Revista dos Bancários destaca conquistas da greve 2010 e alerta para o risco representado por Serra
A mais nova edição da Revista dos Bancários, produzida pela Contraf-CUT , já começou a ser distribuída pelos sindicatos em todo o país. Com a manchete "Avançamos", a publicação traz um balanço sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2010, mostrando como a "maior greve conquistou o melhor acordo em 20 anos" para a categoria.
Além dos ganhos reais nos salários e do aumento da PLR, a revista analisa a conquistas de um instrumento de combate ao assédio moral nos bancos e a melhoria no atendimento das vítimas de assaltos e sequestros. A unidade nacional dos bancários e a força da greve de 15 dias, que chegou a paralisar 8.280 agências em todo o país, são ressaltadas como fatores fundamentais para arrancar avanços nesta campanha.
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A publicação apresenta dados históricos e comparativos sobre a evolução dos reajustes salariais e dos pisos na era FHC e no governo Lula, confrontando o arrocho no período tucano com os ganhos obtidos nos últimos sete anos. Além disso, relembra os tempos sombrios do governo tucano de FHC, do qual o candidato José Serra foi ministro do Planejamento e condutor das políticas de privatização de empresas estatais.
A revista relaciona uma série de fatos que mostram por que a candidatura tucana representa uma ameaça aos trabalhadores e aos bancos públicos, como BB, Caixa, BNB e Banco da Amazônia.
Confira alguns riscos para os trabalhadores:
Tucanos arrocham salários. Nos oito anos do governo PSDB/FHC, os bancários tiveram arrocho salarial, tanto nos bancos públicos como privados (veja nas tabelas acima). Serra fez o mesmo no governo de São Paulo.
Serra coordenou privatizações. Como ministro do Planejamento de FHC, Serra coordenou o programa de privatizações, entre elas Vale do Rio Doce, Embraer, todo o sistema Telebrás, Light, CSN, Escelsa entre outras.
Privatizações de bancos públicos. A política do governo do PSDB privatizou Banespa, Banerj, Banestado, Bemge, Baneb, Bandepe, Credireal, Meridional, BEA, BEG e Paraiban.
Serra vendeu último banco público paulista. A Nossa Caixa só não foi privatizada porque o BB comprou, mas as negociações já estavam avançadas com o Bradesco.
Desmonte do BB e da Caixa. Quando FHC assumiu, em 1995, o BB tinha 119 mil funcionários e a Caixa 76 mil. Quando saiu, o BB tinha 77 mil e a Caixa 53 mil. Além das demissões, a reestruturação brutal arrochou salários (veja no quadro), retirou direitos, precarizou o trabalho, acabou com o PCS e humilhou os trabalhadores. Os dois bancos também ficaram praticamente sem PLR nos governos tucanos.
Objetivo era privatizar BB e Caixa. O desmonte dos dois bancos públicos federais visava enfraquecê-los para privatizá-los. Isso estava explicitado em documentos enviados pelo governo FHC ao FMI e em estudo encomendado ao consórcio Booz-Allen, Hamilton & Fipe.
Prejuízos aos aposentados, com a implantação do fator previdenciário que reduziu os novos benefícios de aposentadoria em até 40%.
Desrespeito aos trabalhadores. Intervenção branca (bloqueio de contas), no início do governo FHC, em sindicatos de petroleiros do país, demissão de mais de 70 grevistas e uso de força militar contra os trabalhadores do setor. O governador Serra, em São Paulo, tentou criminalizar os movimentos sociais e sindicais, jogando a polícia contra professores, entre outras arbitrariedades.
Fonte: Contraf-CUT
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