Executiva Nacional da CUT repudia política de elevadas taxas de juros
Reunida na terça-feira, dia 1º de fevereiro, em São Paulo, a Executiva Nacional da CUT manifestou o seu repúdio às decisões de política macroeconômica de manutenção de elevadas taxas de juros, o que atenta contra o desenvolvimento sustentável, gerador de emprego e renda. Na avaliação da CUT, os juros altos apenas servem aos interesses do capital especulativo, encarecem o crédito e comprimem o mercado interno.
O aumento da incerteza quanto aos rumos da economia internacional, a política monetária adotada pelo governo estadunidense, a guerra cambial e ajustes fiscais em vários países contaminam a análise da economia brasileira.
Os indicadores de PIB, crescimento do emprego e da renda, volume de investimentos previstos, lucro dos bancos e das empresas, confirmam a continuidade do ciclo recente de desenvolvimento implementado no país nos últimos anos. Inflação e câmbio são os desafios imediatos colocados também para o Brasil.
A CUT não aceita a pressão por parte da velha mídia e do sistema financeiro, dos setores conservadores do empresariado e de parte da base que compõe o governo, em tentar impor a agenda derrotada nas eleições que defende, que para combater a inflação, deve-se conter o consumo interno, reduzir o crédito e aumentar da taxa de juros. Muito pelo contrário, a crise só foi enfrentada graças à expansão do mercado interno, ao aumento real de salários, à valorização do salário mínimo, à oferta de crédito e ao crescimento do consumo e da produção.
O mercado financeiro pressiona por elevação da taxa Selic, com vistas a aumentar seus lucros, o setor produtivo e analistas de mercado afirmam que só há espaço para queda da taxa Selic com uma forte redução dos gastos públicos, ampliação do superávit primário e redução da relação dívida - PIB, de tal forma que o mercado fique tranqüilo e aceite uma redução da taxa básica de juros.
A CUT considera que juros é despesa pública e que a saída mais eficiente de baixar as despesas é iniciar um processo de redução da taxa de juros permitindo maior investimento em infraestrutura e redução das desigualdades sociais. Associado a isso é preciso alterar os mecanismos de financiamento de curto prazo da dívida pública, sem que isto represente uma penalização dos servidores e do serviço público.
Defende que a inflação deve ser combatida com medidas de incentivo à produção de alimentos e o câmbio ajustado com medidas defensivas, como elevação do IOF, cobrança de imposto de renda sobre o lucro dessas operações, dentre outras.
Além da luta por mudanças na política macroeconômica, neste início de Governo Dilma, 4 questões impactam de imediato na nossa pauta e nas condições de vida dos/as trabalhadores/as:
1) aprovação da Política de Valorização do Salário Mínimo;
2) Valor do salário mínimo em 2011, com aumento de seu valor para R$ 580, considerando como excepcionalidade a negociação para este ano, fruto da crise financeira que derrubou o PIB de 2009;
3) correção da tabela do imposto de renda; e
4) Política de valorização das aposentadorias para quem ganha acima do salário mínimo.
A CUT mobilizará sua base para garantir os direitos da classe trabalhadora, avançando na negociação da nossa Plataforma.
Fonte: CUT
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