Para Idec, bancos precisam ser mais transparentes
O diretor de Relações Institucionais da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Mário Sérgio Vasconcelos, reclamou do excesso de questionários enviados à associação solicitando informações sobre as práticas socioambientais das instituições.
“São muitas contas a prestar. Desse jeito vamos ter que criar um departamento na Febraban só para preencher relatórios”, ironizou o executivo durante sua participação, nesta quinta 28, na última mesa de debates do evento de lançamento da Pesquisa sobre Responsabilidade Social Empresarial dos Bancos e o Guia dos Bancos Responsáveis, promovido pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) em São Paulo.
Mas para a coordenadora Executiva do Idec, Lisa Gunn, a solução para o problema apontado por Vasconcelos está nas mãos dos próprios bancos. “O problema é que falta transparência por parte das instituições financeiras na divulgação de dados fundamentais para a sociedade”, disse. “Se vocês forem mais transparentes, se disponibilizarem as informações no seu site, a gente não precisa ficar enviando questionário.”
O representante dos bancos também reclamou da exposição, no novo site, da íntegra das respostas dadas pelos bancos aos questionários que deram origem ao Guia dos Bancos Responsáveis. Ele disse que quando a Febraban realiza pesquisas com as suas associadas, não permite que um banco veja as respostas dos demais. “Decidimos fazer dessa forma exatamente para ter mais transparência. Nossas interpretações das respostas dos bancos poderiam gerar polêmica, por isso deixamos lá a integra dos textos para que não houvesse espaço para dúvidas”, disse Lisa.
Lucratividade – Vasconcelos também se esforçou para rebater as muitas críticas feitas aos bancos durante o evento, como a desproporção entre os altos lucros das instituições e os baixos salários que pagam aos bancários e os altos juros e tarifas bancárias que cobram dos clientes. O representante dos bancos apresentou estudos segundo os quais os bancos teriam rentabilidade inferior a outros setores quando analisados sob a perspectiva do patrimônio líquido. As justificativas foram novamente rebatidas por Lisa. “A questão não é se é o mais lucrativo ou não. A questão é conseguir ser lucrativo respeitando os consumidores, os trabalhadores e o meio ambiente. É isso que nós queremos ver”, afirmou.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo
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