignoram a presença de quem eles não gostam: entram numa sala e cumprimentam todos e ignoram a presença de certos funcionários, não passam serviço diretamente para determinado funcionário, pedem pra outra pessoa fazer, jogam serviço na mesa do funcionário quando ele não está, dão indiretas, falam mal de certos funcionários entre grupos. São ignorados nas concorrências, nem sequer são chamados enquanto que para outro que nem estavam concorrendo, são oferecidas as vagas.
Isolamento
Tenho 10 anos de Bradesco e, quando adquiri problemas de saúde no trabalho, ia ao médico e ouvia que tinha de me afastar. Fiquei com medo e me afastei em 2002. Após três afastada, ao retornar, nunca tive uma função. Ou me isolam dos demais colegas, ou me olham e me tratam diferente dos demais. Não tenho acesso a nada. Além do problema que eu já tinha de LER, agora tenho depressão, stress, chagando a me afetar na minha vida pessoal.
Constrangida, envergonhada e magoada
Toda a humilhação que venho passando me faz sentir inferiorizada, me deixa indignada e com raiva. Estou muito constrangida, envergonhada e magoada com a atitude do "gestor". Isso tudo vem ocorrendo em um curto espaço de tempo, desde meu retorno ao trabalho. Sou impedida a dar continuidade ao trabalho, tendo negados acessos e informações. Não tenho senhas. Não há nenhum suporte. O gestor não responde e-mail e diz não ter tempo para ensinar ou acompanhar as tarefas. Ele tira as minhas atividades, deixando que eu fique sem fazer absolutamente nada. Não sou incluída nos comunicados, fico excluída, sentada em lugares longe do resto da equipe. Fui exposta diante de outros quando ele disse que demorei três horas para enviar um e-mail, sendo que não me deu suporte para realizar esta tarefa. Depois disso, passei o dia chorando no ambulatório, precisei de dois calmantes.
Sem paz e sem sono
Trabalhamos num call center. Vender o dia todo sob metas abusivas que tiram nossa paz e sono. Somos cobrados todos os dias e, quando não vendemos, nos sentimos os piores funcionários do mundo. Vivemos movidos a antidepressivos. Onde isso vai nos levar?
Lesionada
Além de lesionada desde 1997, cheguei a ficar quatro anos, direto, em licença. Quando voltei, numa dessas altas programadas, minha supervisora me isolou numa sala. Além disso, de todo o lucro, lesionados como eu (lesionados por trabalharem para eles) nunca são incluídos na divisão. Nunca. Quem tem mais de um ano afastado é nada para eles e quando voltam são menos ainda. Não temos direito a tíquetes e gastamos mais com remédios nesse momento, mas recebemos menos por estarmos doentes. Valeu patrão! Nós nos sentimos muito bem.
Batendo perna
A novidade para os funcionários do Real Agora Santander: agora os gerentes têm de sair da agência (literalmente bater pernas) diariamente para fazer visitas e trazer contas para abertura. Não contentes, mandam funcionários da regional para fiscalizar se realmente os gerentes estão cumprindo as visitas. Já o pessoal do operacional está com metas mais que abusivas. Vendas de 10 Caps diariamente por funcionário, além dos demais produtos!!!
Nunca é o suficiente
"Na minha última agência a gerência é meio louca, meio caubói. Gritam com a gente, batem no tampo da mesa, ameaçam descomissionamento etc. A gente vende todo dia e nunca é suficiente. Meu colesterol subiu para mais de 270 e minha pressão chegou a picos de 17 por 11. Eu fiquei tomando remédios para ansiedade por seis meses, até que decidi mudar de agência para ver se melhorava. Onde estou agora é bem mais tranquilo, mas meu corpo ainda está se recuperando do trauma."
Sem promoção
"O que dizer de um banco que diz que você será promovido para gerente, dá metas, carteira no sistema com o seu nome. Você desempenha tudo direitinho durante quatro meses e depois volta a ser assistente de gerente, sem carteira, sem promoção, sem nada? Como lidar com esse tipo de humilhaçaõ? A respostas que tive foram 'ótimo desempenho, porém estamos reformulando os cargos'. Voltei a desempenhar funções que realizava há dois anos."
Insuportável
"Sou gerente-geral de licença saúde. Nas reuniões, o nosso regional dizia que muitos dos nossos colegas iriam ficar pelo caminho! Muitos iriam morrer em perfeito estado de saúde. Marcava a reunião para as 13h e terminava às 18h, ou até mais. Tinha que voltar a 130 Km/h para minha cidade. Muitas vezes viajei com chuva e já pensando no compromisso que ele fazia nós assumirmos.
As conferências das 8h15 da manhã, no começo, era todo dia e depois ficaram em três vezes por semana. Entre uma e outra, ele fazia uma repentina, que segundo ele, era para ver se a rota está certa.
Não suporto ouvir o barulho do telefone. As planilhas que você recebia de manhã e tinha de devolver a tarde, se você não cumprisse, era de doer. Embora ele não citasse o nome do gerente, falava que ele tinha de cumprir a meta de ontem e somava a do dia seguinte.
Os funcionários da regional chegavam de repente para saber sua agenda do dia, fazer visitas, questionar o por quê da dificuldade e você trabalhando em quatro funcionários, precisando de reforço, de mão de obra, e tinha de montar uma estratégia para fazer tudo o que eles queriam.
No trânsito, quando posso, evito até passar em frente da agência. Embora receba meus vencimentos por lá, procuro ir só em último caso."
Desrespeito ao lesionado
“Sou lesionada e fiquei afastada para tratamento por onze meses. No entanto, mesmo tendo retornado no mesmo cargo, sempre me olham diferente e nunca mais tive licença grande, pois, devido às faltas, sou ameaçada de demissão. Tenho depressão e quando passo por consulta e o psiquiatra diz que tenho de me afastar, troco de médico com medo de ser demitida se for afastada.”
Assédio no Call Center
“Trabalho num Call Center, e tem supervisor que não está na profissão certa. Ele entra nas ligações para questionar por que eu não havia abordado o cliente, nem olha para mim quando não vendo. Acabei com depressão, gastrite, esofagite e colesterol alto devido ao estresse. Nem posso conseguir outro emprego enquanto não curar as doenças que adquiri no banco. São metas, metas e metas, metas de vendas, aderência...Enfim, o banco exige e não dá nada em troca.”
Metas abusivas
“As metas da área comercial agora são semanais e ainda temos de passar previsão de negócios a fechar na semana seguinte. Os gerentes são mandados para células para ligar para clientes e oferecer crédito pessoal e, mesmo quando atingem esta meta, são cobrados por conta corrente, seguro, previdência, capitalização. Isso sem contar as constantes ligações, antes das 9h para saber se já tem gerente-geral e gerente de atendimento na unidade e após as 21h para celulares dos bancários. Tenho falta de ar e muita dor no peito. Isso não é vida para os funcionários.”
Pressão insuportável
“Sou funcionário há 28 anos no banco e estou na sexta gerência, Mesmo assim, tem dia que penso em entregar a comissão. O superintendente liga três vezes ao dia, passa trinta torpedos, faz áudio conferência e cobra a toda hora, inclusive fazendo piadinhas de mau gosto. Não sei como isso vai terminar, mas sei que está acabando com a minha saúde e de minha equipe.”
Condições de trabalho pioraram
“Quando você fica entre os 25% com menos produção, o gerente regional liga para humilhar dizendo: ‘você esta prejudicando a performance de sua agência, você está destoando do resto da equipe’. Na teleconferência os titulares são cobrados a pressionar mais seus gerentes. Estou com insônia, dores de cabeça e me sentindo o pior profissional do banco.”
Virou rotina
“No primeiro assalto eu estava presente. Desta vez eu estava nos fundos da agência mas ouvi a gritaria. Assalto virou rotina na vida do bancário. Além da porta de segurança precisamos de policiamento na rua”.
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