Humanização das perícias é pauta do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho
No Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, 28 de abril, a CUT reforça a luta por melhorias e mais atenção à segurança e saúde no trabalho, e levanta bandeiras importantes em prol da saúde do trabalhador: pela Humanização das Perícias Médicas, pela Universalização da Seguridade Social, em defesa do Código de Ética Médica, em defesa do Trabalho Decente e por uma Política Nacional de Proteção à Saúde do Trabalhador.
O Sindicato apoia e participa da programação da CUT, que será iniciada com um protesto na terça 26, durante o 3º Congresso Brasileiro de Perícias Médicas, no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro; e prossegue na quinta 28 com uma Audiência Pública sobre Perícias Médicas na Câmara dos Deputados, em Brasília.
“O 28 de abril é uma data que o movimento sindical sempre reforça. É um momento importante de reflexão e denúncia sobre os números assustadores de acidentes de trabalho no Brasil e no mundo; e os bancários ocupam uma fatia grande nessas estatísticas”, diz o secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Walcir Previtale.
Dados alarmantes – Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), ocorrem por ano no mundo cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho e aproximadamente 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. Ainda segundo a OIT, todos os dias morrem, em média, cinco mil trabalhadores devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.
No Brasil, as estatísticas oficiais apontam 2.138.955 de acidentes entre 2007 e 2009. Desse total, 35.532 trabalhadores permaneceram incapacitados e 8.158 perderam suas vidas. Os dados mais recentes divulgados pela Previdência Social são de 2009. Nesse ano, foram registrados 723,5 mil acidentes de trabalho, 2.496 mortes e 13.047 incapacitados.
Bancários – Dos 723,5 mil acidentes de trabalho de 2009, 7.717 ocorreram com trabalhadores do setor financeiro. “Temos de considerar que esse total representa apenas os benefícios concedidos, ou seja, estão de fora os terceirizados e os bancários que tiveram pedido de auxílio-doença indeferido”, ressalta Walcir.
O dirigente lembra, ainda, que o INSS confirma ser alta a frequência de acidentes de trabalho entre bancários. “O próprio INSS considera os acidentes no setor financeiro como de alta prevalência, custo elevado e de longa duração”.
E a maioria dos casos entre bancários, diz ainda Walcir, são de doenças mentais ou Ler/Dort, ambas consideradas crônicas, que requerem longos tratamentos.
“Por isso o Sindicato defende o combate às causas da doença e não somente às suas consequências. Enquanto não ocorrerem mudanças na própria organização do trabalho, não avançaremos muito. E essas alterações têm de apontar no sentido de um ambiente mais humano, sem pressão por metas abusivas, sem assédio moral ou jornadas excessivas de trabalho e com respeito ao bancário.”
Base do Sindicato – Entre os trabalhadores que compõem a base do Sindicato – capital, Osasco e região – tem crescido o número de doenças relacionadas à saúde mental, como estresse pós-traumático - em geral decorrente de assaltos -, e transtornos depressivos.
Das 1.672 Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT) que chegaram ao Sindicato em 2009 e 2010, 543 são de doenças relacionadas à saúde mental e 564 se referem às Ler/Dort (tendinopatias ou doenças osteomoleculares). Antes, as Ler/Dort representavam a grande maioria das CAT.
Mas esses números, adverte a Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, não refletem a realidade, pois os casos são subnotificados. “Além de nem sempre emitirem a CAT, como nos casos pós assalto; quando emitem, os bancos muitas vezes não enviam cópia ao Sindicato, como determina a Lei 8.213/91, o que gera subnotificação”, explica Walcir Previtale.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo
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