Livro critica bancos e violações dos direitos humanos pelo BC
Foi lançado nesta quarta-feira, 27, em Brasília, o livro "Terceirização bancária no Brasil - Direitos Humanos violados pelo Banco Central", de autoria do juiz do Trabalho Grijalbo Fernandes Coutinho. Ex-presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e da Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho, Coutinho faz críticas pesadas à atuação do BCl nas resoluções que permitem a terceirização de serviços bancários e a criação dos correspondentes. O lançamento contou com a participação dos diretores da Contraf-CUT Miguel Pereira e Sérgio Siqueira.
O livro trata dos direitos humanos do trabalhador e de como a terceirização impacta e precariza o exercício destes direitos. Na avaliação do autor, "a terceirização foi um invento de máxima eficácia de destruição dos direitos dos trabalhadores".
Ao avaliar a legislação brasileira sobre o tema, o autor faz contundentes críticas à atuação do Banco Central. Ele afirma que o BC brasileiro não está autorizado a editar resoluções que permitam a terceirização de serviços bancários, seja pela Constituição, seja pela lei que regulamenta o sistema financeiro nacional (Lei 4595/1967).
"As entidade sindicais bancárias já vêm fazendo essa denúncia há muito tempo e agora encontramos na teoria jurídica um material que corrobora nossa discussão da ilegalidade das resoluções do BC", afirma Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT. Segundo avaliação de Coutinho, deve ser levada em consideração inclusive a possibilidade de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra essa política do BC.
A obra é contundente ao afirmar como o BC está atuando no sentido contrário dos interesses da maioria da sociedade brasileira. "É importante ressaltar que o livro está analisando os efeitos das resoluções 3110 e 3156 do Banco Central, de 2003. Ele não aborda as últimas versões das regras, expressas nas resoluções 3954 e 3959 do BC, de 24 de fevereiro e 31 de março, respectivamente. Elas ampliam ainda mais as possibilidades de terceirização e a apropriação pelos bancos da figura dos correspondentes bancários", ressalta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT
MAIS NOTÍCIAS
- Representantes dos funcionários debatem com Banco do Brasil situação das horas negativas da pandemia
- Portabilidade de Empréstimos CLT passa a valer para dívidas antigas e crédito pessoal
- Bancária e bancário, já começou a Consulta Nacional 2025. Participe!
- Sindicato realiza reunião com empregados da Caixa em Catanduva para debater Saúde Caixa, Funcef e Reestruturação
- Na sede da UNI Global Union, bancários de diferentes países compartilham experiências e alinham ações
- Movimento sindical cobra explicações sobre boato de reestruturação na Caixa
- Banesprev: Juíza não defere liminar e pede informação atualizada sobre processos administrativos
- Caixa: Representação dos empregados cobra dados do Saúde Caixa
- Associados da Cassi votarão Relatório Anual de 2024 entre os dias 15 e 26 de maio
- Decisão sobre pejotização no STF pode prejudicar trabalhador e contas públicas
- Sindicato participa de apresentação do Relatório 2024 da Cassi, em São Paulo
- Terceira mesa sobre custeio da Cassi reforça premissas das entidades
- Fim do “bank” para quem não é banco? BC lança consulta para disciplinar nomes de instituições financeiras
- Em 2025, vai ter Consulta Nacional dos Bancários e Bancárias!
- 13 de maio: racismo não acabou e sociedade necessita de avanços