26/05/2011

Banco corta verba para horas extras

A direção da Caixa anunciou redução de 32% nas verbas previstas para pagamento de horas extras. Os valores para esse tipo de despesa são definidos no início do exercício e preveem os gastos para todo o ano. “Cada local de trabalho administra durante os doze meses o valor previsto para o período. É inaceitável que o banco mude a regra no meio do jogo”, diz o diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Kardec de Jesus.

Ela lembra que a falta de funcionários e a sobrecarga de trabalho têm obrigado os empregados a fazer muitas horas extras. “É comum inclusive encontrar casos de quem faz três ou quatro horas por dia mas só marca duas, porque esse é o limite legal. Muitos locais já comprometeram quase metade do valor previsto para o ano. Como farão agora estes gestores quando precisarem de seus funcionários além do expediente?”, pergunta.

Kardec diz que esse fato tem relação direta com a recente derrota judicial da Caixa no que se refere ao registro do ponto. “É mais uma demonstração de que o banco não respeita seus empregados, ao impor um ritmo de trabalho intenso por um lado, e por outro indicando que tem intenção de dificultar o pagamento das horas trabalhadas além do expediente”, afirma.

Carta ao banco – O movimento sindical e a Apcef-SP enviaram nesta quarta 25 uma carta à direção da Caixa formalizando a reivindicação do pagamento de todas as horas extras trabalhadas e em protesto contra as irregularidades no registro do ponto.

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo


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